16 de dezembro de 2008

BIOGRAFIAS: PROTAGONISTAS DA ANTIGA GRÉCIA

Péricles: Político (em grego, Περικλῆς), estratego e político grego (c. 495/492 a.C.–429 a.c.) foi um dos principais líderes democráticos de Atenas e a maior personalidade política do século V a.C.. Viveu durante a Era de Ouro de Atenas, e sua presença foi tão marcante que o período compreendido entre o final das Guerras Médicas (448 a.C.) e sua morte (429 a.C.) é chamado o Século de Péricles.
Péricles nasceu de uma família da nobreza ateniense, os Alcmeônidas, descendente do líder reformista Clístenes, responsável pela introdução da maioria das instituições democráticas, durante a revolução de 510 a.C.. Eleito e reeleito várias vezes como estratego-chefe (strategos-arconte), acumulou a chefia civil e a liderança militar da cidade, fazendo com que Atenas alcançasse a maior projeção política, econômica e cultural em toda a sua história.
Péricles foi o maior responsável por muitos dos projectos de construção que incluem muitas das estruturas sobreviventes da acrópole, tendo encarregado o escultor também ateniense Fídias como o supervisor do programa de embelezamento da cidade.
O próprio Péricles persuadiu a cidade a construir muralhas de mais de 4 milhas até ao porto de Atenas. Reconstruiu Atenas, que havia sido destruída nas Guerras Médicas com dinheiro da liga de Delos. Sua realização menos notável talvez tenha sido a exploração de outras cidades como forma de subsidiar o florescimento da democracia ateniense.
Péricles começou a sua vida política ainda bastante novo. Foi discípulo de Daman, Zenão e Anaxagoras. Anaxagoras ensinou retórica a Péricles.
Címon era um político rival de Péricles. Címon, um homem grandioso, ganhou fama e apoiantes entre o povo ao usar o seu próprio dinheiro para ajudar os atenienses que precisavam de assistência. Para contornar Címon, Péricles gastou dinheiro público para construir novos projectos.
Péricles podia eventualmente ter expulso Címon da cidade por um período de tempo. Entretanto, antes de seu período de exílio, Címon teve a oportunidade de liderar os ateniense em uma batalha contra Esparta. Infelizmente, alguns amigos de Péricles afastaram Címon da batalha o que prejudicou os atenienses. Nesse ponto, Péricles pode olhar além de suas próprias ambições e chamar Címon de volta de modo que Atenas pudesse ser vitoriosa.
Péricles concentrou-se então em fortalecer Atenas e melhorar sua infra-estrutura. Entretanto, durante a sua liderança de quarenta anos foi cauteloso e não fazia avanços sobre os oponentes sem primeiramente pesar as suas opções e medir as suas perdas possíveis. Infelizmente, apaixonou-se por uma mulher de nome Aspasia que o fez mudar ligeiramente a maneira em que iniciava conflitos. De acordo com Plutão, Péricles foi persuadido por ela para montar uma expedição de encontro a um de seus inimigos.
Péricles é referenciado frequentemente como o fundador da democracia em Atenas. Entretanto, os estudos críticos recentes moldaram a dúvida sobre isto e descreveram a formação da democracia como um processo lento. O crédito por criar a primeira democracia no mundo vai às circunstâncias sociais, políticas e económicas que um único indivíduo poderia influenciar, mas não criar.
Péricles começou a perder respaldo em Atenas apesar de ainda manter o poder. Os espartanos atacaram e forçaram Atenas a se preparar para um batalha. Infelizmente, durante a batalha, um praga espalhou-se atingindo Atenas e seus aliados, mas não aos seus inimigos, matando muitos, inclusive Péricles e a maior parte de sua família.
Entretanto, depois que Péricles perdeu seu último filho ateniense, os atenienses promoveram uma mudança na lei que fez de seu filho não ateniense um cidadão e um herdeiro legítimo.
Infelizmente a informação que nós temos sobre Péricles é distorcida por séculos de lendas e mitos. A biografia que a maioria de povos detém foi escrita por Plutarco, que viveu aproximadamente 500 anos após Péricles. Plutarco estava mais interessado em estudar o carácter do homem do que escrever sua história.
Tucídides:Historiador, em grego Θουκυδίδης, transl. Thukydídēs, (Atenas, entre 460 e 455 a.C.— Atenas, cerca de 400 a.C.) foi um historiador da Grécia Antiga.
Escreveu a História da Guerra do Peloponeso, em que, em oito volumes, conta a guerra entre Esparta e Atenas ocorrida no século V a.C.. Preocupado com a imparcialidade, ele relata os fatos com concisão e procura explicar-lhes as causas. Tucídides escreveu essa obra pois pensava a Guerra do Peloponeso como um acontecimento de grande relevância para a história da Grécia, mais do que qualquer outra guerra anterior. Esta sua obra é vista no mundo inteiro como um clássico, e representa a primeira obra de seu estilo.
A obra de Tucídides foi revalorizada no ocidente devido à tradução da História da Guerra do Peloponeso para o inglês, por Thomas Hobbes.
Tucídides também foi um dos primeiros a notar que as pessoas que sobreviviam às epidemias de peste em Atenas eram poupadas durante os surtos posteriores da mesma doença, dando origem a toda uma série de acontecimentos que culminaram naquilo que hoje conhecemos como vacinação.
Pelo foco no problema da guerra e devido à análise dos conflitos entre as cidades-Estado da Grécia Antiga, a corrente de pensamento teórico realista das Relações Internacionais, no século XX, passou a considerar Tucídides como o "avô" do do próprio realismo. Assim, pode-se considerar que a releitura de Tucídides pelos analistas de relações internacionais, em pleno século XX, permitiu construir uma abordagem do pensamento realista em perspectiva histórica.[carece de fontes?]
Tucídides considerava que o poder é central nas relações entre as unidades políticas - Estados - e, que o equilíbrio ou desequilíbrio entre as, então, cidades-Estado era a principal causa da guerra.[carece de fontes?]
Pitágoras de Samos:Matemático (do grego Πυθαγόρας) foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos entre cerca do ano 570 a.C. e 571 a.C. e morreu em Metaponto entre cerca do ano 496 a. C. ou 497 a.C.
A sua biografia está envolta em lendas. Diz-se que o nome significa altar da Pítia ou o que foi anunciado pela Pítia, pois mãe ao consultar a pitonisa soube que a criança seria um ser excepcional.
Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega denominada em sua homenagem de pitagórica.
Arquimedes:Matemático (em grego Αρχιμιδις) foi um matemático, físico e inventor grego. Foi um dos mais importantes cientistas e matemáticos da Antiguidade e um dos maiores de todos os tempos. Ele fez descobertas importantes em geometria e matemática, como por exemplo um método para calcular o número π (razão entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro) utilizando séries. Este resultado constitui também o primeiro caso conhecido do cálculo da soma de uma série infinita. Ele inventou ainda vários tipos de máquinas, quer para uso militar, quer para uso civil. No campo da Física, ele contribuiu para a fundação da Hidrostática, tendo feito, entre outras descobertas, o famoso princípio que leva o seu nome. Ele descobriu ainda o príncipio da alavanca e a ele é atribuída a citação: "Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo".
Hoje conhecemos muito pouco sobre a vida de Arquimedes e sobre a sua obra, já que muitos dos documentos originais foram destruidos. No entanto os romanos tinham muita admiração por ele e alguns historiadores deixaram textos em que descreviam aquilo que na sua época ainda se conhecia sobre a sua vida e obra. Apesar de que muitos desses textos são sobretudo lendas, o pouco que se sabe sobre Arquimedes teve uma importância decisiva no surgimento da ciência moderna, tendo influenciado, entre outros, Galileu Galilei e Isaac Newton.
Estrabão:Geografo, em grego, Στράϐων (63 a.C. ou 64 a.C. - cerca 24 d.C) foi um historiador, geógrafo e filósofo grego. Foi o autor da monumental Geographia, um tratado de 17 livros contendo a história e descrições de povos e locais de todo o mundo que lhe era conhecido à época.
Estrabão era um termo dado pelos romanos àquele cujos olhos eram distorcidos ou deformados, como os portadores de estrabismo (o pai do general Pompeu, por exemplo, era chamado de Cneu Pompeu Estrabão).
Estrabão nasceu numa família rica da Amaseia (actual província da Amasya, na Turquia) em Pontus, que, tornando-se parte do Império Romano à época de seu nascimento, permitiu-lhe prosseguir os estudos dos vários geógrafos e filósofos em Roma. Apesar de filosoficamente um estoicista, politicamente era um proponente do imperialismo romano. Posteriormente fez várias viagens, entre elas ao Egipto e à Etiópia.
