27 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

HIERÓGLIFOS

SÊ UM ESCRIBA

ESCREVE O TEU NOME EM HIEROGLIFOS

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

A ARTE EGÍPCIA
LEI da FRONTALIDADE: as figuras eram representadas de frente, olhando na direcção do horizonte e não mostravam movimento
LEI da HIERARQUIA: as figuras são maiores ou mais pequenas conforme a condição social.
Arquitectura: Características:
monumentalidade
grandiosidade
durabilidade
uso da coluna
Pintura: Temas
Cenas religiosas
Quotidiano
Hieróglifos

Escultura:

Estátuas colossais, pequenas e relevo

Artes decorativas: Ourivesaria;olaria;mobiliário

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

A SOCIEDADE EGÍPCIA
Sociedade hierarquizada e estratificada
  • Faraó: chefe supremo do Egipto (deus+rei) Poderes: Supremo sacerdote;administrava a Justiça;comandava o exército; juiz supremo

  • Nobres e altos funcionários (vizir)

  • Sacerdotes

  • Escribas

  • Artesãos, comerciantes e camponeses

  • Escravos
Privilegiados: Nobres;sacerdotes e escribas

Não privilegiados: Artesãos; comerciantes; camponeses


Símbolos de poder do Faraó : Nemés (toucado real); Nekhbet (deusa protectora do Alto Egipto); Uraéus (serpente protectora dos faraós); Barba postiça (simbolo de imortalidade); Ceptro (que guia o povo); Chicote (que ameaça os inimigos).

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O LIVRO DOS MORTOS
O Livro dos Mortos, como ficou entre nós conhecido o conjunto de textos mortuários, mais de 200 fórmulas mágicas e hinos datados do Império Novo (1550 a.C.) até o período de dominação greco-romana (332 a.C.-395 d.c),. Encontrados sobretudo em Tebas, são geralmente conhecidos, em conjunto,como "a Recensão Tebana do Livro dos Mortos". Copiada pelos escribas desde 1600 a.C. até 900 a.C., aproximadamente; prestava-se de fato como receita a ser seguida pelas almas que adentravam no desconhecido. Antes, porém, destinava-se a instruir os "vivos", que, uma vez iniciados em seus segredos, poderiam melhor preparar suas almas para o derradeiro julgamento. Por isso, o título verdadeiro desse livro é outro; uma melhor tradução de seu nome seria "Saída para a Luz", isto é, para o dia, para o renascimento. Seus papiros eram comumente colocados junto ao corpo mumificado, sob a cabeça do cadáver, conforme o costume funerário egípcio. Outras vezes, passagens de seu texto sagrado eram transcritas nas câmaras mortuárias, principalmente sob a forma de recitações mágicas a serem proferidas pela alma em seus percalços no além.
O Livro dos Mortos evoluiu dos Textos da Pirâmide do Velho Reino - os textos funerários mais velhos do mundo. Esses encantos e rituais eram inscritos nas paredes da tumba de egípcios de alta classe apenas. No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias "lessem". Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no "Livro dos Mortos" que era bastante usado durante o Novo Reino.
O tema central da obra é o julgamento da alma do morto, ou melhor, a pesagem do seu coração, órgão associado à idéia da alma. O morto era levado por Anúbis até a sala do Tribunal, e se apresentava a Osíris e a mais 42 deuses. O coração era pesado numa balança pelo deus Anúbis, e Tot anotava os resultados. A deusa Maat, cujo nome significa "verdade", era o fiel da balança. Quase exclusivamente representada por uma pena de avestruz, ela se colocava sobre o outro prato da balança, a servir de contrapeso ao coração. Se este fosse mais pesado, a alma era considerada impura, e o cão Anúbis o atirava a uma terrível divindade híbrida, que o devorava. Caso seu peso fosse tão justo quanto a pena de Maat, a alma imaculada, triunfante, era então entregue aos cuidados de Osíris.
Destinavam-se a dar-lhe o poder de gozar ávida eterna, fornecer-lhe tudo o de que precisasse no Outro Mundo, assegurar-lhe a vitória sobre os inimigos, proporcionar-lhe o dom de conciliar as boas-graças de seres amistosos no além-Túmulo, ir aonde quisesse, quando e como quisesse, preservar intactos seus restos mumificados e, finalmente, permitir que sua alma atingisse o reino do divino Osíris, o vencedor da morte, que restitui a vida a homens e mulheres.
O egípcio piedoso, rei ou lavrador, rainha ou escrava, vivia com os ensinamentos do Livro dos Mortos diante dos olhos, era sepultado de acordo com suas instruções e baseava toda a sua espiritualidade e felicidade eternas na eficácia de seus hinos, orações e palavras de poder, que condensavam toda a doutrina da religião egípcia acerca de uma vida após a morte.
Até que pudesse se apresentar ao tribunal de Osíris, onde seria julgada em razão do que fora sua vida terrena, Bá, a alma (agora separada de Ká, o corpo), teria de sofrer árdua caminhada, cruzar 21 pilares, desvendar 15 entradas e passar por sete salas de provações.

