18 de maio de 2009

FEIRA MEDIEVAL: BEBIDAS

Bebidas


Um monge provando vinho.

Na Idade Média, a preocupação com a pureza da água, as recomendações médicas e seu valor de menos prestígio a faziam menos favorecida, sendo preferidas as bebidas alcoólicas. Estas eram vistas como sendo mais nutritivas e benéficas à digestão que a água, com a inestimável vantagem de serem menos propensas à putrefação por conter álcool. O vinho era consumido diariamente na maior parte da França e no oeste do Mediterrâneo onde houvesse cultivo de uva. Mais ao norte, permanecia a bebida preferida da burguesia e da nobreza que pudesse adquiri-lo, sendo muito menos comum entre camponeses e trabalhadores. A bebida do povo comum na parte norte do continente era principalmente cerveja. Por causa da dificuldade de preservação dessa bebida (especialmente antes da introdução do lúpulo), era em sua maior parte consumida fresca; era portanto mais turva e talvez com menor teor de álcool do que a equivalente moderna típica. O leite puro não era consumido pelos adultos, a não ser os pobres ou doentes, sendo reservado para as crianças pequenas ou para os idosos; geralmente era usado na forma de leitelho ou soro de leite. O leite fresco era em toda parte menos comum que outros laticínios por causa da falta de tecnologia para evitar que se estragasse.

Os sucos de muitos tipos de frutos eram conhecidos, assim como os vinhos, pelo menos desde a Roma Antiga e eram ainda consumidos na Idade Média: vinhos de romã, amora, amoras-silvestres, pêra, e sidra, que eram especialmente populares no norte onde tanto maçãs quanto pêras eram abundantes. As bebidas medievais que sobreviveram até hoje incluem prunellé, de ameixas silvestres (hoje conhecida como “slivovitz”), gim de amora e vinho de amora-silvestre. Muitas variações de hidromel foram vistas em receitas medievais, com ou sem conteúdo alcoólico. Contudo, as bebidas baseadas no mel se tornaram menos comuns como bebida de mesa no fim do período e conseqüentemente rarearam. O kumis, leite de égua ou de camela fermentado, era conhecido na Europa, mas, como o hidromel, era algo em sua maior parte prescrito por médicos. O hidromel tem sido freqüentemente apresentado como bebida comum para os eslavos. Isso é parcialmente verdadeiro, já que o hidromel tinha grande valor simbólico em ocasiões importantes. Quando eram feitos acordos ou outros assuntos de estado, o hidromel era freqüentemente dado como presente cerimonial. Era também comum em festas de casamentos e batismos, embora em quantidade limitada devido a seu preço alto. Na Polônia medieval, o hidromel tinha um status equivalente ao dos luxos importados, como especiarias e vinhos.

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