18 de maio de 2009

FEIRA MEDIEVAL: DAMAS E NOBRES






FEIRA MEDIEVAL: SALTIMBANCOS


Espectáculo de saltimbancos medievais, onde equilibristas, pelotiqueiros, malabaristas, habilidosos de toda a ordem e bufões apresentam-se trampolinando sobre o chão. Numa desordem ordenada mostram belos malabarismos e trocadilhos de objectos e palavras num espectáculo subtil cujo nome é “ Per Jocum” que significa “ Por Brincadeira”. Por vezes de carácter interactivo com o público, promete variadas revelações cómicas e peripécias ousadas.

FEIRA MEDIEVAL: BEBIDAS

Bebidas


Um monge provando vinho.

Na Idade Média, a preocupação com a pureza da água, as recomendações médicas e seu valor de menos prestígio a faziam menos favorecida, sendo preferidas as bebidas alcoólicas. Estas eram vistas como sendo mais nutritivas e benéficas à digestão que a água, com a inestimável vantagem de serem menos propensas à putrefação por conter álcool. O vinho era consumido diariamente na maior parte da França e no oeste do Mediterrâneo onde houvesse cultivo de uva. Mais ao norte, permanecia a bebida preferida da burguesia e da nobreza que pudesse adquiri-lo, sendo muito menos comum entre camponeses e trabalhadores. A bebida do povo comum na parte norte do continente era principalmente cerveja. Por causa da dificuldade de preservação dessa bebida (especialmente antes da introdução do lúpulo), era em sua maior parte consumida fresca; era portanto mais turva e talvez com menor teor de álcool do que a equivalente moderna típica. O leite puro não era consumido pelos adultos, a não ser os pobres ou doentes, sendo reservado para as crianças pequenas ou para os idosos; geralmente era usado na forma de leitelho ou soro de leite. O leite fresco era em toda parte menos comum que outros laticínios por causa da falta de tecnologia para evitar que se estragasse.

Os sucos de muitos tipos de frutos eram conhecidos, assim como os vinhos, pelo menos desde a Roma Antiga e eram ainda consumidos na Idade Média: vinhos de romã, amora, amoras-silvestres, pêra, e sidra, que eram especialmente populares no norte onde tanto maçãs quanto pêras eram abundantes. As bebidas medievais que sobreviveram até hoje incluem prunellé, de ameixas silvestres (hoje conhecida como “slivovitz”), gim de amora e vinho de amora-silvestre. Muitas variações de hidromel foram vistas em receitas medievais, com ou sem conteúdo alcoólico. Contudo, as bebidas baseadas no mel se tornaram menos comuns como bebida de mesa no fim do período e conseqüentemente rarearam. O kumis, leite de égua ou de camela fermentado, era conhecido na Europa, mas, como o hidromel, era algo em sua maior parte prescrito por médicos. O hidromel tem sido freqüentemente apresentado como bebida comum para os eslavos. Isso é parcialmente verdadeiro, já que o hidromel tinha grande valor simbólico em ocasiões importantes. Quando eram feitos acordos ou outros assuntos de estado, o hidromel era freqüentemente dado como presente cerimonial. Era também comum em festas de casamentos e batismos, embora em quantidade limitada devido a seu preço alto. Na Polônia medieval, o hidromel tinha um status equivalente ao dos luxos importados, como especiarias e vinhos.

FEIRA MEDIEVAL: ESPECIARIAS

 Ervas e especiarias


Colheita de pimenta. Illustração da edição francesa de As Viagens de Marco Polo.

As especiarias estavam entre os produtos mais luxuosos disponíveis na Idade Média, sendo as mais comuns a pimenta-preta, a canela (e sua alternativa mais barata, a cássia), o cominho, a noz-moscada, o gengibre e o cravo. Todas eram importadas de plantações na Ásia e na África, o que as tornava extremamente caras. Foi estimado que por volta de 1000 toneladas de pimenta e 1000 toneladas de outras especiarias eram importadas para a Europa ocidental por ano durante a Baixa Idade Média. O valor dessas mercadorias era o equivalente ao suprimento de grãos anual para 1,5 milhão de pessoas.Enquanto a pimenta era a especiaria mais comum, a mais restrita era o açafrão, usado tanto por sua cor amarela avermelhada quanto por seu sabor. Entre as especiarias que caíram em certa obscuridade estão a pimenta guiné, da mesma família do cardamomo e que quase substituiu inteiramente a pimenta na cozinha do norte da França do fim do período medieval, a pimenta longa, a flor da noz-moscada, o espicanardo, o galangal e a cubeba. O açúcar, diferentemente de hoje, era considerado um tipo de especiaria devido ao seu alto custo e às suas qualidades humorais.