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OS RITUAIS DE MUMIFICAÇÃOA mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas pelo próprio Anúbis e duravam 70 dias.
Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocavam as vísceras em vasos sagrados chamados "Vasos Canopos", cada um sob a proteção de um dos quatro filhos de Hórus. Inseti, com cabeça de homem protege o fígado; Hapi com cabeça de babuíno, os pulmões; Duamutef com cabeça de cão o estômago; Kebehsenuf, com cabeça de falcão, os intestinos.O coração era lacrado no próprio corpo. Os Egípcios o consideravam como o órgão tanto da inteligência como do sentimento e portanto, seria indispensável na hora do juízo. Somente à alguém com um coração tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osiris permitia a entrada para a vida eterna. Os Egípcios não davam nenhuma importância ao cérebro. Após extraí-lo através das narinas do morto, os embalsamadores o jogavam fora. Depois de secar o cadáver com sal de natrão, eles o lavavam e besuntavam com resinas conservadoras e aromáticas.Finalmente, envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho, entre essas tiras eram colocados diversos amuletos que protegiam o morto contra inimigos e demónios do mundo subterrâneo. Antes de a múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote funerário celebrava a cerimônia da abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver á vida todos os sentidos do morto.

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AMULETOS
Em sua forma mais simples, os amuletos davam proteção geral. O ankh, por exemplo, era um sinal de vida, enquanto que o pilar ‘djed’ era um sinal de estabilidade. Muitos tinham um significado literal: amuletos frequentemente protegem a parte do corpo que eles são feitos de acordo (na vida ou depois da morte), enquanto um amuleto de cabeça de cobra protegeria contra a mordida de cobras. Amuletos também podiam dar uma força especial; um olho daria visão e uma lebre, velocidade, por exemplo.
O amuleto mais importante era o escaravelho. Este besouro leva uma bola de estrume contendo seus ovos e assim passou a representar a passagem do sol através do céu e renascimento.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

Olho de Hórus
Símbolo sagrado no antigo Egito. O olho direito representava o Sol e o esquerdo a Lua. O “olho” direito de Hórus era chamado “vaca de Hathor” e servia como poderoso amuleto ou talismã, emblema do Sol Espiritual, rei do mundo, que desde seu encoberto trono vê debaixo dele todo o Universo. O Olho é símbolo do conhecimento e também da divindade, para quem nada permanece oculto. “Olho que tudo vê”. Para os gregos era “o Olho de Júpiter”, para os pársis era “o Olho de Ormuzd”. Deus Onividente, Salvador e Preservador."Que o Olho de Hórus possa tomar a frente do deus e brilhar através de sua boca" Os Textos das Pirâmides.
Hórus "o que governa com dois olhos".
Esta é a representação do Deus Egípcio Hórus com cabeça de Falcão. Na mitologia egípcia, Hórus era um dos 5 filhos de Ra e Rhea, o par original de deuses egípcios. Seus irmãos eram Osiris, Set, Isis e Neftis. O olho de Hórus simboliza a justiça implacável do olhar que tudo vê ao qual nada escapa, tanto na vida íntima como pública. É a representação da dedicação aos rituais e às leis, ilustrando a luta da luz contra as trevas. Símbolo também usado nos templos maçônicos.O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos esotéricos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hórus (ou Heru-sa-Aset ou Her'ur ou Hrw ou Hr ou Hor-Hekenu) era o deus egípcio do céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha cabeça de falcão e seus olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth e tornou-se o rei dos vivos no Egipto.Perdeu um olho lutando com Seth, considerado o famoso olho de Hórus,originalmente conhecido como o Olho de Rá,que foi um dos amuletos mais usados no Egipto em todas as épocas.

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A MORTE NO EGIPTONada era mais importante para os egípcios do que alcançar a vida eterna e eles faziam de tudo para chegar até lá. De feitiços rituais, a embalsamamento e construção de tumbas magnifícas, quanto mais dinheiro eles tinham, mais eles gastavam nas suas preparações para a morte.
Os egípcios acreditavam que cada pessoa tinha um corpo físico e um ‘ka’ – uma força de vida que continuava após a morte. Este ka precisaria da mesma sustentação que uma pessoa viva, além de entretenimento e os instrumentos de seu comércio. Todos estes itens eram colocados em sua tumba. Principalmente, o ka precisaria se reunir com o corpo físico, e é por isso que os corpos eram mumificados. Os mortos tinham que se juntar ao seu ka para alcançar vida depois da morte mas, como o corpo físico não poderia fazer a jornada da tumba para o submundo, o ‘ba’ da pessoa, ou personalidade, o fazia.Quando o ba e ka se uniam, eles faziam a jornada final para o céu, luz do sol e estrelas, onde os mortos ressuscitavam como um ‘akh’ (ou espírito) e viviam para sempre.
MUMIFICAÇÃO
O primeiro passo da mumificação era remover os órgãos internos através de um corte no lado. O coração – reconhecido como o centro da inteligência e força da vida – era mantido no lugar mas o cérebro era retirado através do nariz e jogado fora. Os órgãos remanescentes eram armazenados em jarras de canopo.Em seguida, o corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Então era empacotado com linho ensopado de resina, natro e aromáticos e as cavidades do corpo eram tapadas. Finalmente, ele era coberto de resina e enfaixado, com os padres colocando amuletos entre as camadas. Todo o processo – acompanhado de orações e encantos – levava cerca de 70 dias mas preservava os corpos durante milhares de anos.
O LIVRO DOS MORTOSO Livro dos Mortos evoluiu dos Textos da Pirâmide do Velho Reino – os textos funerários mais velhos do mundo. Esses encantos e rituais eram inscritos nas paredes da tumba de egípcios de alta classe apenas. No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias ‘lessem’. Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no Livro dos Mortos que era bastante usado durante o Novo Reino.O coração era o centro da vida dos egípcios, por isso quatro feitiços eram dedicados para proteger o coração do morto. Feitiço número 23, a ‘Abertura da Boca’, era também crucial, já que restaurava os sentidos da múmia na vida após a morte.
CAIXÕES E SARCÓFAGOSOs caixões mais antigos eram simples caixas retangulares de madeira decorados com olhos (para que o morto pudesse ver) e textos de caixão. Às vezes eles tinham uma porta falsa para que o morto pudesse ‘sair’. No Reino do Meio, caixões de forma humana decorados com grupos de hieróglifos horizontais e verticais que se pareciam com as faixas da múmia tornaram-se mais comuns. Os caixões eram ricamente pintados (ou dourados se reais), por dentro e por fora, com cenas de funeral, textos de funeral, deuses e deusas e escaravelhos alados. Uma ‘espinha dorsal’ branca pintada nas costas detalhava a descendência do morto. Quase sempre havia uma tábua pintada do formato do corpo chamado de tábua da múmia, cobrindo a múmia no caixão interior. Então, até quatro caixões eram colocados no sarcófago retangular com a tampa onde o cabeça de chacal Anubis sentava para proteção.

