Dinastia Júlio-Claudiana (31 a. C. - 68 d. C.)
Designa-se deste modo a dinastia que compreende os cinco primeiros imperadores romanos: Octávio (ou Octaviano) César Augusto (31 a. C.- 14 d. C.), Tibério (14 d. C.- 37 d. C.), Caio Calígula (37 d. C.- 41 d. C.), Cláudio (41d. C.- 54 d. C.) e Nero (54 d. C.- 68 d. C.). Augusto, também conhecido por Octávio Turino, nasceu em 63 a.C., tendo sido adoptado por César em 44 a.C. e passando, então, a chamar-se Júlio César Octaviano. Com o assassinato de César, em Março do mesmo ano, empenhou-se na reinvindicação da sua herança e treze anos mais tarde, depois da Batalha de Actium, Octávio tornou-se senhor único do mundo romano, inaugurando um regime que pretendia aliar o poder centralizador de princeps às tradições republicanas. Tibério Claudio Nero nasceu em 42 a. C., casou em 14 a. C. com Júlia, filha de Augusto e foi adoptado, pelo mesmo, em 4 d. C., passando a ser conhecido como Tibério Júlio César. Com a morte de Augusto em 14 d. C., o Senado atribuiu-lhe o Império. Fundou a título definitivo o principado e governou como senhor absoluto, ao compreender que o Senado não poderia assumir o seu papel de outrora, destruindo o projecto de Augusto de retorno às normas republicanas. Abandonou Roma em 27 d. C. e retirou-se para a ilha de Capri, onde morreu em 37 d. C. Cognominado Calígula pelos soldados do exército do Reno, Julio César Germânico nasceu em 12 d. C. Sucedeu a Tibério, como seu sobrinho adoptivo, em 37 d. C., tendo o seu reinado sido curto. Ficou conhecido como sendo um louco sanguinário, embora se possa descortinar na sua conduta um objectivo político específico: a deificação do Imperador. Com a tentação do absolutismo sagrado, durante o reinado de Calígula, o principado afasta-se mais ainda do projecto de Augusto. Calígula é assassinado em 41 d. C., fruto de uma conspiração entre pretorianos e senadores. Tibério Cláudio César Augusto, conhecido por Cláudio, nasceu a 10 a. C. e foi escolhido, pelos pretorianos, para suceder a Calígula em 41 d. C. Ficou na História como um Imperador activo, responsável por uma reforma do Estado, criador de uma instituição admnistrativa notável, devendo-se-lhe a ocupação da Bretanha e a integração da Mauritânia no Império, entre outros feitos. Lúcio Domício Aenobarbo, nasceu em 37 d. C. e foi adoptado por Cláudio em 50 d. C., passando a ser conhecido por Nero Cláudio César Druso Germânico. Foi proclamado Imperador em 54 d. C., por ocasião da morte de Cláudio. No início do seu reinado Nero foi apoiado pelo Senado e pelos pretorianos mas, com a morte de Britânico e o assassinato de Agripina, afasta-se de Séneca, de quem havia sido aluno, e o seu reinado é marcado por uma série de revoltas, como resposta à sua conduta, que parecia fazer duvidar da sua sanidade mental. O Senado declarou Nero vencido e este suicida-se em 68 d. C., deixando o Império muito enfraquecido.
Como referenciar este artigo:
Dinastia Júlio-Claudiana (31 a. C. - 68 d. C.). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-02-24].
Designa-se deste modo a dinastia que compreende os cinco primeiros imperadores romanos: Octávio (ou Octaviano) César Augusto (31 a. C.- 14 d. C.), Tibério (14 d. C.- 37 d. C.), Caio Calígula (37 d. C.- 41 d. C.), Cláudio (41d. C.- 54 d. C.) e Nero (54 d. C.- 68 d. C.). Augusto, também conhecido por Octávio Turino, nasceu em 63 a.C., tendo sido adoptado por César em 44 a.C. e passando, então, a chamar-se Júlio César Octaviano. Com o assassinato de César, em Março do mesmo ano, empenhou-se na reinvindicação da sua herança e treze anos mais tarde, depois da Batalha de Actium, Octávio tornou-se senhor único do mundo romano, inaugurando um regime que pretendia aliar o poder centralizador de princeps às tradições republicanas. Tibério Claudio Nero nasceu em 42 a. C., casou em 14 a. C. com Júlia, filha de Augusto e foi adoptado, pelo mesmo, em 4 d. C., passando a ser conhecido como Tibério Júlio César. Com a morte de Augusto em 14 d. C., o Senado atribuiu-lhe o Império. Fundou a título definitivo o principado e governou como senhor absoluto, ao compreender que o Senado não poderia assumir o seu papel de outrora, destruindo o projecto de Augusto de retorno às normas republicanas. Abandonou Roma em 27 d. C. e retirou-se para a ilha de Capri, onde morreu em 37 d. C. Cognominado Calígula pelos soldados do exército do Reno, Julio César Germânico nasceu em 12 d. C. Sucedeu a Tibério, como seu sobrinho adoptivo, em 37 d. C., tendo o seu reinado sido curto. Ficou conhecido como sendo um louco sanguinário, embora se possa descortinar na sua conduta um objectivo político específico: a deificação do Imperador. Com a tentação do absolutismo sagrado, durante o reinado de Calígula, o principado afasta-se mais ainda do projecto de Augusto. Calígula é assassinado em 41 d. C., fruto de uma conspiração entre pretorianos e senadores. Tibério Cláudio César Augusto, conhecido por Cláudio, nasceu a 10 a. C. e foi escolhido, pelos pretorianos, para suceder a Calígula em 41 d. C. Ficou na História como um Imperador activo, responsável por uma reforma do Estado, criador de uma instituição admnistrativa notável, devendo-se-lhe a ocupação da Bretanha e a integração da Mauritânia no Império, entre outros feitos. Lúcio Domício Aenobarbo, nasceu em 37 d. C. e foi adoptado por Cláudio em 50 d. C., passando a ser conhecido por Nero Cláudio César Druso Germânico. Foi proclamado Imperador em 54 d. C., por ocasião da morte de Cláudio. No início do seu reinado Nero foi apoiado pelo Senado e pelos pretorianos mas, com a morte de Britânico e o assassinato de Agripina, afasta-se de Séneca, de quem havia sido aluno, e o seu reinado é marcado por uma série de revoltas, como resposta à sua conduta, que parecia fazer duvidar da sua sanidade mental. O Senado declarou Nero vencido e este suicida-se em 68 d. C., deixando o Império muito enfraquecido.
Como referenciar este artigo:
Dinastia Júlio-Claudiana (31 a. C. - 68 d. C.). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-02-24].
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