2 de março de 2009

ORDENS RELIGIOSAS : Monges,frades,militares

As Ordens religiosas são constituídas por membros do clero regular.
Elas nasceram da necessidade do Cristianismo de agrupar esforços móveis no sentido da propação da religião.
Para o efeito, criaram-se ordens militares, que iriam combater os infiéis (além das Cruzadas), e ordens religiosas que iriam ser responsáveis pela gestão e manutenção desses fiéis. Outras ordens seriam mistas e/ou dedicadas apenas ao suporte de peregrinos.
Desde o início do cristianismo existiram homens e mulheres, que procuraram seguir a Jesus Cristo com uma maior liberdade, consagrando a sua vida a Deus.
No final do Império Romano, em virtude da sua conversão, milhares de fieis recém-convertidos abandonaram as suas casas, as suas cidades e refugiaram-se em lugares desertos ou simplesmente mais ermos, por forma a levarem um modo de vida mais consentâneo com aquilo que entendiam que era o modelo de vida de Cristo e dos primeiros cristãos.
Por vezes, esses cristãos agrupavam-se em pequenas comunidades, para as quais se tornou necessário criar não apenas algumas regras de convivência, mas, posteriormente, um modelo de sociedade que pudesse ser repetido em diferentes locais.
Nasciam assim as primeiras ordens, mais ou menos formais, mais ou menos aceites pela hierarquia.
O primeiro grande codificador e fundador de uma ordem religiosa, a qual teve um imenso significado, sobretudo na Europa foi São Bento de Núrsia, o qual fundou uma comunidade no Monte Cassino.
Desse centro e mediante a propagação da respectiva regra, foram-se criando dezenas e centenas de mosteiros por todo o continente. Tinha aquela regra a simplicidade necessária para cobrir quase todos os aspectos da vida quotidiana de uma comunidade religiosa, definindo os tempos de oração, os tempos de trabalho, os tempos de descanso, bem como as regras sobre deveres mútuos, resolução de conflitos, penas, etc.
Posteriormente, outros fundadores, fosse por acrescentarem algum carisma especial, fosse por as circunstâncias históricas, sociais ou geográficas assim o exigirem, foram adaptando e alterando a Regra de São Bento, criando novas comunidades e novas Ordens.
As ordens religiosas em Portugal foram exstintas em 1834.