Ervas comuns como a salvia, a mostarda e especialmente a salsa eram cultivadas e usadas na culinária de toda a Europa, assim como a alcaravia, a menta, o endro e o funcho. A anis poderia ser usada para dar sabor aos pratos com peixe ou frango, e suas sementes eram servidas como confeitos cobertos de açúcar. As ervas cultivadas localmente eram mais acessíveis e eram também usadas na comida das classes mais altas, mas usualmente menos notórias ou inclusas meramente como colorífico. Uma concepção errônea atual é a de que os cozinheiros medievais usavam quantidades abundantes de especiarias, particularmente de pimenta preta, apenas para disfarçar o gosto de carne estragada. Porém, um banquete medieval era por demais um evento culinário e uma mostra dos grandes recursos e da generosidade do anfitrião, e como a maioria dos nobres tinha uma grande seleção de carnes frescas ou em conserva, e peixes e frutos do mar para escolher, o uso prejudicial de caras especiarias em carnes baratas e estragadas faria pouco sentido.

FEIRA MEDIEVAL: DOÇARIA

Doces e sobremesas
Na língua inglesa, o termo dessert (sobremesa) vem do francês antigo desservir, que significa limpar a mesa, originado durante a Idade Média (na língua portuguesa, sobremesa vem de sobre+mesa, no sentido de além de, depois da mesa). Consistia tipicamente em amêndoas açucaradas e vinho aquecido e adicionado de açúcar e condimentos acompanhados por queijo velho, e, por volta da Baixa Idade Média, poderia também incluir frutas frescas cobertas com açúcar, mel ou melado e pastas condensadas de frutas. Havia uma grande variedade de bolinhos fritos, crêpe com açúcar, manjares, leite de amêndoa e ovos numa fôrma para doces, que poderia também incluir frutas e algumas vezes até mesmo tutano ou peixe.As regiões de língua alemã tinham um gosto particular por Krapfen: massas fritas com recheios de vários sabores (equivalente ao sonho atual). Muitas formas do marzipã, um doce feito com amêndoas e açúcar, eram bem conhecidas na Itália e no sul da França por volta dos anos 1340; assume-se que é de origem árabe.Os livros de receitas culinárias anglo-normandos eram cheios de receitas de doces e de manjares saborosos, molhos grossos e tortas doces com morangos, cerejas, maçãs e ameixas. Os chefs ingleses também tinham uma inclinação para o uso de pétalas das flores de roseiras e de sabugueiros. Uma forma antiga de quiche pode ser encontrada em a Fôrma de Cury, uma coleção de receitas do século XIV, como Torte de Bry, com recheio de gema de ovo e queijo.

Na França setentrional, um grande sortimento de wafels era comido com queijo e hypocras (vinho aromatizado com condimentos fragrantes, podendo ser aquecido) ou vinho de malvasia (variedade de vinho madeira) como issue de table (saída da mesa). O sempre presente gengibre doce, coentro, anis e outros temperos eram referidos como épices de chambre ("temperos da sala") e eram tidos como digestivos no fim das refeições para "fechar" o estômago.Como sua contraparte muçulmana na Espanha, os conquistadores árabes da Sicília introduziram uma grande variedade de novos doces e sobremesas, que eventualmente se expandiram para o resto da Europa. Assim como Montpellier, a Sicília já foi famosa por seus confeitos, torrones e doces com amêndoas (confetti). Do sul, os árabes também trouxeram a arte da fabricação do sorvete, produzindo sorvetes de frutas e vários exemplos de bolos e massas doces; cassata alla Siciliana (do árabe qas'ah, o termo para a tigela de terracota na qual era formado), feito do marzipã (doce feito com amêndoas e açúcar), pão-de-ló e ricotta adoçada e cannoli alla Siciliana, originalmente cappelli di turchi (chapéus turcos), tubos de massas fritas e resfriadas com recheio de queijo doce.