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DEUSES EGÍPCIOS:NUT e GEB
NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun (o sol nascente) e Re ou Rá (o sol do meio dia).
Nut e Geb são retratados como amantes apaixonados. Durante o dia eles eram separados por Shu, o deus do ar. Mas à noite, Nut descia para fazer amor com Geb. Se houvessem tempestades durante o dia, o egípcios acreditavam que era a aproximação de Nub da terra para encontrar Geb. O amor deles deixou o marido de Nut, Rá com raiva, que decretou que ela não poderia ter filhos durante os 360 dias do ano. Infeliz, Nut pediu ajuda a Thoth, o deus da sabedoria. Thoth roubou luz da lua para criar cinco dias novos (fazendo com que o ano durasse 365 dias); foi quando Nut deu vida a quatro crianças.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

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DEUSES EGÍPCIOS: RÁ
Rá tinha várias formas durante o dia.
Ele era um deus vivo de dia e morto à noite.
Ele nascia de manhã como uma pequena criança, se transformava em homem no meio do dia e era um velho ao pôr-do-sol – para então renascer na manhã seguinte.
Durante este tempo, ele navegava pelo paraíso em um barco chamado ‘Barca de Milhões de Anos’.
Dessa forma, os egípcios explicavam o movimento do sol no céu.
O culto de Rá ao sol era baseado em Heliopolis. Acredita-se que ele tenha sido o pai dos reis e de todos os deuses importantes

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DEUSES EGÍPCIOS: AMON
Amon literalmente significa ‘o invisível’ e há algumas histórias sobre ele, apesar dele ter sido considerado o criador de todas as coisas.
Independente da falta de um passado mitológico, ele obteve grande importância.
Durante o reino do meio, um centro de culto à Amon cresceu em Tebas (moderna Luxor), onde era associado com o deus do sol Rá e adorado como Amon-Rá. Mais tarde, ele foi o favorito da família real e, na 18a Dinastia, ele superou todos os deuses.
Durante esta época, um templo magnífico foi construído para ele em Karnak, que ainda está de pé nos dias de hoje.

24 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS:SETH
SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
Senhor do submundo, do caos, deus da desordem, da injustiça e da ambição. Deus das Tempestades e dos Trovões, que o permite o atormetar os demais. Inimigos de todos os deuses. Nasceu prematuro e ao nascer rasgou o ventre da mãe. Seth representa a esterilidade e a maldade.
Era casado com sua irmã Neftis, mas Néftis amava o seu outro irmão Osíris.
Seth odiava seu irmão Osíris e travaram a luta do bem contra o mal.
Era inimigo da paz e da properidade e, assim, inimigo do Faraó.
Seth ameaçava as colheitas e rebanhos com sua influência negativa.
Os arqueólogos foram incapazes de determinar a identidade do estranho animal que representa Seth e há uma teoria que este animal era tão odiado como a personificação do diabo, que foi caçado e massacrado até a extinção.

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DEUSES EGÍPCIOS: HATOR
A deusa Hator, por exemplo, é adorada na forma de uma mulher com chifres de vaca e um disco solar na cabeça, como uma mulher com cabeça de vaca ou simplesmente uma vaca, cujo ventre salpicado de estrelas formava o céu. A serpente e o corvo entram na composição dos emblemas que acompanham a sua imagem. Hator é uma das deusas mais veneradas, conhecida como “dama da embriaguez”. Na mitologia Egípcia é a deusa do céu, filha do deus Sol, Ra, deusa da fertilidade, protetora das mulheres, da astrologia, do casamento, dos vivos e dos mortos, também era deusa do Amor e da Beleza. É freqüentemente descrita como a mãe de todos os Faraós do Egipto. A deusa Hator representava o amor e sexualidade e é associada com os aspectos eróticos do vinho e da dança. O Faraó era o filho de Hator e portanto, todas as sacerdotisas do Faraó eram automaticamente sacerdotisas de Hator.HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.