ORDEM BENEDITINA
São Bento de Núrsia

Uma ordem religiosa monástica católica que se baseia na observância dos preceitos destinados a regular a convivência comunitária. Foi composta no século VI, em 529 para a abadia de Montecassino, por Bento de Núrsia: a Regula Beneticti.
A ordem não foi, porém, fundada por este santo, tendo antes nascido da reunião de vários mosteiros que professavam a sua regra, muito após a sua morte.
Os monges desta ordem são conhecidos como beneditinos. Bento de Nursia contribuiu decididamente para a evangelização da Europa pelo que foi declarado "Patrono da Europa".
Hoje em dia, a Ordem está espalhada por todo o mundo, com mosteiros masculinos e femininos.
Seguindo o seu exemplo e inspiração, diversos fundadores de ordens religiosas têm baseado as normas e regras de seus mosteiros na "Regra" deixada por Bento, cujo princípio fundamental é Ora et labora, o que quer dizer "Reza e trabalha."
Os mosteiros beneditinos são sempre dirigidos por um superior que, dependendo da categoria do mosteiro, pode chamar-se de prior ou abade que é escolhido pelo restante da comunidade. o ritmo de vida beneditino tem como eixo principal o Oficio Divino, também chamado de Liturgia das Horas, que se reza sete vezes ao dia, tal como São Bento havia ordenado. Junto com a intensa vida de piedade e oração, em cada mosteiro se trabalha arduamente em diversas atividades manuais, agrícolas, etc. para o sustento e o autoabastecimento da comunidade.
Na Idade Media os monges beneditinos usavam camisa de lã e escapulário. O hábito ou vestidura superior é preto, pelo qual foram chamados de monges negros, em oposição aos cistercienses, que usam túnica e escapulário branco, denominados os monges brancos.
Reformas da Ordem Beneditina
Durante o transcurso da sua história, a Ordem Beneditina sofreu numerosas reformas, devido à eventual decadência da disciplina no interior dos mosteiros. A primeira reforma importante foi levada a cabo por São Juan De Perez Lloma no século X; esta reforma, chamada cluniacense (nome proveniente de Cluny, lugar da França onde se fundou o primeiro mosteiro desta reforma), chegou a tomar um grande impulso, até tal ponto que durante grande parte da Idade Média praticamente todos os mosteiros beneditinos estavam sob o domínio de Cluny.
Os cluniacenses adquiriram grande poder econômico e político, e os abades mais importantes chegaram a fazer parte das cortes imperiais e papais. Vários pontífices romanos foram beneditinos provenientes dos mosteiros cluniacenses (Alexandre II, 1061-73; S. Gregório VII, 1073-85; beato Vitor III, 1086-87; beato Urbano II, 1088-99; Pascoal II, 1099-1118; Gelásio II, 1118-19; et cétera).
Tanto poder adquirido levou à decadência da reforma cluniacense, que encontrou uma importante contraparte na reforma cisterciense, palavra proveniente de Cister (Cîteaux, em francês), na França onde se fundou o primeiro mosteiro desta reforma. São Roberto de Molesmes, S. Estevão Harding e S. Roberto de Chaise-Dieu foram os fundadores da Abadia de Cîteaux em 1098. Buscavam afastar-se do estilo cluniacense, que caíra na indisciplina e o relaxamento da vida monástica. O principal objetivo dos fundadores de Cister foi impor a prática estrita da Regra de São Benito e o regresso à vida contemplativa.
O principal impulsionador desta reforma foi S. Bernardo de Claraval (1090-1153), quem foi discípulo dos fundadores de Cîteaux, tendo ingressado ali por volta de 1108. Foi-lhe encarregada a fundação da Abadia de Claraval (Clairvaux em francês), da qual foi abade durante uns 38 anos, até sua morte. Bernardo de Claraval converteu-se no principal conselheiro dos papas, e vários dos seus monges chegaram igualmente a ocupar a Sede Pontifícia. Bernardo predicou também a Segunda Cruzada. Ao falecer levava fundados 68 mosteiros da sua ordem.
A reforma cisterciense subsiste até hoje como ordem beneditina independente, dividida igualmente em duos ramos: a Ordem Cisterciense da Comum Observância (O. Cist.) e a Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), também conhecidos como Trapenses. São chamados também "beneditinos brancos", devido à cor do seu hábito, em contraste com os demais monges da Ordem de São Bento, chamados de "beneditinos negros".
Durante a Idade Média surgiram outras reformas importantes da Ordem Beneditina. A de S. Romualdo (†1027), quem deu começo à reforma Camaldulense. Esta reforma subsiste até hoje em dois ramos: a primeira faz parte de Confederação Beneditina (beneditinos negros); a segunda é independente, mas rege-se igualmente pela Regra de São Benito. Outra reforma importante foi a empreendida por são Juan Gualberto (†1073), quem fundou os Beneditinos de Valle Umbrosa, pelo lugar na Itália em que se construiu o primeiro mosteiro desta reforma; é igualmente hoje em dia uma congregação da Confederação Beneditina. A reforma de S. Silvestre (1177-1267), fundador dos Beneditinos de Montefano, que subsiste também hoje como congregação associada à Confederação Beneditina. A reforma do beato Bernardo Tolomei (1272-1348), que deu origem aos Beneditinos de Monte Oliveto, hoje também parte integrante da Confederação Beneditina.
Após agitados períodos da história, como a Reforma na Alemanha e os Países Baixos, a expulsão ou execução de religiosos católicos por Henrique VIII em Inglaterra, seguido do período revolucionário na França, bem como também a decadência da disciplina nos mosteiros, levou a que se dizimara a população de monges. Depois da Revolução Francesa, foi Dom Prosper Guéranger quem fez renascer a ordem beneditina em Solesmes a partir de 1833, na França.