FEIRA MEDIEVAL: FRUTARIA E VEGETAIS

Frutas e vegetais


Colheita de repolho. Tacuinum Sanitatis, século XV.

Os grãos eram o constituinte primário da maior parte das refeições, mas outros vegetais, como repolho, beterraba, cebola, alho, e cenoura eram alimentos comuns. Muitos desses eram comidos diariamente por camponeses e trabalhadores, mas eram de menos prestígio que a carne. Os livros culinários, direcionados mais àqueles que poderiam adquirir tal luxo, e que apareceram no fim da Idade Média, continham apenas um número pequeno de receitas utilizando tais vegetais, a não em ser pratos de acompanhamento e em sopas com carne e vegetais. Eram utilizadas muitas variações da cenoura na Idade Media: entre elas uma variedade saborosa vermelho-escura e um outro tipo, de menos prestígio, de cor verde-amarelada. Vários legumes, como grão-de-bico, fava e ervilha eram também comuns e importantes fontes de proteínas. Com exceção das ervilhas, estes não eram vistos com bons olhos pelos dietistas da época, parcialmente por sua tendência de causar flatulência. A importância dos vegetais para as pessoas comuns é ilustrada por relatos da Alemanha do século XVI, os quais afirmam que muitos camponeses comiam chucrute de três a quatro vezes por dia.

As frutas eram populares e poderiam ser servidas frescas, secas ou em conserva, e eram ingredientes comuns em muitos pratos de carnes. Sendo caros o açúcar e o mel, era comum incluir muitos tipos de frutas em pratos que requeressem adoçantes de algum tipo. As frutas da preferência no sul eram limões, cidras, laranjas-azedas (a variação doce foi introduzida centenas de anos depois), romãs, marmelos e, naturalmente, uvas. Mais ao norte, maçãs, pêras, ameixas e morangos eram mais comuns. Figos e tâmaras eram consumidos em toda a Europa, mas eram importações um tanto caras no norte.

Ingredientes comuns e freqüentemente básicos em muitas cozinhas européias modernas, como batatas, feijão-roxo, cacau, baunilha, tomates, pimentas e milho não eram utilizados pelos europeus até o fim do século XV, com o contato destes com os americanos, e mesmo depois disso freqüentemente levava muito tempo para que os novos alimentos fossem aceitos por toda a sociedade.

FEIRA MEDIEVAL: PADEIRO

PADEIRO: Cereais


Um padeiro surpreendido ao tentar enganar os fregueses é punido, sendo puxado num trenó ao redor da comunidade com o pão da infração amarrado no pescoço.

A expressão Pão nosso de cada dia era uma realidade concreta durante a Idade Média. A alimentação de todas as classes sociais consistia principalmente em cereais, usualmente na forma de pão e, em menor grau, mingaus e massas. As estimativas do consumo de pão por toda a Europa são muito similares: por volta de 1 a 1,5 kg de pão por pessoa por dia. Os grãos mais comuns eram centeio, cevada, trigo sarraceno, milhete e aveia. O arroz permaneceu uma importação cara na maior parte da Idade Média e era cultivado no norte da Itália somente no fim do período. O trigo era comum em toda a Europa e era considerado o mais nutritivo de todos os grãos, mas era de mais prestígio e, portanto, mais caro. A farinha branca finamente peneirada com a qual os europeus modernos estão acostumados era reservada para o pão das classes superiores, enquanto os de status inferior comiam um pão que se tornava mais rústico, mais escuro e com conteúdo maior de farelo conforme se fosse de camada mais baixa da sociedade. Nos tempos de falta de grãos ou de grande fome, os grãos poderiam ser suplementados com substitutos mais baratos e menos desejados como castanhas, legumes, bolotas, samambaias e uma grande variedade de outros vegetais mais ou menos nutritivos.

Um dos constituintes mais comuns da refeição medieval, seja como parte de um banquete, seja como petiscos, eram pães embebidos em vinho, sopa, caldo ou molho. Outro prato comum da era um grosso manjar de trigo, freqüentemente fervido em caldo de carne e com condimentos. Eram também feitos mingaus de todos os tipos de grãos, podendo ser servidos como sobremesas ou pratos para os doentes, se fervidos em leite (ou em leite de amêndoa) e adoçado com açúcar. Tortas recheadas com carnes, ovos, vegetais ou frutas eram comuns por toda a Europa, assim como pasteis doces, bolinhos fritos, donuts, e muitas outras massas similares. Por volta da Baixa Idade Média, biscoitos e especialmente wafels, consumidos como sobremesa, se tornaram alimentos de alto prestígio e havia muitas variedades. Grãos, tanto na forma de pão quando de farinha, eram o espessante mais comum para sopas e guisados, puros ou em combinação com leite de amêndoa.