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DEUSES EGÍPCIOS: BASTET
A deusa gata. Protetora dos gatos, das mulheres, da maternidade, da cura. Era guardiã das casas e feroz defensora dos seus filhos, representando o amor maternal.

Tem grande ligação com a Lua.
Representada com uma ninhada de gatinhos a seus pés, simbolizando a Fertilidade.
O Templo de Bastet, era em Bubastis (cidade do Delta do Nilo), cujo nome em egípcio "Per-Bast" (significa "a casa de Bastet"), mantinha gatos sagrados que eram embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados como encarnação da deusa.
O gato doméstico foi trazido para o Egipto por volta do ano 2.100 a.c., é considerado um ser divino, ao ponto que quando um deles morriam de morte natural, as pessoas da casa raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.
O símbolo do GATO PRETO era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.
Os gatos eram tão sagrados no antigo Egipto, que quem matasse um gato era condenado à pena de morte.
BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.

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DEUSES EGÍPCIOS: MAAT

Deusa egípcia da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem portando em sua cabeça uma pluma.A atividade crucial de Maat ocorria no Palácio das Duas Verdades (Maati), onde os mortos iam para o julgamento final. Após o falecido confessar seus pecados, seu coração era colocado em um prato de balança, enquanto no outro estava uma pena de avestruz simbolizando Maat (a verdade). Por vezes era, ela mesma, a balança. MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.

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Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, na sua reencarnação e que depois da morte existia uma outra vida. Após a morte, a alma ia ao tribunal de Ósiris, onde era julgada.Como acreditavam na reencarnação era necessário que o corpo estivesse conservado para quando a alma regressasse ao corpo que havia habitado. Para isso realizavam o processo de mumificação (embalsamamento do corpo) e pintavam no sarcófago a cara do defunto para que a alma o reconhecesse.

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DEUSES EGÍPCIOS: ANÚBIS
Anubis era um deus antigo, guiando os mortos a caminho do submundo muito antes de Osíris ter se transformado num deus importante. Entretanto, ao ajudar Ísis a mumificar Osíris depois de sua morte, ele também se tornou o santo benfeitor dos embalsamadores.
Anubis era associado com Maat, a deusa da justiça.
Os egípcios acreditavam que quando se morre, se viaja pelo Corredor dos Mortos.
Lá, Anúbis pesaria o seu coração contra a pluma de Maat, estabilizando a balança primeiro para garantir exatidão. Se o seu coração pesasse mais do que a pluma, ele seria comido pelo monstro.
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

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DEUSES EGÍPCIOS: TOTH
Era representado por uma Íbis, que se tornou o símbolo da sabedoria para os egípcios. Diz a tradição que foi por seu intermédio que aquele povo conheceu as artes, a arquitetura, a escrita hieroglífica, a medicina, a astronomia, a matemática e ainda outras ciências mais avançadas relativas ao espírito e à alma.
TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

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A LENDA DE ISIS E OSIRISConta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris. Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito. Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egipto.
Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.
Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.

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DEUSES EGÍPCIOS: HORÚS
O deus falcão era filho de Osíris e Ísis.
Hórus era originalmente o deus do céu, voando sobre o Egipto como um falcão para proteger seu pai, o rei Osíris.
Quando Hórus derrotou o assassino de seu pai, Seth, ele se transformou no rei de todo o Egipto, e ele é descrito usando uma coroa com uma parte superior branca para representar o Alto Egipto e uma parte vermelha inferior para representar o Baixo Egipto. Por esta razão, os governantes do Egipto sempre se identificaram com Hórus na vida, se transformando na personificação de Osíris quando eles morriam.Hórus era adorado em centros de cultos em Behdet, Hirakonpolis e Edfu e o olho de Horus era considerado um amuleto poderoso.HÓRUS teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).

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DEUSES EGÍPCIOS: ÍSIS
A esposa de Osíris. ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um trono que é o hieróglifo de seu nome.

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DEUSES EGÍPCIOS: OSÍRIS
Um dos deuses mais antigo do Panteão Egípcio, pois era adorado já nas primeiras dinastias. Plutarco relata que nos primórdios do Egipto OSÍRIS governava com extrema benevolência. Sua chegada propiciou o ensino da agricultura, organização social, do estabelecimento das leis, e também da instituição dos princípios espirituais e religiosos.
O maldoso deus SETI e outros conspiradores trancaram Osíris num cofre extremamente selado e jogando-o no mar, perdendo-se nas profundezas.
Diz também a lenda que os pedaços de seu corpo foram dispersos por vários lugares.