Não se sabe ao certo quando ele escreveu a Geographia (Γεωγραφικά): alguns historiógrafos localizam os primeiros esboços da obra durante o ano 7 d.C outros no ano 18 d.C, mas a versão final data do reinado do imperador Tibério, uma vez que a morte de Juba, rei da Maurousia (23 d.C.) nela é mencionada. Apesar de inúmeros erros (especialmente sobre a direção dos Pirineus), sua Geographia foi, juntamente com a de Ptolomeu a primeira obra desse gênero herdada da antigüidade. História, religião, costumes locais e as instituições dos de diferentes povos estão misturados às descrições geográficas.
Outra obra de sua autoria, a Historia (Ἱστορικὰ Ὑπομνήματα), que continuava a de Políbio, está perdida para nós. Referida pelo própria Estrabão que afirma tê-la escrito, versão que é ratificada por outros autores clássicos, tudo o que chegou até nós é o fragmento de um papiro que se encontra, actualmente, na Universidade de Milão (renumerado como Papyrus] 46).
Várias datas diferentes são propostas para a morte de Estrabão, a maioria localizadas pouco depois de 23 d.C.
Hesíodo:Poeta (em grego, Ἡσίοδος - Hēsíodos, na transliteração), foi um poeta da Grécia Antiga. Nasceu, viveu e faleceu em Ascra, no fim do século VIII a.C.
Hipócrates:Médico (em grego, Ἱπποκράτης) — (Cós, 460–Tessália, 377 a.C.) é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da saúde, frequentemente considerado "pai da medicina". Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde.
Nascido numa ilha grega, os dados sobre sua vida são incertos ou pouco confiáveis. Parece certo, contudo, que viajou pela Grécia e que esteve no Oriente Próximo.
Nas obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose. Para o estudioso grego, muitas epidemias relacionavam-se com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam. Muitos de seus comentários nos Aforismos são ainda hoje válidos. Seus escritos sobre anatomia contém descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação quanto sobre procedimentos práticos.
Foi o líder incontestável da chamada "Escola de Cós". O que resta das suas obras testemunha a rejeição da superstição e das práticas mágicas da "saúde" primitiva, direcionando os conhecimentos em saúde no caminho científico. Hipócrates fundamentou a sua prática (e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade) na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) que, consoante as quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). Esta teoria influenciou, por exemplo, Galeno, que desenvolveu a teoria dos humores e que dominou o conhecimento até o século XVIII. Sua ética resume-se no famoso Juramento de Hipócrates. Porém, certos autores afirmam que o juramento teria sido elaborado numa época bastante posterior.
Eurípedes:Dramaturgo (também grafado Eurípides; do grego antigo: Εὐριπίδης) (Salamina c. 485 a.C. - Pela, Macedônia, 406 a.C.) foi um poeta trágico grego.
Eurípedes foi o último dos três grandes autores trágicos da Atenas clássica (os outros dois foram Ésquilo e Sófocles). Especialistas estimam que Eurípedes tenha escrito 95 peças, embora quatro delas provavelmente tenham sido escritas por Critias. Ele foi autor do maior número de peças trágicas da Grécia que chegaram até nós: dezoito no total (de Ésquilo e Sófocles sobreviveram, de cada um, sete peças completas). Hoje, é amplamente aceito que Rhesus, tida como a décima nona peça completa, possivelmente não seja de Euripides. Fragmentos, alguns substanciais, da maioria das outras peças também sobreviveram.
Pouco se sabe de sua vida, mas parece ter sido austero e pouco sociável. Apaixonado pelo debate de idéias, suas investigações e estudos lhe trouxeram mais alfições do que certezas. Alguns críticos o chamaram de "filósofo de teatro", mas não há certeza se Eurípedes, de fato, pertenceu a alguma escola filosófica. Contudo, parece inegável a influência do filósofo Anaxágoras de Clazômenas e também do movimento sofístico.
Para Eurípedes, os mitos (elementos vitais da tragédia) eram apenas coleções de histórias cuja função era perpetuar crenças sobre concepções primitivas. Por tal motivo, opta por relatar em suas tragédias a história dos negados e/ou vencidos, podendo citar como exemplo a obra As Troianas, em que o autor relata a história das mulheres da cidade de Tróia (lembrando que na época as mulheres não eram consideradas como membros da sociedade). Nisso se diferencia tanto de seus predecesores quanto rompe com características importantes aos gregos. Esse rompimento talvez lhe tenha impedido de construir peças harmônicas e perfeitas no seu conjunto, já que os mitos cumpriam muito bem esse papel de fundo. Mesmo assim, compôs cenas memoráveis e agudas análises psicológicas.
As tragédias completas que chegaram até nós são: Medéia, Hipólito, Hécuba, Andrômaca, Alceste, As Bacantes, Héracles, A Heracléade, As Suplicantes, As Mulheres de Tróia, Electra, Ifigênia em Áulida, Helena, Íon, Orestes, Ifigênia em Táurida, As Fenícias e O Ciclope.
Foi alvo de gozo por parte de Aristófanes.
Ésquilo:Dramaturgo (em grego, Αἰσχύλος - Aiskhýlos, na transliteração) -- Elêusis c. 525 a.C. - Gela 456 a.C. -- foi um poeta trágico grego. É considerado como o fundador da tragédia. Foi soldado em Maratona, Salamina e Plateias (o que explica várias peças de cariz militarista, como Sete contra Tebas e sobretudo, derivado da sua experiência directa, Os persas). Na sua biografia ressalta desde logo a sua naturalidade: Eleusis, na Ática, cidade famosa pelos Mistérios de Elêusis, cerimónia iniciática de que ainda se desconhece a verdadeira componente (a este propósito Ésquilo terá sido julgado pelo facto de ter revelado os Mistérios, tendo, no entanto, sido absolvido). Ao longo da sua vida Ésquilo assistiu à consolidação da democracia ateniense, tendo posteriormente viajado para Siracusa a convite do tirano Hiéron, onde terá travado conhecimento com os místicos pitagóricos. Na sua obra destaca-se a importância dada ao sofrimento, narrando as sagas dos Deuses e dos Mitos (como por exemplo em Prometeu Acorrentado). Terá escrito 79 tragédias (segundo alguns autores cerca de 90), das quais se conservaram apenas sete tragédias completas (para além de inúmeros fragmentos dispersos de outras):
Os Persas (472 a.C.);
Sete Contra Tebas (467 a.C.);
As Suplicantes (c. 463 a.C.);
Prometeu Acorrentado (c. 462-459 a.C.);
Agamemnon (458 a.C.);
Coéforas (458 a.C.);
Eumênides (458 a.C.).
As três últimas constituem a única trilogia que chegou inteira até nós: a Orestéia (ou Oréstia), uma das mais pungentes tragédias da Grécia Antiga narrando o drama protagonizado pelos últimos Atridas: Agamémon, Clitemnestra, Egisto, Electra e, naturalmente, Orestes (em torno do qual se realizam grande parte dos oráculos anunciados e que dá o nome de conjunto à trilogia).
Sófocles:Dramaturgo (em grego, Σοφοκλῆς – Sophoklês, na transliteração) (496 a.C.- 406 a.C.) foi um dramaturgo grego, um dos mais importantes escritores de tragédia ao lado de Ésquilo e Eurípedes. Suas peças retratam personagens nobres e da realeza. Filho de um rico mercador, nasceu em Colono, perto de Atenas, na época do governo de Péricles, o apogeu da cultura helênica.
Escreveu cerca de 120 peças, das quais apenas sete "sobrevivem" até os dias de hoje, e também trabalhou como ator. Foi ordenado sacerdote de Asclépio, o deus da medicina, e eleito duas vezes para a Junta de Generais, que administrava os negócios civis e militares de Atenas. Dirigiu o departamento do Tesouro, que controlava os fundos da Confederação de Delos.
Em suas tragédias, mostra dois tipos de sofrimento: o que decorre do excesso de paixão e o que é conseqüência de um acontecimento acidental (destino). Reduziu a importância do coro no teatro grego, relegando-o ao papel de observador do drama que se desenrola à sua frente. Também aperfeiçoou a cenografia e aumentou o número de elementos do coro de 12 para 15, porém esse número pode variar de acordo com o poeta que define a tragédia. Sua concepção teatral foi inovadora e elevou o número de atores de dois para três. Suas peças "sobreviventes" são:
Polícleto:Escultor de Argos (Πολύκλειτος) (Sião ou Argos, 480 ou 450–420 a.C.) foi um dos mais notáveis escultores gregos. Foi colega de Míron, Fídias e aluno de Agelaídas.
Nenhuma de suas obras originais se conservou até hoje, mas muitas são conhecidas através de cópias romanas. Atualmente é famoso principalmente por sua escultura Doríforo (atirador de lanças), figura nua, musculosa, mas de pequeno porte, considerada por muito tempo como o ideal da beleza masculina. Nessa escultura, uma das bases do classicismo, aplicou seu cânone (teoria das proporções).
Na antigüidade ficou conhecido graças à colossal estátua de Hera, esculpida em marfim e ouro, e colocada no templo desta deusa, situado próximo a Argos. O Diadúmeno foi outra obra famosa do artista, que escreveu também um tratado sobre sua própria arte.
Míron:Escultor foi um escultor grego (século V a.C.), nascido em Elêutras. Foi o mais velho dos três grandes escultores do século de Péricles: Míron, Fídias e Policleto. Duas de suas obras chegaram até nós em cópias romanas: Atena, Mársias, e o Discóbolo, uma das esculturas mais famosas da história da arte.