Um padeiro com seu assistente. Como visto na ilustração, os pães redondos estavam entre os mais comuns.

A importância do pão como o principal alimento dava aos padeiros um papel crucial em qualquer comunidade medieval. Entre as primeiras guildas das cidades a serem organizadas estavam as dos padeiros, e leis e regulamentos eram transmitidos para manter os preços do pão estáveis. O Assize of Bread and Ale (Padrões para o Pão e para Bebidas (alcoólicas)) inglês de 1266 possuía extensas tabelas onde o tamanho, o peso e o preço do pão eram regulamentados em relação aos preços dos grãos. A margem de lucro estipulada para o padeiro nas tabelas foi mais tarde aumentada pelo lobby bem sucedido da Companhia de Padeiros de Londres; isso foi conseguido aumentando-se o custo de tudo, de lenha à esposa do padeiro, casa e cachorro. Sendo o pão parte central da dieta medieval, fraudes realizadas por aqueles confiados a fornecer a preciosa mercadoria para a comunidade eram consideras uma ofensa séria. Padeiros pegos falsificando os pesos ou adulterando a massa com ingredientes mais baratos poderiam receber penalidades severas. Isso deu origem à expressão dúzia de padeiro: um padeiro forneceria 13 pães pelo preço de 12, para ter certeza de não ser conhecido como um embusteiro.

A utilidade do pão não se restringia a ser comido: embora geralmente feitos de madeira ou metal (na maior parte peltre), os recipientes que serviam de pratos na refeição em casas ricas eram feitos de pão velho, feitos de farinha não peneirada mesmo no início da Idade Moderna, e o pão era usado para limpar as facas quando passadas para outra pessoa ou antes de pegar sal do saleiro de mesa compartilhado. Mesmo aparentemente descuidado, o manuseio de metal quente ao servir os pratos podia ser realizado com fatias de pão destramente enroladas nas mãos dos empregados, mas longe do olhar dos implacáveis, escrupulosos e destacados que faziam refeição.

Jogral, na lírica medieval, era o artista profissional, de origem popular (vilão, ou seja, não
pertencendo à nobreza), que geralmente cantava ou tocava instrumentos musicais, como o alaúde ou a cistre. Alguns jograis compunham também as suas próprias melodias e poemas.
Trovador, na lírica medieval, era o artista de origem nobre do sul da França que, geralmente acompanhado de instrumentos musicais, como o alaúde ou a cistre, compunha e entoava cantigas.
Normalmente, os trovadores eram homens, mas houve trovadoras (em provençal ou occitano trobairitz), também nobres. Suas correspondentes nas classes inferiores eram as jogralesas (joglaresses em provençal).
Menestrel, na Europa medieval era o poeta bardo cuja performance lírica referia a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. Embora criassem seus próprios contos, muitas vezes memorizavam e floreavam obras de outros. À medida que as cortes foram ficando mais sofisticadas, os menestréis eram substituídos por trovadores, e vários deles tornaram-se errantes, apresentando-se para a população comum, tornado assim os divulgadores das obras de outros autores.
Segrel
Na poesia trovadoresca galego-portuguesa, a função do segrel aproxima-se da do jogral, visto que, além de executante e de cantor, sabia compor cantigas, sendo retribuído pelos seus serviços poético-musicais.