A Ordem dos Frades Menores (em latim Ordo Fratrum Minorum, O. F. M.), também conhecida por Ordem dos Franciscanos ou Ordem Franciscana, é a ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis. Sua regra esteve na base da Segunda Ordem Franciscana - a Ordem das Clarissas, fundada por Santa Clara de Assis e também a Ordem Franciscana Secular para leigos.
Os franciscanos não são monges, mas sim religiosos: realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em fraternidades, que se designam por conventos e não como abadias ou mosteiros. Os seus conventos são tradicionalmente junto das cidades.

A Ordem dos Pregadores (latim: Ordo Prædicatorum, O. P.), também conhecida por Ordem dos Dominicanos ou Ordem Dominicana, é uma ordem religiosa católica que tem como objectivo a pregação da mensagem de Jesus Cristo e a conversão ao cristianismo.
Foi fundada em Toulouse, França, no ano de 1216 por São Domingos de Gusmão, sacerdote castelhano (actual Espanha), o qual era originário de Caleruega.
Os dominicanos não são monges, mas sim religiosos: realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em comunidade, que se designam por conventos e não como abadias ou mosteiros. Os seus conventos são tradicionalmente junto das cidades.

A Ordem de Santo Agostinho (OSA), em latim Ordo Sancti Augustini, cujos membros são denominados frades agostinianos ou agostinhos, é uma ordem religiosa católica de frades mendicantes que seguem a linha de pensamento de Santo Agostinho.
Na ordem, há frades ordenados sacerdotes e há os que não são, fazendo apenas os votos de profissão religiosa.
O dia 16 de dezembro de 1243, o papa Inocêncio IV emitiu a bula Incumbit nobis conclamando numerosas comunidades eremitas da Toscana a se unirem em uma só ordem religiosa com a Regra e forma de vida determinadas por Santo Agostinho, às comunidades que fundou durante sua vida.
Os principais eremitas eram: os Eremitas de Santo Agostinho da Túxia, cujos mosteiros, originariamente independentes, em março de 1244, por decisão da Santa Sé, foram reunidos numa única organização; os Eremitas de Brettino, pelo nome da localidade; e os Eremitas de São João Bono.
No mês de março de 1256, em Roma, na Igreja de Santa Maria do Povo, reuniram-se, por vontade do Papa Alexandre IV, os delegados de todos os mosteiros acima citados e de outros institutos menores, num total de cerca de trezentos e sessenta membros. Na presença do legado papal, Cardeal Ricardo degli Annibaldi, os frades eremitas ouviram e aceitaram a vontade do Pontífice de se reunirem para constituir uma única grande Ordem, a dos Eremitas de Santo Agostinho.
Os frades eremitas da Toscana elegeram, então, um Prior-Geral e formalizaram suas constituições. A Santa Sé achou por bem fazer isso também para que os frades se transferissem para as cidades e lá construíssem seus conventos, podendo assim catequizar o povo através do exemplo, da pregação e do atendimento nas confissões.
Desta forma, a Ordem Agostiniana passou a desenvolver sua dimensão apostólica, muito marcante em seu fundador.
ORDENS MILITARES
As Ordens militares (e religiosas) nasceram da necessidade do Cristianismo de agrupar esforços móveis no sentido da propagação da religião. Para o efeito, criaram-se ordens militares, que iriam combater os infiéis (além das Cruzadas), e ordens religiosas que iriam ser responsáveis pela gestão e manutenção desses fiéis. Outras ordens seriam mistas e/ou dedicadas apenas ao suporte de peregrinos.
Segue-se uma lista de ordens militares documentadas na Wikipédia, ordenadas pela data da sua militarização:
criada em 1118, militarizada em 1120 - Ordem dos Templários
1136 - Ordem dos Hospitalários
1147 - Ordem de S. Miguel da Ala
1158 - Ordem de Calatrava
c. 1160 - Ordem de Santiago
1176 - Ordem de Avis (ramo da Ordem de Calatrava)
1193 - Cavaleiros Teutônicos
1246 - Ordem dos Cavaleiros da Concórdia
1323 - Ordem de Cristo (descendente da Ordem dos Templários, formada pelo grão-mestre da Ordem de Avis)
século XIV - Ordem da Jarreteira
1573 - Ordem de S. Sebastião dita da Frecha
1687 - Ordem do Cardo-selvagem