Fídias:Escultor, Arquitecto (em grego Φειδίας — Pheidias) (Atenas, 490–Olímpia, 430 a.C.) foi um escultor grego que se formou, como seu predecessor Míron, na escola dos mestres de Argos.
O início de sua carreira é obscuro: é possível que tenha colaborado na sala de iniciação de Elêusis. Também lhe é atribuído um Apolo e um monumento representando Miltíade heroificado e rodeado por deuses, que foi colocado na entrada no santuário de Delfos. Após ter esculpido Atenas armada (cerca de 453 a.C.), foi encarregado por Péricles de ser o supervisor do programa de embelezamento de Atenas e exerceu grande influência sobre os projetos artísticos do chamado Século de Péricles.
Nenhuma de suas obras se conservou. No entanto, as esculturas do Partenon, que por ele foram concebidas (e provavelmente executadas sob sua supervisão) atestam seu gênio. Sua contribuição própria e mais famosa relaciona-se também com o Partenon: trata-se da célebre Athena Parthenos, de ouro e marfim e com mais de 12 metros de altura. Antes dessa obra, Fídias já havia conquistado fama com outra estátua, a Athena Promachos, que estava localizada na Acrópole, em 456 a.C.. Consta que após o término da Athena Parthenos, foi exilado por ter se apossado de parte do ouro destinado para a confecção da obra. Depois, foi perseguido por sacrilégio, pois havia colocado seu retrato ao lado do de Péricles no escudo de Atena. Seja como for, em 430 a.C., Fídias estava em Élis, trabalhando na obra Zeus Olympeios. Foi preso e foi na prisão que acabou por falecer.
Outros trabalhos famosos de Fídias foram a Amazona, para o templo de Artemis em Éfeso e a Athena Lemnia. É considerado o maior escultor da antigüidade.
Aristófanes: Dramaturgo, em grego antigo Ἀριστοφάνης, (c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) foi um dramaturgo grego. É considerado o maior representante da Comédia Antiga. Nasceu em Atenas e, embora sua vida seja pouco conhecida, sua obra permite deduzir que teve uma formação requintada. Aristófanes viveu toda a sua juventude sob o esplendor do Século de Péricles. Aristófanes foi testemunha também o início do fim daquela grande Atenas. Ele viu o início da Guerra do Peloponeso, que arruinou a hélade. Ele, da mesma forma, viu de perto o papel nocivo dos demagogos na destruição econômica, militar e cultural de sua cidade-estado. À sua volta, à volta da acrópole de Atenas, florescia a sofística -a arte da persuasão-, que subvertia os conceitos religiosos, políticos, sociais e culturais da sua civilização. Conta-se que teve dois filhos, que também seguiram a carreira do pai.
Homero:Escritor (em grego, Ὅμηρος - Hómēros, na transliteração) foi o primeiro grande poeta grego cuja obra chegou até nós. Teria vivido no século VIII a.C., período coincidente com o ressurgimento da escrita na Grécia. Consagrou o género épico com as obras Ilíada e Odisséia. Além destas, mas sem respaldo histórico ou literário, são a ele atribuídas as obras Margites, poema cômico a respeito de um herói trapalhão; a Batracomiomaquia, paródia burlesca da Ilíada que relata uma guerra fantástica entre ratos e rãs, e os Hinos homéricos.
Heródoto: Pai da História
(em grego, Ἡρόδοτος - Hēródotos, na transliteração) foi um historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido no século V a.C. (485?–420 a.C.) em Halicarnasso (hoje Bodrum, na Turquia).
Foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C., conhecida simplesmente como As histórias de Heródoto. Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada.
Antes de Heródoto, tinham existido crónicas e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado. Mas Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projecto de pesquisa que podia revelar conhecimento do comportamento humano. A sua criação deu-lhe o título de "pai da história" e a palavra que utilizou para o conseguir, história, que previamente tinha significado simplesmente "pesquisa", tomou a conotação atual de "história".
A obra Histórias foi frequentemente acusada no velho mundo de influenciável, imprecisa e plagiária. Ataques semelhantes foram preconizados por alguns pensadores modernos, que defendem que Heródoto exagerou na extensão das suas viagens e nas fontes criadas. Contudo, o respeito pelo seu rigor tem aumentado na última metade do século, sendo actualmente reconhecido não apenas como pioneiro na história, mas também na etnografia e antropologia.
Provavelmente escritas entre 450 e 430 a.C., as Histórias foram posteriormente divididas em 9 livros, intituladas segundo os nomes das musas, pelos eruditos alexandrinos. Por volta de 445 a.C., segundo consta, Heródoto fez leituras públicas de sua obra em Atenas.
Quanto ao conteúdo, os primeiros seis livros relatam o crescimento do Império Persa. Começam com uma introdução do primeiro monarca asiático a conquistar as cidades-estado gregas e o verdadeiro tributo, Creso da Lídia. Creso perdeu o reinado para Ciro, o fundador do Império Persa. As primeiras seis obras acabam com a derrota dos persas em 490 a.C., na batalha de Maratona, que constituiu o primeiro retrocesso no progresso imperial.
Os últimos três livros descrevem a tentativa do rei persa Xerxes I da Pérsia de vingar dez anos mais tarde a derrota persa em Maratona e absorver a Grécia no império persa. Histórias acaba em 479 a.C. com a expulsão na batalha de Plateias e o recuo da fronteira do império persa para a linha costeira da Anatólia.
No que diz respeito à vida de Heródoto, sabe-se que foi exilado de Halicarnasso após um golpe de estado frustrado contra a dinastia no poder em que estava envolvido, retirando-se para a ilha de Samos. Parece nunca ter regressado a Halicarnasso, embora em Histórias pareça sentir orgulho de sua cidade natal e da respectiva rainha, Artemísia I de Cária.
Deve ter sido durante o exílio que empreendeu as viagens que descreve em Histórias. Estas viagens conduziram-no ao Egipto, Primeira Catarata, Babilónia, Ucrânia, Itália e Sicília. Heródoto refere uma conversa com um informador em Esparta, e muito certamente terá vivido durante um determinado período em Atenas. Nesta registou as tradições orais das famílias proeminentes, em especial, a Alkmaeonidai, à qual Péricles pertencia do lado materno. Mas os Atenienses não aceitavam os estrangeiros como cidadãos, e quando Atenas apoiou a colónia de Thurii na aniquilação de Itália em 444 a.C., Heródoto tornou-se colono. Desconhece-se se lá morreu ou não.
Numa determinada altura tornou-se um logios – isto é, um recitador de prosa logai ou histórias – cujos temas baseavam-se em contos de batalhas, maravilhas de países distantes e outros acontecimentos históricos. Fez roteiros das cidades gregas e dos maiores festivais atléticos e religiosos, onde dava espectáculos pelos quais esperava pagamento. Em 431 a.C., a guerra do Peloponeso rebentou entre Atenas e Esparta. Poderá ter sido esse conflito, que dividiu o mundo grego, que o inspirou a reunir “logoi” numa narrativa contínua – Histórias – centrada no progresso imperial da Pérsia interrompida pela aliança entre Atenas e Esparta.
Sócrates: Filósofo
Sócrates (em grego, Σωκράτης [Sōkrátēs], (470–399 a.C.) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava-se ao parto das idéias (Fedro) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.
Platão: Filósofo
(Atenas,428/27– Atenas, 347 a.C.) foi um filósofo grego.
Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. Πλάτος (plátos) em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.
Aristóteles: Filósofo
(em grego Αριστοτέλης) nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Aristóteles figura entre os mais influentes filósofos gregos, ao lado de Sócrates e Platão, que transformaram a filosofia pré-socrática, construindo um dos principais fundamentos da filosofia ocidental. Aristóteles prestou contribuições fundantes em diversas áreas do conhecimento humano, destacando-se: ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.
Por ter estudado uma variada gama de assuntos, e por ter sido também um discípulo que em muito sentidos ultrapassou o mestre, Platão, é conhecido também como O Filósofo. Aristóteles também foi chamado de o estagirita, pela terra natal, Estagira

5 de novembro de 2008

B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

O PENSAMENTO
Os gregos desenvolveram conhecimentos em muitas áreas do saber.
FILOSOFIA (filos = amigo + sofia = sabedoria): Sócrates; Platão e Aristóteles
HISTÓRIA: Heródoto (pai da História)
MATEMÁTICA: Pitágoras

MEDICINA: Hipócrates

... e outras áreas do saber e outros protagonistas.
A ARTE GREGA

A arte grega dos sécs. V e IV a. C., por ser tão bela e perfeita, serviu de modelo à arte europeia de várias épocas. Dizemos, por isso, que os sécs. V e IV a. C. são um período clássico da arte.

1 – A Arquitectura

Os edifícios em que melhor se manifesta a perfeição da arquitectura grega é nos templos, mas é preciso não esquecer que os gregos também construíram teatros e estádios.