OSÍRIS representa a paternidade, foi o rei dos deuses. Deus do Mundo dos Mortos.Gorvernou ao lado de sua esposa e irmã Ísis que já se amam dentro do ventre da mãe.
Primeiro casal soberano sobre a Terra. Osíris era o rei e Ísis era o trono.
Era muito comum tanto na Mitologia como entre os Faraós o casamento entre irmãos porque isto se tratava de legitimar o direito ao trono, através do casamento com uma Princesa. Toda a Faraó era vista como representante directa da deusa Ísis.
Osíris era também deus dos grãos no Egito. Espírito da Fertilidade que promove a germinação e crescimento das plantas e a reprodução dos animais. Ele era a força vital contida na imundação anual do Nilo. Criou a agricultura.
Osíris era um dos filhos de Nut e Geb, ao lado de sua irmã Ísis (com quem se casou) e seu irmão ciumento Seth, que mais tarde o matou.
Osíris aparece como uma múmia de barba, carregando um gancho como poder supremo.
Ele usava a coroa branca do Alto Egito, com penas vermelhas. Sua pele é verde para representar a vegetação – como rei, ele ensinou os egípcios a ser fazendeiro.
Apesar dele ser o deus do submundo, ele não é um demónio ou um deus obscuro.
Ao contrário, ele representa a esperança dos egípcios em viver em glória para sempre na vida depois da morte.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - EGIPTO

POLITEÍSMO
Os egípcios eram um povo muito religioso, o mais religioso de entre todos os povos de acordo com as palavras de Heródoto. Eram politeístas porque acreditavam em vários deuses.Os deuses mais adorados eram Hórus, Amon-rá,Ósiris e Ísis.Os egípcios representavam os deuses com formas de animais ou formas humanas. Outras vezes combinavam as duas formas.
Os Egípcios, tal como os outros povos da Antiguidade, eram extremamente religiosos. Adoravam muitos deuses, isto é, eram politeístas. Cada região tinha os seus deuses, mas alguns eram adorados em todo o Egipto, como Osíris e Ísis (deuses ligados à fer­tilidade e fecundidade da terra e ao culto dos mortos), o deus-falcão Hórus (protector dos faraós, particularmente adorado durante o Império Antigo) e Ámon-Rá (o deus-Sol).Relacionado com o culto dos deuses, estava o culto dos mortos. Como acreditavam na vida de além-túmulo, os egípcios criaram complicadas técnicas de embalsamamento dos cadáveres pois também acreditavam na reencarnação das almas. Por essa razão os corpos precisavam de estar intactos (mumificados) e para a alma reconhecer o corpo que habitara, desenhavam o mais fiel possível na tampa do sarcófago o rosto do morto que lá estava depositado.No século XIV a.c., no reinado de Amenófis IV (c. 1377/1359 a.c.), o politeísmo egípcio foi temporariamente abolido e imposto o culto a um único deus - Áton, que simbolizava o Sol. Contudo, logo após a morte do faraó, regressou-se ao culto dos deuses tradicionais, ou seja, ao politeísmo.

A.2.UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
3200 AC - 1100 AC

Situado no nordeste da África, numa região conhecida como Delta do Nilo, o Egipto foi uma das maiores civilizações de toda a Idade Antiga. Sem dúvida, a existência do rio Nilo foi de suma importância para o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que esses povos habitavam uma área desértica e de clima seco. Foi por causa da existência do rio que os egípcios puderam tornar a terra propícia para o desenvolvimento da agricultura. Por isso, o historiador grego Heródoto disse uma celebre frase: “O Egipto é um presente do Nilo”.
O Egipto foi palco do surgimento de uma das civilizações que merecem destaque na história da antiguidade. Os avanços tecnológicos alcançados por esta civilização podem ser conferidos em suas mais arrebatadoras obras arquitetónicas realizadas, as pirâmides, gigantescas tumbas destinadas aos faraós, cuja construção deve ter iniciado por volta do ano de 2.700 a. C. Após suas mortes, os corpos dos faraós eram embalsamados e sepultados no interior das pirâmides. Os egípcios possuíam a crença da vida após a morte, o que explica o grande cuidado na conservação dos corpos dos seus governantes. Por outro lado, as técnicas de irrigação eram avançadas para sua época: já era empregada a técnica de irrigação através da canalização das águas do rio. Também eram aproveitadas as cheias periódicas do rio Nilo: com o alagamento e esvaziamento periódicos, as terras referentes às margens do rio tornavam-se bastante férteis e produtivas.
A estrutura da sociedade egípcia era altamente rígida. No topo estava o faraó, seguido de sacerdotes, nobres e funcionários reais. Nas camadas baixas estavam os artesãos, camponeses e por último, os escravos.
Durante milhares de anos, vários grupos de pessoas de diversas origens foram se fixando nas proximidades do Nilo, cultivando plantas e domesticando animais. À medida que esses grupos foram crescendo, se aliaram entre si, fundando unidades administrativas independente (nomos). Os nomos começaram a disputar entre si o controle das terras, até que, após vários conflitos, foram formados dois reinos: o Baixo e o Alto Egipto. Aproximadamente no ano de 3200 a.C, o rei do Alto Egito, Menés, conquistou o Baixo Egipto, unificando os dois reinos e se tornando, portanto, o primeiro faraó da história do Egito. O faraó representava mais do que um simples rei, ela era visto como a encarnação do próprio deus, ou seja, o faraó era um deus, exercendo a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sumo sacerdote.
Os egípcios deixaram vários legados para a humanidade. A começar pelo calendário de 365 dias e a divisão do dia em 24 horas.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

SUMÉRIAA partir de finais do 4º milénio a. C. formaram-se várias cidades nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates numa região chamada Mesopotâmia e formaram a mais antiga civilização histórica.
Terras de aluvião com cheias e os Sumérios aprenderam a controlar as cheias constuindo diques e canais.