15 de maio de 2009

FEIRA MEDIEVAL: MONGE COPISTA

MONGE COPISTA
Os monges dedicavam-se à cópia e redacção de livros que nesta época eram escritos à mão e decorados com iluminuras (pinturas). Para se fabricar um livro era preciso, em primeiro lugar, dispor de pergaminho (pele de carneiro ou de cabra, tratada para esse fim).
Os monges copistas copiavam os livros à mão. A perfeição com que os monges copistas executavam o seu trabalho fazia com que demorassem anos a acabar um livro. Como eram raros e muito caros, os livros estavam muitas vezes presos por uma corrente para maior segurança.
Praticamente só os monges sabiam ler e eram cultos . Dedicavam-se ao ensino . Junto dos mosteiros, tal como junto das sés, criaram-se escolas. As suas escolas eram frequentadas por aqueles que viriam a ser religiosos, mas também por alguns filhos de nobres e comerciantes ricos."O copista escrevia as letras muito apertadas porque o pergaminho custava caro e devia poupá-lo (...) e para economizar espaço o copista abreviava muitas palavras. Em vez de Jerusalém escrevia Jm, em vez de Dominus escrevia Dm".
"O Homem e o Livro" M. Iline
PORQUE É QUE OS MONGES COPIAVAM OS LIVROS?
Havia dois motivos para os monges copiarem livros.
1ª - Ao copiarem os livros, os monges pensavam que estavam a prestar um serviço a Deus, e assim iam para o Céu e não para o temido Inferno.

2ª - Porque naquele tempo, como não havia máquinas, nem tecnologias que copiassem os livros, os monges copistas eram os únicos que tinham a obrigação de copiar os livros para estes não se perderem e podiam ilustrá-los como quisessem.
Alguns desses livros eram gregos e romanos!
O escriba era quem escrevia e copiava manualmente os livros. Utilizava uma pena de ganso mergulhando-a numa tintura de bogalho moído.
Caligrafia e iluminura
O trabalho de cópia dos manuscritos na Idade Média era realizado no interior dos mosteiros, em um quarto chamado scriptorium. Os monges encarregados deste trabalho de cópia dos textos dividiam-se em grupos. Uns estavam encarregados de escrever os códices (pendolistas) e outros, de iluminá-los (miniaturistas).
Os títulos e os vários tipos de letras eram enfeitados ao extremo. A ornamentação da escrita era variada: podia ser antropomórfica (figuras humanas), inspirada em figuras zoomórficas (com motivos de animais), ou podia contar com adornos baseados na tradição dos entrelaçados irlandeses.
A minuciosidade requerida para a elaboração dos manuscritos foi fruto da preferência do cristianismo pela adoção de letras distantes das empregadas na Roma Antiga (como a versal clássica), pois esta escrita era considerada pagã. Então, os mosteiros privilegiaram a uncial. Nesses tempos, a caligrafia estilizada dos documentos oficiais merovíngios, caracterizada pelo prolongamento das letras acima e abaixo, serviu de modelo para os manuscritos dos mosteiros.
Os textos antigos também foram deformados porque eram grafados em diferentes tipos de escrita, sendo as principais: a capital, da época romana; a uncial; e as escritas nationales, como a lombárdica, a merovíngia e a visigótica. As influências merovíngia e anglosaxônica resultaram no advento da minúscula, cuja variante irlandesa, com suas características formas angulosas, foi levada à Inglaterra e ao continente pelos frades missionários. Porém, nos séculos VIII e IX, a escrita angulosa foi substituída pela minúscula carolíngia (nome derivativo do imperador Carlos Magno), caracterizada pela clareza de suas formas simples.
À medida que os manuscritos se multiplicavam, crescia a necessidade de tornar a escrita uniformizada, a fim de torná-la inteligível; e a minúscula carolíngia personificava a melhor opção para atingir este objetivo. A letra gótica, completamente distinta do modelo carolíngio, teve origem por volta do século XI, na Bélgica e no norte da França. No livro El Arte De La Escritura, organizado pela UNESCO (Paris: Editora da UNESCO, 1965, p.29), há uma comparação entre as escritas carolíngia e gótica e as arquiteturas românica e gótica: "Enquanto a minúscula carolíngia correspondia à arquitetura românica, a gótica apresenta as linhas angulosas e delgadas do estilo gótico. As curvas se estiram e se quebram; os extremos superiores dos traços se prolongam em espátula, finos perfis angulosos unem entre si os traços generosos".
No século XV, os primeiros impressores tomaram a escrita gótica como modelo, reproduzindo com fidelidade os manuscritos e adotando, inclusive, os ornamentos feitos pelos monges. Os miniaturistas começavam o trabalho em imprensas, a fim de garantir os enfeites das maiúsculas, que eram pintadas à mão ou gravadas em madeira.
Com o advento da imprensa os caracteres se dividiam em dois grupos: os tipos angulosos, inspirados na minúscula gótica, e os tipos arredondados ou romanos, que tinham como modelo a minúscula carolíngia.
Ainda no século XV percebeu-se o quanto a letra gótica, caracterizada por sua vertiginosa ornamentação, adequava-se melhor aos manuscritos litúrgicos. Desenvolveu-se, então, uma letra derivativa da gótica e condizente com a simplicidade requerida pelo uso diário: a bastarda.