Antes de mais, convém saber que havia edifícios de dois estilos ou ordens: ordem dórica e ordem jónica o que fazia com que, do exterior, parecessem muito diferentes. Nos esquemas seguintes pode perceber-se porquê.

A planta dos edifícios era geométrica – normalmente rectangular – e as colunas (stilo, em grego) eram o elemento base da construção. Normalmente rodeavam o edifício, formando o peristilo (isto é: com colunas à volta). Sobre elas assentavam as traves que sustentavam o telhado de duas águas. Nos dois extremos, o espaço triangular formado pelos vértices do telhado e das traves é o frontão.

O que mais sobressai da arquitectura grega é

-a ordem (a que cada edifício pertence);

-a harmonia das suas proporções: os edifícios não são excessivamente grandes; são construídos à dimensão humana;

-o equilíbrio do conjunto apesar da natureza geométrica da planta;

-a delicadeza da decoração: presente no canelado das colunas, no adorno dos capitéis, nos relevos dos frisos e do frontão, assim como na utilização de cores garridas que dão luz, brilho e alegria ao conjunto.
Três ordens arquitectónicas

-Ordem DÓRICA
-Ordem JÓNICA
-Ordem CORÍNTIA


A ESCULTURA: Características
-Naturalismo
-Ideia de Movimento
-Perfeição
-Serenidade
-Harmonia
PINTURA
Vasos de cerâmica com figuras a negro em fundo vermelho e figuras a vermelho em fundo negro.
Artes decorativas: Mobiliário, ourivesaria e cerâmica.

B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

OS JOGOS OLÍMPICOS

Os gregos criaram formas de culto diferentes, como concursos atléticos e artísticos em que competiam.
Os Jogos Olímpicos, em honra de Zeus, realizavam-se de 4 em 4 anos em Olímpia.
Participam atletas de todo mundo gego e cidadãos e durante a realização da prova havia tréguas se houvesse guerra.
Duravam 6 dias e tinham várias provas como: corrida, corrida de cavalos, pancrácio e a prova mais importante era o PENTATLO:conjunto de 5 provas-corrida,salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do dardo e a luta. O vencedor era considerado um herói, 
sendo coroado com uma coroa de folhas de oliveira e recebido na sua cidade com honras.

O TEATRO
As origens do Teatro ligam-se às festas realizadas em honra de Dionísio, deus do vinho e da alegria.
Os géneros teatrais eram a
COMÉDIA (Principal autor:Aristófanes) e a
 TRAGÉDIA (Autores: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes).
Estas peças eram representados em teatros, por actores que usavam máscaras.

B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

A RELIGIÃO GREGA
Os gregos criaram os seus deuses semelhantes aos seres humanos na forma e nas características. A sua religião era politeísta e para agradarem aos deuses criaram formas de culto originais, como o Teatro e os Jogos Olímpicos.Os Gregos também veneravam os seus heróis.Deuses gregos: Características e deuses principais (olímpicos)
(Zeus)
Forma antropomórfica
Imortais
Poder de se transformarem e serem invisíveis.
Viviam no monte Olímpo.
ZEUS (deus dos deuses) .Hera sua mulher · Posídon (mares) · Hades (mortos e inferno)· Atena (sabedoria) · Apolo (sol e artes) · Ártemis (caça e lua) · Deméter (agricultura) · Afrodite (amor e beleza) · Ares (guerra) · Hefesto (fogo)· Hermes (comerciantes e mensageiro) · Dionísio (vinho e alegria )

B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

A DEMOCRACIA na época de PÉRICLES

No século V a.C. foi instaurado em ATENAS um novo regime político, a DEMOCRACIA. Esta forma de governo defendia a igualdade de direitos entre os cidadãos, grupo social que passou a dominar a vida política.
Democracia: o poder pertence ao povo (cidadãos).

Os CIDADÃOS: eram indivíduos do sexo masculino, com mais de 20 anos, filhos de pais atenienses, com serviço militar cumprido. Tinham todos os direitos.

Os METECOS: eram estrangeiros que viviam em Atenas. Eram livres e dedicavam-se sobretudo ao comércio e tinham de pagar 
impostos e prestar serviço militar.

Os ESCRAVOS: Não tinham direitos nenhuns e não eram livres.

Funcionamento do regime democrático:
-ECLÉSIA: assembleia do povo: aprova as leis

-BULÉ: Prepara as leis

-MAGISTRADOS: poder executivo

-TRIBUNAIS: poder judicial

Limitações da democracia ateniense:

-Só cidadãos podiam participar no governo da cidade-estado: os metecos, escravos e mulheres não.

-Existência de escravos

-Imperialismo ateniense

-Ostracismo: condenação ao exílio e á morte
-Limitação à liberdade de expressão.
Péricles: Biografia-
Péricles (em grego, Περικλῆς), estratego e político grego (c. 495/492 a.C.–429 a.C.) foi um dos principais líderes democráticos de Atenas e a maior personalidade política do século V a.C.. Viveu durante a Era de Ouro de Atenas, e sua presença foi tão marcante que o período compreendido entre o final das Guerras Médicas (448 a.C.) e sua morte (429 a.C.) é chamado o Século de Péricles.








B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

GRÉCIA-ATENAS

A Grécia situa-se na Península Balcânica, é banhada a sul pelo mar Mediterrâneo, a este pelo mar Egeu e a oeste pelo mar Jónio. A Civilização Grega desenvolveu-se a partir do século VIII a.C., na Grécia continental, nas costas da Ásia Menor e do mar Negro, e em várias ilhas do mar Egeu e no Mediterrâneo. Esta civilização atingiu o seu período mais rico no século V a.C..
Características geográficas:
-Montanhosa (80%)
-Bons portos naturais
-Muitas ilhas
Organização em Cidades-estado (PÓLIS):-cidades com governo próprio, leis próprias e exército próprios e território e população.

A Pólis: Tinha uma ACRÓPOLE (situa-se na parte mais alta, era o centro religioso e servia de defesa pois era muralhada).

Tinha a ÁGORA ou praça pública (parte baixa com zonas residenciais, administrativas e comerciais). Zona Rural (campos).

Os gregos expandiram-se e formaram colónias.
ATENAS: Situa-se na Ática com um porto, o PIREU, com uma moeda, o DRACMA, bons comerciantes, marinheiros, guerreiros e homens cultos. Formou a Liga de Delos

B.1. OS GREGOS NO SÉCULO V a.C.

ESQUEMA CONCEPTUAL
No século V a.C. existia, na Grécia, um conjunto de cidades-estado (Atenas; Esparta; Olímpia e etc) nas quais se desenvolveu uma civilização culturalmente brilhante, marcada pela tolerância e pelo desenvolvimento de novas formas de pensamento. Destas cidades-estado a que mais se destacou foi Atenas. Aí surgiu uma nova forma de organização política, a DEMOCRACIA,, e aí se desenvolveram diversas formas de cultura, desde o TEATRO, a FILOSOFIA, a ARQUITECTURA e a ESCULTURA.
A Grécia deixou para a posterioridade um grande legado: as primeiras formas de Democracia; a afirmação dos valores humanistas, como a igualdade de direitos, e a criação de um modelo artístico que moldou , durante séculos, a arte europeia.

27 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

HIERÓGLIFOS

SÊ UM ESCRIBA

ESCREVE O TEU NOME EM HIEROGLIFOS

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

A ARTE EGÍPCIA
LEI da FRONTALIDADE: as figuras eram representadas de frente, olhando na direcção do horizonte e não mostravam movimento
LEI da HIERARQUIA: as figuras são maiores ou mais pequenas conforme a condição social.
Arquitectura: Características:
monumentalidade
grandiosidade
durabilidade
uso da coluna
Pintura: Temas
Cenas religiosas
Quotidiano
Hieróglifos

Escultura:

Estátuas colossais, pequenas e relevo

Artes decorativas: Ourivesaria;olaria;mobiliário

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

A SOCIEDADE EGÍPCIA
Sociedade hierarquizada e estratificada
  • Faraó: chefe supremo do Egipto (deus+rei) Poderes: Supremo sacerdote;administrava a Justiça;comandava o exército; juiz supremo

  • Nobres e altos funcionários (vizir)

  • Sacerdotes

  • Escribas

  • Artesãos, comerciantes e camponeses

  • Escravos
Privilegiados: Nobres;sacerdotes e escribas

Não privilegiados: Artesãos; comerciantes; camponeses


Símbolos de poder do Faraó : Nemés (toucado real); Nekhbet (deusa protectora do Alto Egipto); Uraéus (serpente protectora dos faraós); Barba postiça (simbolo de imortalidade); Ceptro (que guia o povo); Chicote (que ameaça os inimigos).