Cidades-estados: Ur, Uruk, Lagash, Nippur e Kish.



O principal contributo foi a invenção a primeira forma escrita (escrita cuneiforme) e o Código de Hamurábi de natureza jurídica.

Astronomia: Zigurates (observatórios dos astros) e também santuários

Matemática:Sistema de cálculo de pesos e medidas

Arquitectura: Zigurates;Palácios e Templos

22 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

REVOLUÇÃO URBANA
As aldeias neolíticas cresceram, transformaram-se em aglomerações urbanas. As cidades passaram a ser os centros da economia, ali se realizava o mercado, ali se localizavam os templos e o palácio do chefe.
Divisão do trabalho, a riqueza de cada um e a função que exercia levaram à formação de uma SOCIEDADE ESTRATIFICADA.
SOCIEDADE
1.Rei
2.Sacerdotes
3.Guerreiros
4.Altos funcionários
5.Comerciantes
6.Artesãos
7.Camponeses
8.Escravos
O Chefe tinha um poder sacralizado " era rei e deus ao mesmo tempo".
A administração das cidades era complexa-controlar as trocas comerciais-administrar o palácio e o templo- isso levou ao desenvolvimento de formas de cálculo e à invenção da escrita e surgiu um novo grupo social os Escribas (os que sabem escrever).
A invenção da escrita foi de tal forma importante que marca a passagem da Pré-História para a História.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

Esquema conceptual
Há cerca de 5 000 anos surgiram as primeiras civilizações da História, numa região chamada Crescente Fértil, devido à fertilidade das suas terras.
As primeiras civilizações ficaram conhecidas por Civilizações dos Grandes Rios, porque se desenvolveram próximo de importantes rios: a SUMÉRIA junto aos rios Tigre e Eufrates; o EGIPTO junto ao rio Nilo; a Civilização do VALE DO INDO próximo do rio Indo e a Civilização do RIO AMARELO junto ao rio Amarelo.
Destas escolhemos a Civilização Egípcia.
Por volta de 2 000 a.C. desenvolveram-se outras civilizações na região do Mediterrâneo Oriental. Foi o caso das civilizações HEBRAICA e FENÍCIA, as quais deixaram importantes heranças para a cultura ocidental.
Por Civilização podemos entender um conjunto de formas de vida, de costumes, de crenças, de instituições e de realizações técnicas e culturais que são comuns a uma determinada sociedade humana e a caracterizam. Assim, falamos da civilização chinesa, da civilização egípcia, da civilização suméria....

14 de outubro de 2008

FICHA FORMATIVA 1 A1.AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

PALEOLÍTICOlê o texto


Texto
" Os primeiros seres humanos tinham de caçar, pescar e recolher da Natureza tudo o que necessitavam para sobreviverem. Na sua luta para controlarem as forças da Natureza aprenderam a dominar o fogo e construíram abrigos."



1. Define Hominização.
2. Indica a região do planeta onde surgiram os primeiros homínideos.
3. Refere as características que tornaram o ser humano diferente dos outros primatas.
4. Completa os espaços em branco indicando as conquistas de cada um dos homínideos.
HOMO HABILIS
_________________________________________________
HOMO ERECTUS
_________________________________________________
HOMO SAPIENS
_________________________________________________
HOMO SAPIENS SAPIENS
_________________________________________________
5. Completa os espaços indicando as vantagens que o domínio do fogo trouxe para a vida dos seres humanos.
1_____________________ 2___________________3___________________
4_____________________5___________________6___________________
6. Identifica as principais actividades dos seres humanos no Paleolítico.
7. Identifica os tipos de arte no Paleolítico.
1_____________________________ 2_______________________________
8. Refere os principais temas da arte Paleolítica.
NEOLÍTICO
lê o texto
Texto
"Há cerca de 12 mil anos verificaram-se alterações climáticas que favoreceram a prática da agricultura e a domesticação de animais. Estas actividades trouxeram muitas transformações no modo de vida dos seres humanos."


1.Indica a região onde se praticou a agricultura pela primeira vez.
2. Define "Crescente Fértil"
3.Comenta a afirmação:" A prática da agricultura e da pastorícia representou um passo decisivo para a transformação do modo de vida dos seres humanos."
4. Assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
1.___ A domesticação de animais surgiu na região do Crescente Fértil.
2.___ O cavalo foi o primeiro animal a ser domesticado pelos humanos.
3.___ Para domesticar os humanos os animais prenderam-nos em cercas.
4.___ Quando os humanos aprenderam a domesticar os animais deixaram de praticar a caça.
5. Completa o texto.
"Durante o período do Neolítico os humanos começaram a praticar uma economia ___________, baseada na ______________ e na ________________. A partir do momento em que os seres humanos produziram os seus alimentos puderam permanecer mais tempo no mesmo local, assim, deixaram de ser _________________ e passaram a ser____________________. "
6. Indica os instrumentos que surgiram para apoiar a prática da agricultura.
7. Identifica as actividades que surgiram no Neolítico.
A_____________
B_____________
C_____________
D_____________

