28 de abril de 2009

D.3. : Crises e revolução no século XIV

Crise do século XIV
Causas:
- O aumento da população foi maior do que o aumento da capacidade de produção, logo, havia menos alimentos.
- Uma sucessão de maus anos agrícolas entre os finais do século XIII e os inícios do XIV deu origem a fomes por toda a Europa.
- A propagação de pestes (facilitada pelas más condições de higiene e porque os corpos estavam debilitados pela fome); a mais grave a Peste Negra,que matou cerca de um terço da população europeia.
-A ocorrência de diversas guerras que provocaram muitas mortes e empobreciam os Estados: a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre a Inglaterra e a França, as Guerras Fernandinas e a Guerra da Independência, entre Portugal e Espanha, são alguns dos muitos conflitos que afectaram a Europa.
No século XIV houve uma forte quebra demográfica devido a um aumento da taxa de mortalidade.
A economia foi então afectada pela falta de mão-de-obra e a carência de cereais.
Isto provocou uma rápida subida de preços. Esta inflação fez com que a moeda perdesse valor, havendo assim uma desvalorização monetária.
A quebra demográfica e a crise económica provocam tensões e agitação social nas cidades e nos campos.
Baixaram os salários dos camponeses e aumentaram os impostos e tributos.
Muitos camponeses abandonaram os campos e fugiram para as cidades.
As revoltas rurais eram movimentos de camponeses que atacavam as casas senhoriais e perseguiam os nobres. Estas eram reprimidas, com grande violência, pelos senhores feudais.
As revoltas urbanas eram organizadas por aprendizes e artífices contra as famílias de ricos mercadores que dominavam o comércio e governavam as cidades.
No século XIV deu-se uma crise religiosa. Entre 1378 e 1417, a Igreja Católica esteve dividida pelo Grande Cisma do Ocidente. A cristandade passou a ter dois papas, um em Roma e outro em Avinhão (França). Desenvolveram-se nesta época muitas heresias.
A conjugação das muitas calamidades que se viveram no século XIV conduziu a uma situação de insegurança: o medo; a descrença na vida e a ideia da morte marcavam o quotidiano.
Vivia-se numa atmosfera de medos e de ódios que deu origem a uma crise colectiva de mentalidades.

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