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

O LIVRO DOS MORTOS
O Livro dos Mortos, como ficou entre nós conhecido o conjunto de textos mortuários, mais de 200 fórmulas mágicas e hinos datados do Império Novo (1550 a.C.) até o período de dominação greco-romana (332 a.C.-395 d.c),. Encontrados sobretudo em Tebas, são geralmente conhecidos, em conjunto,como "a Recensão Tebana do Livro dos Mortos". Copiada pelos escribas desde 1600 a.C. até 900 a.C., aproximadamente; prestava-se de fato como receita a ser seguida pelas almas que adentravam no desconhecido. Antes, porém, destinava-se a instruir os "vivos", que, uma vez iniciados em seus segredos, poderiam melhor preparar suas almas para o derradeiro julgamento. Por isso, o título verdadeiro desse livro é outro; uma melhor tradução de seu nome seria "Saída para a Luz", isto é, para o dia, para o renascimento. Seus papiros eram comumente colocados junto ao corpo mumificado, sob a cabeça do cadáver, conforme o costume funerário egípcio. Outras vezes, passagens de seu texto sagrado eram transcritas nas câmaras mortuárias, principalmente sob a forma de recitações mágicas a serem proferidas pela alma em seus percalços no além.
O Livro dos Mortos evoluiu dos Textos da Pirâmide do Velho Reino - os textos funerários mais velhos do mundo. Esses encantos e rituais eram inscritos nas paredes da tumba de egípcios de alta classe apenas. No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias "lessem". Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no "Livro dos Mortos" que era bastante usado durante o Novo Reino.
O tema central da obra é o julgamento da alma do morto, ou melhor, a pesagem do seu coração, órgão associado à idéia da alma. O morto era levado por Anúbis até a sala do Tribunal, e se apresentava a Osíris e a mais 42 deuses. O coração era pesado numa balança pelo deus Anúbis, e Tot anotava os resultados. A deusa Maat, cujo nome significa "verdade", era o fiel da balança. Quase exclusivamente representada por uma pena de avestruz, ela se colocava sobre o outro prato da balança, a servir de contrapeso ao coração. Se este fosse mais pesado, a alma era considerada impura, e o cão Anúbis o atirava a uma terrível divindade híbrida, que o devorava. Caso seu peso fosse tão justo quanto a pena de Maat, a alma imaculada, triunfante, era então entregue aos cuidados de Osíris.
Destinavam-se a dar-lhe o poder de gozar ávida eterna, fornecer-lhe tudo o de que precisasse no Outro Mundo, assegurar-lhe a vitória sobre os inimigos, proporcionar-lhe o dom de conciliar as boas-graças de seres amistosos no além-Túmulo, ir aonde quisesse, quando e como quisesse, preservar intactos seus restos mumificados e, finalmente, permitir que sua alma atingisse o reino do divino Osíris, o vencedor da morte, que restitui a vida a homens e mulheres.
O egípcio piedoso, rei ou lavrador, rainha ou escrava, vivia com os ensinamentos do Livro dos Mortos diante dos olhos, era sepultado de acordo com suas instruções e baseava toda a sua espiritualidade e felicidade eternas na eficácia de seus hinos, orações e palavras de poder, que condensavam toda a doutrina da religião egípcia acerca de uma vida após a morte.
Até que pudesse se apresentar ao tribunal de Osíris, onde seria julgada em razão do que fora sua vida terrena, Bá, a alma (agora separada de Ká, o corpo), teria de sofrer árdua caminhada, cruzar 21 pilares, desvendar 15 entradas e passar por sete salas de provações.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

OS RITUAIS DE MUMIFICAÇÃOA mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas pelo próprio Anúbis e duravam 70 dias.
Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocavam as vísceras em vasos sagrados chamados "Vasos Canopos", cada um sob a proteção de um dos quatro filhos de Hórus. Inseti, com cabeça de homem protege o fígado; Hapi com cabeça de babuíno, os pulmões; Duamutef com cabeça de cão o estômago; Kebehsenuf, com cabeça de falcão, os intestinos.O coração era lacrado no próprio corpo. Os Egípcios o consideravam como o órgão tanto da inteligência como do sentimento e portanto, seria indispensável na hora do juízo. Somente à alguém com um coração tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osiris permitia a entrada para a vida eterna. Os Egípcios não davam nenhuma importância ao cérebro. Após extraí-lo através das narinas do morto, os embalsamadores o jogavam fora. Depois de secar o cadáver com sal de natrão, eles o lavavam e besuntavam com resinas conservadoras e aromáticas.Finalmente, envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho, entre essas tiras eram colocados diversos amuletos que protegiam o morto contra inimigos e demónios do mundo subterrâneo. Antes de a múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote funerário celebrava a cerimônia da abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver á vida todos os sentidos do morto.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

AMULETOS
Em sua forma mais simples, os amuletos davam proteção geral. O ankh, por exemplo, era um sinal de vida, enquanto que o pilar ‘djed’ era um sinal de estabilidade. Muitos tinham um significado literal: amuletos frequentemente protegem a parte do corpo que eles são feitos de acordo (na vida ou depois da morte), enquanto um amuleto de cabeça de cobra protegeria contra a mordida de cobras. Amuletos também podiam dar uma força especial; um olho daria visão e uma lebre, velocidade, por exemplo.
O amuleto mais importante era o escaravelho. Este besouro leva uma bola de estrume contendo seus ovos e assim passou a representar a passagem do sol através do céu e renascimento.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

Olho de Hórus
Símbolo sagrado no antigo Egito. O olho direito representava o Sol e o esquerdo a Lua. O “olho” direito de Hórus era chamado “vaca de Hathor” e servia como poderoso amuleto ou talismã, emblema do Sol Espiritual, rei do mundo, que desde seu encoberto trono vê debaixo dele todo o Universo. O Olho é símbolo do conhecimento e também da divindade, para quem nada permanece oculto. “Olho que tudo vê”. Para os gregos era “o Olho de Júpiter”, para os pársis era “o Olho de Ormuzd”. Deus Onividente, Salvador e Preservador."Que o Olho de Hórus possa tomar a frente do deus e brilhar através de sua boca" Os Textos das Pirâmides.
Hórus "o que governa com dois olhos".
Esta é a representação do Deus Egípcio Hórus com cabeça de Falcão. Na mitologia egípcia, Hórus era um dos 5 filhos de Ra e Rhea, o par original de deuses egípcios. Seus irmãos eram Osiris, Set, Isis e Neftis. O olho de Hórus simboliza a justiça implacável do olhar que tudo vê ao qual nada escapa, tanto na vida íntima como pública. É a representação da dedicação aos rituais e às leis, ilustrando a luta da luz contra as trevas. Símbolo também usado nos templos maçônicos.O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos esotéricos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hórus (ou Heru-sa-Aset ou Her'ur ou Hrw ou Hr ou Hor-Hekenu) era o deus egípcio do céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha cabeça de falcão e seus olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth e tornou-se o rei dos vivos no Egipto.Perdeu um olho lutando com Seth, considerado o famoso olho de Hórus,originalmente conhecido como o Olho de Rá,que foi um dos amuletos mais usados no Egipto em todas as épocas.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

A MORTE NO EGIPTONada era mais importante para os egípcios do que alcançar a vida eterna e eles faziam de tudo para chegar até lá. De feitiços rituais, a embalsamamento e construção de tumbas magnifícas, quanto mais dinheiro eles tinham, mais eles gastavam nas suas preparações para a morte.
Os egípcios acreditavam que cada pessoa tinha um corpo físico e um ‘ka’ – uma força de vida que continuava após a morte. Este ka precisaria da mesma sustentação que uma pessoa viva, além de entretenimento e os instrumentos de seu comércio. Todos estes itens eram colocados em sua tumba. Principalmente, o ka precisaria se reunir com o corpo físico, e é por isso que os corpos eram mumificados. Os mortos tinham que se juntar ao seu ka para alcançar vida depois da morte mas, como o corpo físico não poderia fazer a jornada da tumba para o submundo, o ‘ba’ da pessoa, ou personalidade, o fazia.Quando o ba e ka se uniam, eles faziam a jornada final para o céu, luz do sol e estrelas, onde os mortos ressuscitavam como um ‘akh’ (ou espírito) e viviam para sempre.
MUMIFICAÇÃO
O primeiro passo da mumificação era remover os órgãos internos através de um corte no lado. O coração – reconhecido como o centro da inteligência e força da vida – era mantido no lugar mas o cérebro era retirado através do nariz e jogado fora. Os órgãos remanescentes eram armazenados em jarras de canopo.Em seguida, o corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Então era empacotado com linho ensopado de resina, natro e aromáticos e as cavidades do corpo eram tapadas. Finalmente, ele era coberto de resina e enfaixado, com os padres colocando amuletos entre as camadas. Todo o processo – acompanhado de orações e encantos – levava cerca de 70 dias mas preservava os corpos durante milhares de anos.
O LIVRO DOS MORTOSO Livro dos Mortos evoluiu dos Textos da Pirâmide do Velho Reino – os textos funerários mais velhos do mundo. Esses encantos e rituais eram inscritos nas paredes da tumba de egípcios de alta classe apenas. No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias ‘lessem’. Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no Livro dos Mortos que era bastante usado durante o Novo Reino.O coração era o centro da vida dos egípcios, por isso quatro feitiços eram dedicados para proteger o coração do morto. Feitiço número 23, a ‘Abertura da Boca’, era também crucial, já que restaurava os sentidos da múmia na vida após a morte.
CAIXÕES E SARCÓFAGOSOs caixões mais antigos eram simples caixas retangulares de madeira decorados com olhos (para que o morto pudesse ver) e textos de caixão. Às vezes eles tinham uma porta falsa para que o morto pudesse ‘sair’. No Reino do Meio, caixões de forma humana decorados com grupos de hieróglifos horizontais e verticais que se pareciam com as faixas da múmia tornaram-se mais comuns. Os caixões eram ricamente pintados (ou dourados se reais), por dentro e por fora, com cenas de funeral, textos de funeral, deuses e deusas e escaravelhos alados. Uma ‘espinha dorsal’ branca pintada nas costas detalhava a descendência do morto. Quase sempre havia uma tábua pintada do formato do corpo chamado de tábua da múmia, cobrindo a múmia no caixão interior. Então, até quatro caixões eram colocados no sarcófago retangular com a tampa onde o cabeça de chacal Anubis sentava para proteção.