ORDEM DOS TEMPLÁRIOS
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici"), vulgarmente conhecida como Ordem dos Templários ou Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers"), foi uma das mais famosas das Ordens Militares de Cavalaria[1]. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de assegurar a segurança dos muitos cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Oficialmente aprovada pela Igreja Católica em torno de 1129[2], a Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente quer em membros quer em poder. Os cavaleiros templários, em seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha, estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas[3]. Os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura económica em toda Cristandade, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário[4], [5] e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

O sucesso dos Templários esteve estreitamente vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França, profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos, torturados até darem falsas confissões, e então, serem queimados em estacas[6]. Em 1312, o Papa Clemente, sob contínua pressão do rei Filipe, dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que têm mantido o nome dos Templários vivo até aos nossos dias.
ORDEM DOS HOSPITALÁRIOS
A Ordem de Malta (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, também conhecida por Ordem do Hospital, Ordem de S. João de Jerusalém, Ordem de S. João de Rodes, etc.), é uma organização internacional católica que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria numa Ordem militar cristã, numa congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra.
Face às derrotas e consequente perda pelos cruzados dos territórios na Palestina, a Ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como estado vassalo do Reino da Sicília.
Actualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária internacional, que dirige hospitais e centros de reabilitação em diversos países.
ORDEM DE CALATRAVA
No ano de 1150, Afonso VII de Castela doou à Ordem dos Templários os domínios e o Castelo de Calatrava, no rio Guadiana, para os defenderem das arremetidas dos Mouros. Abandonado pouco depois, só no tempo de Sancho III de Castela o castelo voltou a ser ocupado pelo abade D. Raimundo e mais alguns monges que seguiam a regra da Ordem de Cister. Por essa época, o número de cavaleiros da Ordem aumentou rapidamente, e o Papa reconheceu a Ordem de Calatrava em 1164.
Tendo alguns frades da nova Ordem vindo a radicar-se em Évora, em Portugal, em 1211, D. Afonso II (1211-1223) doou-lhes os domínios de Avis, e acredita-se que, já nessa época, a Ordem portuguesa de Avis tivesse um estatuto independente, embora continuasse subordinada à castelhana.
A insíginia da Ordem é uma cruz floreada de vermelho, no hábito.
ORDEM DE SANTIAGO
A Ordem Militar de Santiago é uma ordem religiosa-militar castelhano-leonesa instituída por Afonso VIII de Castela e aprovada pelo Papa Alexandre III, tornando-a assim uma ordem supranacional, directamente responsável perante o chefe máximo da Cristandade. Apesar disso, os primórdios da ordem são confusos, já que, antes de ser instituída formalmente por Afonso VIII, já o seu sobrinho-neto Fernando II de Leão lhes havia concedido a guarda da cidade de Cáceres, na Extremadura (a qual, no entanto, tiveram que abandonar por haver sido conquistada pelos muçulmanos).
