24 de fevereiro de 2009

B.2. O mundo Romano no apogeu do Império. Instituições


SPQR é um acrônimo para a frase latina Senatus Populusque Romanus. A tradução é "O Senado e o Povo Romano".

A frase era inscrita nos estandartes das legiões romanas e era o nome oficial do Império Romano. Hoje continua presente não apenas no brasão da cidade como em boa parte de seus edifícios, públicos ou privados, e também nas tampas dos bueiros.

Existem diversas versões para o significado correto do acrônimo, dependendo da declinação do 'R', que pode ser Romanus (Senatus OU Populus) ou Romani (plural: Senatus E Populus). De toda forma, Senatus Populusque Romanus é a versão presente na Coluna de Trajano.
O Senado romano, em latim Senatus, é a mais remota assembleia política da Roma antiga, com origem nos Conselhos de Anciãos, da Antiguidade oriental (surgidos após o ano 4000 a.C.). Daí a origem de seu nome, de senex, velho, idoso. Era uma assembleia de notáveis - o conselho dos patres, ou chefes das famílias patrícias - que provinha já dos tempos da realeza romana. Rigorosamente hierarquizado, constituía, sob a república (509 a.C.-27 a.C.), a magistratura suprema, que foi mantida sob o império (27 a.C.-476 d.C.), mas com poderes bem diminuídos, passando a ser quase como a "oposição republicana", sendo os seus titulares muitas vezes alvos a abater ou a enviar para o exílio por parte de imperadores mais hostis à instituição.
O Fórum Romano (em latim Forum Romanum) era o principal centro comercial da Roma Imperial. Ali havia lojas, praças de mercado e de reunião. Também era o local onde exatamente ficava o coração comunal. Seqüências de remanescentes de pavimento mostram que o sedimento corroído das colinas circundantes já levantava o nível do fórum nos primeiros tempos republicanos. Originalmente ele tinha sido terreno pantanoso, que foi drenada por Tarquínio com a Cloaca Máxima. Seu pavimento final de travertino, ainda para ser visto, data do reinado de Augusto.
O princeps senatus era o líder do Senado romano. Embora oficialmente fora do cursus honorum e sem imperium, este cargo era considerado de grande prestígio (Seriam hoje comparados com os presidentes do senado).

O princeps senatus não era, como todos os cargos políticos romanos, um posto vitalício, sendo atribuído por períodos de cinco anos passíveis de renovação. O novo líder do senado era escolhido pelos censores de entre os senadores patrícios com estatuto consular, isto é, ex-consules. O candidato era normalmente um político respeitado, com provas dadas e respeitado pelos seus pares. As tarefas de um princeps senatus incluíam:

Declarar a abertura e encerramento das sessões do senado
Decidir a ordem de trabalhos e o local do encontro
Impor a ordem e demais regras do senado
Representar o senado em reuniões com embaixadas de outros países
Escrever as cartas e os despachos do senado
Depois da queda da República Romana, o princeps senatus passou a ser um cargo exclusivo do imperador.
Na Roma Antiga, o termo latino Pontifex Maximus ("Sacerdote Máximo") designava o sacerdote Supremo do colégio dos Sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana. Até 254 a.C., quando um plebeu foi designado para o cargo, só os patrícios podiam ocupá-lo. De início um posto religioso durante a República, foi gradualmente politizado até ser incorporado pelo imperador, a partir de César Augusto.

Augusto (título) (plural: Augusti) é uma palavra latina que, fazendo parte do nome dos imperadores romanos, tinha o significado de Majestade ou Venerável. Nesta acepção, o cognome Augusto servia para identificar a pessoa na qual se concentravam os vários ramos do poder - absolutismo.
Na tetrarquia, o Império Romano estava na mão de quatro imperadores, dois dos quais chamados Césares e os outros dois Augusti - os mais poderosos.

César (plural Césares), em latim: Cæsar (plural Cæsares), é um título imperial. Deriva do cognome de Caio Júlio César, o ditador de Roma. A transformação do nome de família em título imperial pode ser datada aproximadamente em 68 / 69 d.C., o chamado "Ano dos quatro imperadores".

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