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DEUSES EGÍPCIOS:NUT e GEB
NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun (o sol nascente) e Re ou Rá (o sol do meio dia).
Nut e Geb são retratados como amantes apaixonados. Durante o dia eles eram separados por Shu, o deus do ar. Mas à noite, Nut descia para fazer amor com Geb. Se houvessem tempestades durante o dia, o egípcios acreditavam que era a aproximação de Nub da terra para encontrar Geb. O amor deles deixou o marido de Nut, Rá com raiva, que decretou que ela não poderia ter filhos durante os 360 dias do ano. Infeliz, Nut pediu ajuda a Thoth, o deus da sabedoria. Thoth roubou luz da lua para criar cinco dias novos (fazendo com que o ano durasse 365 dias); foi quando Nut deu vida a quatro crianças.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

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DEUSES EGÍPCIOS: RÁ
Rá tinha várias formas durante o dia.
Ele era um deus vivo de dia e morto à noite.
Ele nascia de manhã como uma pequena criança, se transformava em homem no meio do dia e era um velho ao pôr-do-sol – para então renascer na manhã seguinte.
Durante este tempo, ele navegava pelo paraíso em um barco chamado ‘Barca de Milhões de Anos’.
Dessa forma, os egípcios explicavam o movimento do sol no céu.
O culto de Rá ao sol era baseado em Heliopolis. Acredita-se que ele tenha sido o pai dos reis e de todos os deuses importantes

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DEUSES EGÍPCIOS: AMON
Amon literalmente significa ‘o invisível’ e há algumas histórias sobre ele, apesar dele ter sido considerado o criador de todas as coisas.
Independente da falta de um passado mitológico, ele obteve grande importância.
Durante o reino do meio, um centro de culto à Amon cresceu em Tebas (moderna Luxor), onde era associado com o deus do sol Rá e adorado como Amon-Rá. Mais tarde, ele foi o favorito da família real e, na 18a Dinastia, ele superou todos os deuses.
Durante esta época, um templo magnífico foi construído para ele em Karnak, que ainda está de pé nos dias de hoje.

24 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS:SETH
SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
Senhor do submundo, do caos, deus da desordem, da injustiça e da ambição. Deus das Tempestades e dos Trovões, que o permite o atormetar os demais. Inimigos de todos os deuses. Nasceu prematuro e ao nascer rasgou o ventre da mãe. Seth representa a esterilidade e a maldade.
Era casado com sua irmã Neftis, mas Néftis amava o seu outro irmão Osíris.
Seth odiava seu irmão Osíris e travaram a luta do bem contra o mal.
Era inimigo da paz e da properidade e, assim, inimigo do Faraó.
Seth ameaçava as colheitas e rebanhos com sua influência negativa.
Os arqueólogos foram incapazes de determinar a identidade do estranho animal que representa Seth e há uma teoria que este animal era tão odiado como a personificação do diabo, que foi caçado e massacrado até a extinção.

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DEUSES EGÍPCIOS: HATOR
A deusa Hator, por exemplo, é adorada na forma de uma mulher com chifres de vaca e um disco solar na cabeça, como uma mulher com cabeça de vaca ou simplesmente uma vaca, cujo ventre salpicado de estrelas formava o céu. A serpente e o corvo entram na composição dos emblemas que acompanham a sua imagem. Hator é uma das deusas mais veneradas, conhecida como “dama da embriaguez”. Na mitologia Egípcia é a deusa do céu, filha do deus Sol, Ra, deusa da fertilidade, protetora das mulheres, da astrologia, do casamento, dos vivos e dos mortos, também era deusa do Amor e da Beleza. É freqüentemente descrita como a mãe de todos os Faraós do Egipto. A deusa Hator representava o amor e sexualidade e é associada com os aspectos eróticos do vinho e da dança. O Faraó era o filho de Hator e portanto, todas as sacerdotisas do Faraó eram automaticamente sacerdotisas de Hator.HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.

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DEUSES EGÍPCIOS: BASTET
A deusa gata. Protetora dos gatos, das mulheres, da maternidade, da cura. Era guardiã das casas e feroz defensora dos seus filhos, representando o amor maternal.

Tem grande ligação com a Lua.
Representada com uma ninhada de gatinhos a seus pés, simbolizando a Fertilidade.
O Templo de Bastet, era em Bubastis (cidade do Delta do Nilo), cujo nome em egípcio "Per-Bast" (significa "a casa de Bastet"), mantinha gatos sagrados que eram embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados como encarnação da deusa.
O gato doméstico foi trazido para o Egipto por volta do ano 2.100 a.c., é considerado um ser divino, ao ponto que quando um deles morriam de morte natural, as pessoas da casa raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.
O símbolo do GATO PRETO era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.
Os gatos eram tão sagrados no antigo Egipto, que quem matasse um gato era condenado à pena de morte.
BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.

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DEUSES EGÍPCIOS: MAAT

Deusa egípcia da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem portando em sua cabeça uma pluma.A atividade crucial de Maat ocorria no Palácio das Duas Verdades (Maati), onde os mortos iam para o julgamento final. Após o falecido confessar seus pecados, seu coração era colocado em um prato de balança, enquanto no outro estava uma pena de avestruz simbolizando Maat (a verdade). Por vezes era, ela mesma, a balança. MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - O EGIPTO


Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, na sua reencarnação e que depois da morte existia uma outra vida. Após a morte, a alma ia ao tribunal de Ósiris, onde era julgada.Como acreditavam na reencarnação era necessário que o corpo estivesse conservado para quando a alma regressasse ao corpo que havia habitado. Para isso realizavam o processo de mumificação (embalsamamento do corpo) e pintavam no sarcófago a cara do defunto para que a alma o reconhecesse.

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DEUSES EGÍPCIOS: ANÚBIS
Anubis era um deus antigo, guiando os mortos a caminho do submundo muito antes de Osíris ter se transformado num deus importante. Entretanto, ao ajudar Ísis a mumificar Osíris depois de sua morte, ele também se tornou o santo benfeitor dos embalsamadores.
Anubis era associado com Maat, a deusa da justiça.
Os egípcios acreditavam que quando se morre, se viaja pelo Corredor dos Mortos.
Lá, Anúbis pesaria o seu coração contra a pluma de Maat, estabilizando a balança primeiro para garantir exatidão. Se o seu coração pesasse mais do que a pluma, ele seria comido pelo monstro.
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS: TOTH
Era representado por uma Íbis, que se tornou o símbolo da sabedoria para os egípcios. Diz a tradição que foi por seu intermédio que aquele povo conheceu as artes, a arquitetura, a escrita hieroglífica, a medicina, a astronomia, a matemática e ainda outras ciências mais avançadas relativas ao espírito e à alma.
TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS- O EGIPTO

A LENDA DE ISIS E OSIRISConta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris. Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito. Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egipto.
Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.
Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS- O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS: HORÚS
O deus falcão era filho de Osíris e Ísis.
Hórus era originalmente o deus do céu, voando sobre o Egipto como um falcão para proteger seu pai, o rei Osíris.
Quando Hórus derrotou o assassino de seu pai, Seth, ele se transformou no rei de todo o Egipto, e ele é descrito usando uma coroa com uma parte superior branca para representar o Alto Egipto e uma parte vermelha inferior para representar o Baixo Egipto. Por esta razão, os governantes do Egipto sempre se identificaram com Hórus na vida, se transformando na personificação de Osíris quando eles morriam.Hórus era adorado em centros de cultos em Behdet, Hirakonpolis e Edfu e o olho de Horus era considerado um amuleto poderoso.HÓRUS teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS- O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS: ÍSIS
A esposa de Osíris. ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um trono que é o hieróglifo de seu nome.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS- O EGIPTO

DEUSES EGÍPCIOS: OSÍRIS
Um dos deuses mais antigo do Panteão Egípcio, pois era adorado já nas primeiras dinastias. Plutarco relata que nos primórdios do Egipto OSÍRIS governava com extrema benevolência. Sua chegada propiciou o ensino da agricultura, organização social, do estabelecimento das leis, e também da instituição dos princípios espirituais e religiosos.
O maldoso deus SETI e outros conspiradores trancaram Osíris num cofre extremamente selado e jogando-o no mar, perdendo-se nas profundezas.
Diz também a lenda que os pedaços de seu corpo foram dispersos por vários lugares.

