15 de fevereiro de 2009

B.2. O mundo Romano no apogeu do Império: Queda do Império

O FIM DO IMPÉRIO ROMANO, O CRISTIANISMO, AS INVASÕES BÁRBARAS
As Transformações no Império Romano
Durante o governo de Diocleciano e Constantino, várias medidas foram adoptadas na tentativa de conter a crise, como a criação de impostos pagos em produtos, congelamento de preços e salários, e a fixação do camponês à terra, iniciando-se a prática de um processo de maior ruralização.

Imperador Constatino
O imperador Constantino foi ainda o responsável pela conciliação entre o Império e o cristianismo, a partir do Edito de Milão (313), que garantia a liberdade religiosa aos cristãos, que até então haviam sofrido intensas perseguições e que naquele momento representavam uma possibilidade de justificativa ao poder centralizado e ainda serviria para travar o movimento popular e de escravos, uma vez que a doutrina cristã reforçava a esperança de uma vida digna após a morte, no Reino de Deus.
A nova religião foi ainda mais reforçada durante o governo de Teodósio quando, através do Edito de Tessalónica, o cristianismo foi considerado como religião oficial do Império. A política imperial baseava-se na utilização da Igreja como aliada, na medida em que esta era uma instituição hierarquizada e centralizada e que nesse sentido, contribuiria para justificar a centralização do poder.

A Desagregação

Apesar desse conjunto de medidas, a crise económica aprofundava-se, assim como a presença de povos bárbaros aumentava, estimulando a fragmentação territorial e a ruralização, pois o desenvolvimento das Villae estimulava uma economia cada vez mais voltada para a auto-suficiência. Esse fenómeno era particularmente forte na parte ocidental do Império, onde a presença bárbara foi muito maior e onde a decadência do comércio foi mais acentuada.


Átila
A divisão do Império em duas partes no final do século IV também contribuiu para esse processo: O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla ainda conseguiu manter uma actividade comercial com outras regiões do Oriente, enquanto que o Império Romano do Ocidente, com capital em Milão, viveu um aprofundamento constante da crise.

Bárbaros em Roma
Podemos perceber que nesse período de agonia final do Império Romano do Ocidente surgiram características que irão sobreviver e que estarão presentes na Idade Média, fazendo parte da estrutura feudal, como o trabalho do servo e a organização das Villae, que servirão de modelo para o trabalho servil e para a organização do Feudo; assim como o cristianismo.

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