8. Avalia a importância da invenção da roda na vida dos seres humanos.
" A invenção da roda é um dos principais acontecimentos da história da Humanidade, uma vez que a sua aplicação aos meios de transporte revolucionou o modo de viajar.(...)
Parece que a introdução da roda se ficou a dever aos Sumérios, povo que vivia no actual Iraque, por volta de 3.500 a.C."
Giovanni di Pascuale, História da Ciência e da Tecnologia, vol.20, Hiperlivro

9. Descreve as habitações do período neolítico.

10.Indica as constuções megalíticas.
1___________________________________
2___________________________________
3___________________________________
4___________________________________


11. Explica a utilização que era dada às construções megalíticas.
1___________________________________
2___________________________________
3___________________________________
4___________________________________
12. Comenta a afirmação: " No Neolítico a deusa-mãe continuou a ser divindade mais adorada."

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS - IDADE DOS METAIS- FIM DA PRÉ-HISTÓRIA e INÍCIO DA IDADE ANTIGA-HISTÓRIA

Revolução metalúrgica
Há cerca de 9.000 anos produziram-se na Turquia os primeiros objectos de cobre. Depois o ouro, a prata e o bronze (liga de cobre e estanho) e depois o ferro. A técnica de fusão surgiu há cerca de 8.500 anos no Médio Oriente e depois espalhou-se pela Europa.
Construíram fornos onde os minérios eram aquecidos a altas temperaturas que entrava em fusão e era vertido em moldes. Quando arrefecia ficava com a forma do molde.
As armas e utensílios de metal garantiram a superioridade das comunidades que os usavam.
Possuir metal passou a ser sinónimo de riqueza e poder.


4 de outubro de 2008

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

MEGALITISMO
Período de tempo no fim do neolítico que se desenvolveu principalmente na Europa que se caracteriza por grandes construções de megalitos


Construções formadas por grandes blocos de pedra.
-MENIRES: Grandes pedras isoladas colocadas ao alto; função funerária e culto ao deuses solares
-ALINHAMENTOS: Grupos de menires colocados em linha ou em filas paralelas; função de culto da Natureza.

-CROMELEQUES: Conjunto de menires colocados em círculo.

-ANTAS ou DÓLMENES: Construções com três ou mais pedras colocadas ao alto e cobertas por grandes lages; função funerária
CULTOS AGRÁRIOS
Deusa-Mãe: Deusa do Neolítico simboliza a Terra, a Fertiliade da mesma a Fecundidade.
Prestam culto às forças da Natureza: Sol, água etc.
Estatuetas, amuletos.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

ALDEAMENTOS As comunidades passaram a viver junto aos campos que cultivavam, esperavam as colheitas e criavam gado. Os seres humanos passaram a ser sedentários. (ver sedentarização)
As casas eram construídas com os materiais que existiam na região. Podiam ser de pedra, madeira, tijolo ou em argila e eram cobertas de colmo. Alguns aldeamentos eram rodeados de muralhas para garantirem a segurança das pessoas e dos rebanhos.
DIFERENCIAÇÃO SOCIALA garantia de alimento permitiu que algumas pessoas se dedicassem a outras actividades. Iniciou-se a divisão de trabalho. Nesta época as pessoas começaram a desenvolver o conceito de propriedade e de acumulação de bens, de riquezas.
Era o que acontecia em alguns grupos com maior prestígio, como os guerreiros, os sacerdotes.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

INOVAÇÕES TÉCNICAS: NOVAS ACTIVIDADES
CERÂMICA: Recepientes de barro para armazenar cereais e líquidos: Roda do Oleiro

CESTARIA: Cestos feitos de palha, couro,vime, etc, para armazenar e transportar produtos

TECELAGEM: Técnica que permite produzir vestuário: Lã, linho e algodão.

MOAGEM: Técnica para produzir farinha para o pão.

RODA: Facilitou o transporte e foi um dos grandes inventos humanos.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

NEOLÍTICO: AGRICULTURA E PASTORÍCIA
Há cerca de 10.000 anos verificaram-se grandes alterações climáticas.
No Neolítico os sres humanos aprenderam a produzir os seus alimentos (inventaram a agricultura e domesticaram os animais) construíram aldeias e desenvolveram novas técnicas.
AGRICULTURA: TRIGO; CEVADA; ARROZ; MILHO MIÚDO; SORGO; FEIJÃO
Primeiro animal domesticado o CÃO
PECUÁRIA: CARNEIRO; CABRA; BOI; PORCO; LAMA; BURRO;CAMELO;OVELHA