OSÍRIS representa a paternidade, foi o rei dos deuses. Deus do Mundo dos Mortos.Gorvernou ao lado de sua esposa e irmã Ísis que já se amam dentro do ventre da mãe.
Primeiro casal soberano sobre a Terra. Osíris era o rei e Ísis era o trono.
Era muito comum tanto na Mitologia como entre os Faraós o casamento entre irmãos porque isto se tratava de legitimar o direito ao trono, através do casamento com uma Princesa. Toda a Faraó era vista como representante directa da deusa Ísis.
Osíris era também deus dos grãos no Egito. Espírito da Fertilidade que promove a germinação e crescimento das plantas e a reprodução dos animais. Ele era a força vital contida na imundação anual do Nilo. Criou a agricultura.
Osíris era um dos filhos de Nut e Geb, ao lado de sua irmã Ísis (com quem se casou) e seu irmão ciumento Seth, que mais tarde o matou.
Osíris aparece como uma múmia de barba, carregando um gancho como poder supremo.
Ele usava a coroa branca do Alto Egito, com penas vermelhas. Sua pele é verde para representar a vegetação – como rei, ele ensinou os egípcios a ser fazendeiro.
Apesar dele ser o deus do submundo, ele não é um demónio ou um deus obscuro.
Ao contrário, ele representa a esperança dos egípcios em viver em glória para sempre na vida depois da morte.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS - EGIPTO

POLITEÍSMO
Os egípcios eram um povo muito religioso, o mais religioso de entre todos os povos de acordo com as palavras de Heródoto. Eram politeístas porque acreditavam em vários deuses.Os deuses mais adorados eram Hórus, Amon-rá,Ósiris e Ísis.Os egípcios representavam os deuses com formas de animais ou formas humanas. Outras vezes combinavam as duas formas.
Os Egípcios, tal como os outros povos da Antiguidade, eram extremamente religiosos. Adoravam muitos deuses, isto é, eram politeístas. Cada região tinha os seus deuses, mas alguns eram adorados em todo o Egipto, como Osíris e Ísis (deuses ligados à fer­tilidade e fecundidade da terra e ao culto dos mortos), o deus-falcão Hórus (protector dos faraós, particularmente adorado durante o Império Antigo) e Ámon-Rá (o deus-Sol).Relacionado com o culto dos deuses, estava o culto dos mortos. Como acreditavam na vida de além-túmulo, os egípcios criaram complicadas técnicas de embalsamamento dos cadáveres pois também acreditavam na reencarnação das almas. Por essa razão os corpos precisavam de estar intactos (mumificados) e para a alma reconhecer o corpo que habitara, desenhavam o mais fiel possível na tampa do sarcófago o rosto do morto que lá estava depositado.No século XIV a.c., no reinado de Amenófis IV (c. 1377/1359 a.c.), o politeísmo egípcio foi temporariamente abolido e imposto o culto a um único deus - Áton, que simbolizava o Sol. Contudo, logo após a morte do faraó, regressou-se ao culto dos deuses tradicionais, ou seja, ao politeísmo.

A.2.UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS: O EGIPTO

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
3200 AC - 1100 AC

Situado no nordeste da África, numa região conhecida como Delta do Nilo, o Egipto foi uma das maiores civilizações de toda a Idade Antiga. Sem dúvida, a existência do rio Nilo foi de suma importância para o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que esses povos habitavam uma área desértica e de clima seco. Foi por causa da existência do rio que os egípcios puderam tornar a terra propícia para o desenvolvimento da agricultura. Por isso, o historiador grego Heródoto disse uma celebre frase: “O Egipto é um presente do Nilo”.
O Egipto foi palco do surgimento de uma das civilizações que merecem destaque na história da antiguidade. Os avanços tecnológicos alcançados por esta civilização podem ser conferidos em suas mais arrebatadoras obras arquitetónicas realizadas, as pirâmides, gigantescas tumbas destinadas aos faraós, cuja construção deve ter iniciado por volta do ano de 2.700 a. C. Após suas mortes, os corpos dos faraós eram embalsamados e sepultados no interior das pirâmides. Os egípcios possuíam a crença da vida após a morte, o que explica o grande cuidado na conservação dos corpos dos seus governantes. Por outro lado, as técnicas de irrigação eram avançadas para sua época: já era empregada a técnica de irrigação através da canalização das águas do rio. Também eram aproveitadas as cheias periódicas do rio Nilo: com o alagamento e esvaziamento periódicos, as terras referentes às margens do rio tornavam-se bastante férteis e produtivas.
A estrutura da sociedade egípcia era altamente rígida. No topo estava o faraó, seguido de sacerdotes, nobres e funcionários reais. Nas camadas baixas estavam os artesãos, camponeses e por último, os escravos.
Durante milhares de anos, vários grupos de pessoas de diversas origens foram se fixando nas proximidades do Nilo, cultivando plantas e domesticando animais. À medida que esses grupos foram crescendo, se aliaram entre si, fundando unidades administrativas independente (nomos). Os nomos começaram a disputar entre si o controle das terras, até que, após vários conflitos, foram formados dois reinos: o Baixo e o Alto Egipto. Aproximadamente no ano de 3200 a.C, o rei do Alto Egito, Menés, conquistou o Baixo Egipto, unificando os dois reinos e se tornando, portanto, o primeiro faraó da história do Egito. O faraó representava mais do que um simples rei, ela era visto como a encarnação do próprio deus, ou seja, o faraó era um deus, exercendo a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sumo sacerdote.
Os egípcios deixaram vários legados para a humanidade. A começar pelo calendário de 365 dias e a divisão do dia em 24 horas.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

SUMÉRIAA partir de finais do 4º milénio a. C. formaram-se várias cidades nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates numa região chamada Mesopotâmia e formaram a mais antiga civilização histórica.
Terras de aluvião com cheias e os Sumérios aprenderam a controlar as cheias constuindo diques e canais.

Cidades-estados: Ur, Uruk, Lagash, Nippur e Kish.



O principal contributo foi a invenção a primeira forma escrita (escrita cuneiforme) e o Código de Hamurábi de natureza jurídica.

Astronomia: Zigurates (observatórios dos astros) e também santuários

Matemática:Sistema de cálculo de pesos e medidas

Arquitectura: Zigurates;Palácios e Templos

22 de outubro de 2008

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

REVOLUÇÃO URBANA
As aldeias neolíticas cresceram, transformaram-se em aglomerações urbanas. As cidades passaram a ser os centros da economia, ali se realizava o mercado, ali se localizavam os templos e o palácio do chefe.
Divisão do trabalho, a riqueza de cada um e a função que exercia levaram à formação de uma SOCIEDADE ESTRATIFICADA.
SOCIEDADE
1.Rei
2.Sacerdotes
3.Guerreiros
4.Altos funcionários
5.Comerciantes
6.Artesãos
7.Camponeses
8.Escravos
O Chefe tinha um poder sacralizado " era rei e deus ao mesmo tempo".
A administração das cidades era complexa-controlar as trocas comerciais-administrar o palácio e o templo- isso levou ao desenvolvimento de formas de cálculo e à invenção da escrita e surgiu um novo grupo social os Escribas (os que sabem escrever).
A invenção da escrita foi de tal forma importante que marca a passagem da Pré-História para a História.

A.2. UMA CIVILIZAÇÃO DOS GRANDES RIOS

Esquema conceptual
Há cerca de 5 000 anos surgiram as primeiras civilizações da História, numa região chamada Crescente Fértil, devido à fertilidade das suas terras.
As primeiras civilizações ficaram conhecidas por Civilizações dos Grandes Rios, porque se desenvolveram próximo de importantes rios: a SUMÉRIA junto aos rios Tigre e Eufrates; o EGIPTO junto ao rio Nilo; a Civilização do VALE DO INDO próximo do rio Indo e a Civilização do RIO AMARELO junto ao rio Amarelo.
Destas escolhemos a Civilização Egípcia.
Por volta de 2 000 a.C. desenvolveram-se outras civilizações na região do Mediterrâneo Oriental. Foi o caso das civilizações HEBRAICA e FENÍCIA, as quais deixaram importantes heranças para a cultura ocidental.
Por Civilização podemos entender um conjunto de formas de vida, de costumes, de crenças, de instituições e de realizações técnicas e culturais que são comuns a uma determinada sociedade humana e a caracterizam. Assim, falamos da civilização chinesa, da civilização egípcia, da civilização suméria....

14 de outubro de 2008

FICHA FORMATIVA 1 A1.AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

PALEOLÍTICOlê o texto


Texto
" Os primeiros seres humanos tinham de caçar, pescar e recolher da Natureza tudo o que necessitavam para sobreviverem. Na sua luta para controlarem as forças da Natureza aprenderam a dominar o fogo e construíram abrigos."