Os Cavaleiros de Santiago, chamados de Santiaguistas ou Espatários (por ser o seu símbolo uma espada em forma crucífera – ou uma cruz de forma espatária, dependendo do ponto de vista), fizeram votos de pobreza e de obediência, mas, seguindo a regra de Santo Agostinho ao invés da de Cister, os seus membros não eram obrigados ao voto de castidade, e podiam como tal contrair matrimónio (alguns dos seus fundadores eram casados). No entanto, a bula papal recomendava (não obrigava) o celibato, e os estatutos da fundação da Ordem afirmavam, seguindo um princípio das cartas paulinas: "Em castidade conjugal, vivendo sem pecado, assemelham-se aos primeiros padres apostólicos, porque é melhor casar do que viver consumindo-se pelas paixões".
Santiago Maior como Santiago Matamouros, envolvido no manto da Ordem. Pintura da escola de Cuzco, século XVII.Afonso VIII cedeu-lhes Uclés (em 1174), que se tornou a principal sede da ordem – donde, a designação usada nos primeiros tempos para a Ordem como Ordem de Uclés – e mais tarde Moya, Mira Osa, Montiel e Alfambra.
Os Espatários participaram na reconquista de Teruel e Castellón e combateram na batalha de Navas de Tolosa (1212). Os monarcas, primeiro de Leão, depois de Castela, concederam-lhe inúmeros privilégios, para além de lhe darem a posse de extensas regiões, com o intuito de as repovoar, na Andaluzia e em Múrcia.
Durante o século XV, a ordem transferiu o seu campo de actuação para a Serra Morena, e os seus mestres tomaram como residência a povoação de Llerena (Badajoz), proporcionando um grande crescimento na região.
Com o passar do tempo e o fim da Reconquista, a Ordem de Santiago viu-se implicada nas lutas internas de Castela. Ao mesmo tempo, devido aos seus inúmeros bens, teve que, por várias vezes, sustentar as pretensões da Coroa. Por outro lado, sendo o cargo de Grão-Mestre de tamanha importância, eram frequentes as lutas entre grandes famílias para alcançar essa dignidade.
Devido a todos estes problemas, após a morte do Grão-Mestre Alonso de Cárdenas em 1493, os Reis Católicos pediram à Santa Sé que providenciasse uma forma de acabar com os problemas na administração da ordem, reservando para si mesmos o mestrado da ordem – medida que era ao mesmo tempo uma necessidade e uma recompensa pelos serviços prestados pelos reis de Castela e Aragão ao serviço da fé católica (em 1492 fora conquistado o último reduto muçulmano da Península Ibérica – Granada). Assim, por uma bula de 1493, o papa concedeu aquela dignidade aos Reis Católicos.
Após a morte de Fernando, o Católico, tornou-se grão-mestre da Ordem Carlos I de Espanha; volvidos sete anos, em 1523, o Papa Adriano VI uniu para sempre à coroa de Espanha os grão-mestrados das Ordens de Santiago, Calatrava e Alcântara, tornando-se este um mero título hereditário dos reis de Espanha. Até então, o Grão-Mestre de Santiago era eleito pelo Conselho dos Treze, assim chamado por estarem presentes treze cavaleiros designados de entre os governadores e comendadores provinciais da Ordem.

4 comentários:

Ana disse...

Bom Dia, Prof. Carlos!
A minha filha precisa de fazer um trabalho para a disciplina de História do 8º ano cujo tema é Cruzados (Ordens militares religiosas). Estive a ler o seu blog será que me pode enviar a lista de bibliografia que usou? Muito obrigado.Fica aqui o meu mail para me puder enviar a informação solicitada e toda a que considerar conveniente: anapires@deq.isel.ipl.pt

Ana disse...

Peço desculpa! No comentário anterior troquei-lhe o nome. Escrevi Prof. Carlos em vez de Prof. João Nunes.

Vanessa Anelise disse...

Olá Professor,
Gostaria muito de uma bibliografia recomendada para tal assunto. Deixo aqui meu email: vanessaanelise@hotmail.com
Obrigada.

rita disse...

inda bem k tem aki esta informaçao disponivel muito obrigado