A Agricultura surgiu numa região no Próximo Oriente que ficou conhecida por CRESCENTE FÉRTIL.
O Crescente FértilA agricultura teve o seu berço região do Crescente Fértil, região hoje ocupada, entre outros, pelo Iraque, Irão e Egipto e onde surgiram as primeiras civilizações (os Sumérios, os Assírios e os Egípcios). A origem destas civilizações está intimamente ligada e em estreita dependência com o aparecimento da agricultura.Os povos semi-nómadas que se fixaram nas margens férteis dos rios Tigre, Eufrates e Nilo, contribuíram para converter esta região na mais rica e próspera da antiguidade e estiveram na génese daquelas primeiras civilizações.Até então, o homem era caçador-recolector mas já existiam aldeias sedentárias baseadas ainda na caça e na recolha de frutos silvestres, raízes e cereais bravios, os quais predispuseram esses caçadores para a produção alimentar e a criação de gado.Há cerca de 10000 anos ocorreu a transição da caça-recolecção para a recolha dos cereais bravios e há 8000 anos atrás os primeiros povos sedentários estavam já dependentes da cultura dos primeiros cereais e dos primeiros animais domesticados.Desenvolveu-se, também, uma “tecnologia rudimentar” para a recolha, o processamento e o armazenamento dos alimentos, como por exemplo: foices com lâminas de sílex fixas em cabos de madeira ou osso para colher cereais, cestos para transporte de cereais, almofarizes, pedras de moagem para a debulha e poços de armazenagem subterrâneos.O aumento da densidade populacional obrigou ao incremento da produção alimentar e vice-versa. As primeiras culturas domesticadas (trigo, cevada, ervilhas e lentilhas) desenvolveram-se a partir de plantas bravias que revelavam características que motivaram a sua preferência por parte do homem.Os animais forneciam carne e também, lã, couro e auxílio nas tarefas agrícolas.Estes factores favoreceram o estilo de vida sedentário face à caça-recolecção, pois a referida selecção de alimentos rapidamente se tornou mais abundante e nutritiva do que a forma de alimentação posto à disposição pelo modo de vida anterior.

Passaram a praticar uma ECONOMIA DE PRODUÇÃO
Deixaram de ser NÓMADAS e passaram a ser SEDENTÁRIOS.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

RITOS MÁGICOS


O ser humano tem necessidade de explicar a realidade que o cerca e os mistérios da vida (como o nascimento a morte; o dia a noite etc)
Tentam dominar e perceber o mundo através de ritos mágicos: dançam; mascaram-se; pintam; sacrificam animais para tentarem agradar aos Deuses.
Crença na vida para além da morte levou-os a enterrar os seus mortos com adornos, comida, flores, pintar os corpos e etc.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

ARTE NO PALEOLÍTICO
Existem dois tipos de arte:
1-Arte móvel (pequenas estatuetas: Vénus : Simboliza a fecundidade e fertilidade etc)
2-Arte rupestre ou parietal (pinturas e gravuras feitas em rochas quer em grutas quer ao ar livre)(arte mágica: para obter caça)
Principais temas:
Animais de caça; bisontes, cavalos, touros; mãos humanas; e algumas figuras e sinais abstractos.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

O FOGO
O HOMO ERECTUS dominou o fogo há 500.000 ano
FORMAS DE PRODUZIR O FOGO
1º- Fricção de dois paus
2º Choque de duas pedras

Vantagens:

1-Aquecer e iluminar os abrigos
2-Cozinhar os alimentos
3-Afastar os animais ferozes
4-Aperfeiçoar o fabrico de instrumentos
5-Desenvolve os laços sociais e a linguagem

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

FABRICO DE INSTRUMENTOS

Instumentos de Pedra, Madeira , Osso e Chifre.

Seixos quebrados

Bífaces


Pontas de Seta



Raspadores

Arpões e anzóis

Propulsores

Agulhas

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

HOMINIZAÇÃO

O ser humano é o resultado de uma longa evolução, física, intelectual e social. Há cerca de 6 a 4 milhões de anos, um grupo de primatas desenvolveu uma série de transformações físicas que deram origem à espécie Humana.
Os HOMÍNIDEOS (os mais antigos antepassados dos seres humanos) surgiram na África Oriental e do Sul.
TRANSFORMAÇÕES:
-VERTICALIDADE e da BIPEDIA (liberta as mãos que as utiliza para fabricar instrumentos)
-DESENVOLVIMENTO DA MASSA CEREBRAL e da CAIXA CRANIANA (aquisição da inteligência)
-LINGUAGEM ARTICULADA

AUSTRALOPITECUS: Conquista a BIPEDIA e usa o SEIXO QUEBRADO.
HOMO HABILIS: Fabrica e utiliza instrumentos e usa o BÍFACE. Constroi os primeiros abrigos para habitar.
HOMO ERECTUS: Domina o FOGO, desenvolve a LINGUAGEM e instala-se em grutas ou em acampamentos ao ar livre.
HOMO SAPIENS: Grande desenvolvimento da inteligência, fabrica instrumentos especializados e primeiros ENTERROS
HOMO SAPIENS SAPIENS: Fabrica instrumentos em lâmina e osso, primeiras manifestações artísticas.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

ESQUEMA CONCEPTUAL
O ser humano, tal como o conhecemos hoje, é o resultado de milhões de anos de evolução e de adaptação ao meio. Os primeiros seres humanos desenvolveram características que os tornaram diferentes e superiores aos outros animais.

Começaram por se alimentar daquilo que a Natureza lhes oferecia, caçando, pescando e recolhendo frutos,ovos e raízes.
Aprenderam a fabricar instrumentos, dominaram o fogo e desenvolveram a linguagem.

Há cerca de 10.000 anos os seres humanos começaram a produzir os seus alimentos através da agricultura e da pecuária.

Desenvolveram novas técnicas e novos instrumentos, construíram casas e formaram aldeias.