1. Define Hominização.
2. Indica a região do planeta onde surgiram os primeiros homínideos.
3. Refere as características que tornaram o ser humano diferente dos outros primatas.
4. Completa os espaços em branco indicando as conquistas de cada um dos homínideos.
HOMO HABILIS
_________________________________________________
HOMO ERECTUS
_________________________________________________
HOMO SAPIENS
_________________________________________________
HOMO SAPIENS SAPIENS
_________________________________________________
5. Completa os espaços indicando as vantagens que o domínio do fogo trouxe para a vida dos seres humanos.
1_____________________ 2___________________3___________________
4_____________________5___________________6___________________
6. Identifica as principais actividades dos seres humanos no Paleolítico.
7. Identifica os tipos de arte no Paleolítico.
1_____________________________ 2_______________________________
8. Refere os principais temas da arte Paleolítica.
NEOLÍTICO
lê o texto
Texto
"Há cerca de 12 mil anos verificaram-se alterações climáticas que favoreceram a prática da agricultura e a domesticação de animais. Estas actividades trouxeram muitas transformações no modo de vida dos seres humanos."


1.Indica a região onde se praticou a agricultura pela primeira vez.
2. Define "Crescente Fértil"
3.Comenta a afirmação:" A prática da agricultura e da pastorícia representou um passo decisivo para a transformação do modo de vida dos seres humanos."
4. Assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
1.___ A domesticação de animais surgiu na região do Crescente Fértil.
2.___ O cavalo foi o primeiro animal a ser domesticado pelos humanos.
3.___ Para domesticar os humanos os animais prenderam-nos em cercas.
4.___ Quando os humanos aprenderam a domesticar os animais deixaram de praticar a caça.
5. Completa o texto.
"Durante o período do Neolítico os humanos começaram a praticar uma economia ___________, baseada na ______________ e na ________________. A partir do momento em que os seres humanos produziram os seus alimentos puderam permanecer mais tempo no mesmo local, assim, deixaram de ser _________________ e passaram a ser____________________. "
6. Indica os instrumentos que surgiram para apoiar a prática da agricultura.
7. Identifica as actividades que surgiram no Neolítico.
A_____________
B_____________
C_____________
D_____________

8. Avalia a importância da invenção da roda na vida dos seres humanos.
" A invenção da roda é um dos principais acontecimentos da história da Humanidade, uma vez que a sua aplicação aos meios de transporte revolucionou o modo de viajar.(...)
Parece que a introdução da roda se ficou a dever aos Sumérios, povo que vivia no actual Iraque, por volta de 3.500 a.C."
Giovanni di Pascuale, História da Ciência e da Tecnologia, vol.20, Hiperlivro

9. Descreve as habitações do período neolítico.

10.Indica as constuções megalíticas.
1___________________________________
2___________________________________
3___________________________________
4___________________________________


11. Explica a utilização que era dada às construções megalíticas.
1___________________________________
2___________________________________
3___________________________________
4___________________________________
12. Comenta a afirmação: " No Neolítico a deusa-mãe continuou a ser divindade mais adorada."

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS - IDADE DOS METAIS- FIM DA PRÉ-HISTÓRIA e INÍCIO DA IDADE ANTIGA-HISTÓRIA

Revolução metalúrgica
Há cerca de 9.000 anos produziram-se na Turquia os primeiros objectos de cobre. Depois o ouro, a prata e o bronze (liga de cobre e estanho) e depois o ferro. A técnica de fusão surgiu há cerca de 8.500 anos no Médio Oriente e depois espalhou-se pela Europa.
Construíram fornos onde os minérios eram aquecidos a altas temperaturas que entrava em fusão e era vertido em moldes. Quando arrefecia ficava com a forma do molde.
As armas e utensílios de metal garantiram a superioridade das comunidades que os usavam.
Possuir metal passou a ser sinónimo de riqueza e poder.


4 de outubro de 2008

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

MEGALITISMO
Período de tempo no fim do neolítico que se desenvolveu principalmente na Europa que se caracteriza por grandes construções de megalitos


Construções formadas por grandes blocos de pedra.
-MENIRES: Grandes pedras isoladas colocadas ao alto; função funerária e culto ao deuses solares
-ALINHAMENTOS: Grupos de menires colocados em linha ou em filas paralelas; função de culto da Natureza.

-CROMELEQUES: Conjunto de menires colocados em círculo.

-ANTAS ou DÓLMENES: Construções com três ou mais pedras colocadas ao alto e cobertas por grandes lages; função funerária
CULTOS AGRÁRIOS
Deusa-Mãe: Deusa do Neolítico simboliza a Terra, a Fertiliade da mesma a Fecundidade.
Prestam culto às forças da Natureza: Sol, água etc.
Estatuetas, amuletos.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

ALDEAMENTOS As comunidades passaram a viver junto aos campos que cultivavam, esperavam as colheitas e criavam gado. Os seres humanos passaram a ser sedentários. (ver sedentarização)
As casas eram construídas com os materiais que existiam na região. Podiam ser de pedra, madeira, tijolo ou em argila e eram cobertas de colmo. Alguns aldeamentos eram rodeados de muralhas para garantirem a segurança das pessoas e dos rebanhos.
DIFERENCIAÇÃO SOCIALA garantia de alimento permitiu que algumas pessoas se dedicassem a outras actividades. Iniciou-se a divisão de trabalho. Nesta época as pessoas começaram a desenvolver o conceito de propriedade e de acumulação de bens, de riquezas.
Era o que acontecia em alguns grupos com maior prestígio, como os guerreiros, os sacerdotes.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

INOVAÇÕES TÉCNICAS: NOVAS ACTIVIDADES
CERÂMICA: Recepientes de barro para armazenar cereais e líquidos: Roda do Oleiro

CESTARIA: Cestos feitos de palha, couro,vime, etc, para armazenar e transportar produtos

TECELAGEM: Técnica que permite produzir vestuário: Lã, linho e algodão.

MOAGEM: Técnica para produzir farinha para o pão.

RODA: Facilitou o transporte e foi um dos grandes inventos humanos.

A1: AS SOCIEDADES RECOLECTORAS E AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS

NEOLÍTICO: AGRICULTURA E PASTORÍCIA
Há cerca de 10.000 anos verificaram-se grandes alterações climáticas.
No Neolítico os sres humanos aprenderam a produzir os seus alimentos (inventaram a agricultura e domesticaram os animais) construíram aldeias e desenvolveram novas técnicas.
AGRICULTURA: TRIGO; CEVADA; ARROZ; MILHO MIÚDO; SORGO; FEIJÃO
Primeiro animal domesticado o CÃO
PECUÁRIA: CARNEIRO; CABRA; BOI; PORCO; LAMA; BURRO;CAMELO;OVELHA

A Agricultura surgiu numa região no Próximo Oriente que ficou conhecida por CRESCENTE FÉRTIL.
O Crescente FértilA agricultura teve o seu berço região do Crescente Fértil, região hoje ocupada, entre outros, pelo Iraque, Irão e Egipto e onde surgiram as primeiras civilizações (os Sumérios, os Assírios e os Egípcios). A origem destas civilizações está intimamente ligada e em estreita dependência com o aparecimento da agricultura.Os povos semi-nómadas que se fixaram nas margens férteis dos rios Tigre, Eufrates e Nilo, contribuíram para converter esta região na mais rica e próspera da antiguidade e estiveram na génese daquelas primeiras civilizações.Até então, o homem era caçador-recolector mas já existiam aldeias sedentárias baseadas ainda na caça e na recolha de frutos silvestres, raízes e cereais bravios, os quais predispuseram esses caçadores para a produção alimentar e a criação de gado.Há cerca de 10000 anos ocorreu a transição da caça-recolecção para a recolha dos cereais bravios e há 8000 anos atrás os primeiros povos sedentários estavam já dependentes da cultura dos primeiros cereais e dos primeiros animais domesticados.Desenvolveu-se, também, uma “tecnologia rudimentar” para a recolha, o processamento e o armazenamento dos alimentos, como por exemplo: foices com lâminas de sílex fixas em cabos de madeira ou osso para colher cereais, cestos para transporte de cereais, almofarizes, pedras de moagem para a debulha e poços de armazenagem subterrâneos.O aumento da densidade populacional obrigou ao incremento da produção alimentar e vice-versa. As primeiras culturas domesticadas (trigo, cevada, ervilhas e lentilhas) desenvolveram-se a partir de plantas bravias que revelavam características que motivaram a sua preferência por parte do homem.Os animais forneciam carne e também, lã, couro e auxílio nas tarefas agrícolas.Estes factores favoreceram o estilo de vida sedentário face à caça-recolecção, pois a referida selecção de alimentos rapidamente se tornou mais abundante e nutritiva do que a forma de alimentação posto à disposição pelo modo de vida anterior.

Passaram a praticar uma ECONOMIA DE PRODUÇÃO
Deixaram de ser NÓMADAS e passaram a ser SEDENTÁRIOS.