TRABALHO ESCRITO DE HISTÓRIA: A CRISE DO SÉCULO XIV

TRABALHO PARA FAZER NO TEU BLOGUE

TÍTULO: A CRISE DO SÉCULO XIV


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-Criar 1 mensagem- ÍNDICE
-Criar 1 mensagem- INTRODUÇÃO
-Criar 1 mensagem-PESTES: PESTE NEGRA
-Criar 1 mensagem-GUERRAS: GUERRA DOS CEM ANOS
-Criar 1 mensagem- CISMA DO OCIDENTE
-Criar 1 mensagem- REVOLTAS POPULARES: REVOLTAS RURAIS e REVOLTAS URBANAS
-Criar 1 mensagem- REVOLUÇÃO DE 1383-85
-Criar 1 mensagem- CONCLUSÃO
-Criar 1 mensagem- BIBLIOGRAFIA

Texto criado por ti e usa imagens
Fonte:Manual do 7º
DATA DA CONCLUSÃO: 08/06/2009

11 de maio de 2009

FEIRA MEDIEVAL:(PROJECTO FUTURO) CARTAZ





FEIRA MEDIEVAL:MATERIAL PARA MONTAGEM

DECORAÇÃO
PANO CRU (Barracas de venda)
CETIM COLORIDO: Fazer bandeirinhas para decoração da feira
FIO DE PESCA
MESAS
CADEIRAS
BARRACAS:
1- Barraca de alfaias agrícolas (foices, enchadas, anchinhos, sinos, ferraduras etc) (Ana Catarina: camponesa-povo)
2- Barraca de enchidos, queijo (Açougue)( Marco: Povo)
3- Barraca dos doces (compotas, bolos etc.)
4- Barraca do taberneiro. Sumos e comes (Maria: povo)
5- Barraca do pão (Padeira (povo) Anabela)
6- Barraca do câmbio (Ricardo Fernandes: burguesia-povo)
7- Barraca do artesanato
8- Barraca do copista (cantigas de amigo e foral de alfândega da fé e diplomas de participação) (Bruno: Clero)
9- Barraca do Boticário (Sónia -burguesa- povo )(ervas, chás, perfumes etc.) Ervanária (Vanessa)
10- Barraca dos produtos do campo (Hortícola, Frutaria, Sementes, etc.) (Juliana: Camponesa-povo)
11- Barraca dos tecidos (Telma: burguesa-povo)
12- Barraca da Cartomante (Diana) e sina (Catarina) povo

PROTAGONISTAS:
ARAUTO
CAMPONESES
JOGRAIS(MÚSICOS)
CAMBISTA
MONGE COPISTA
TABERNEIRO
MERCADORES
DAMAS -(Tatiana: Ana Lourenço: Nobreza)
NOBRES (Ivo: Luís Esteves: Nobreza)
SOLDADOS (Guerreiros Nobres:Miguel: Rui Jorge: Eduardo: Nobreza)
MENDIGOS
LADRÕES (Alex: povo: marginal)
LATOEIRO
SALTIMBANCOS

ANALISAR UMA OBRA DE ARTE

ANALISAR UMA OBRA DE ARTE

· Analisar uma obra de Arte
· Analisar uma obra como um documento que se inscreve no contexto de uma época
· Exprimir um comentário pessoal sobre uma obra de arte


Uma obra de arte, qualquer que seja a sua forma, é simultaneamente:
Þ Um testemunho do sentido do belo do seu criador
Þ Um documento histórico
Þ Um diálogo, afectivo ou intelectual, entre a obra de arte e o seu espectador, no caso das artes visuais

Uma obra de arte pode ser analisada de várias formas(esta é uma proposta, podendo haver outras) e pretende sempre alcançar os seguintes objectivos:
Þ Ajudar a apreender as técnicas utilizadas pelo autor para transmitir a sua mensagem
Þ Mostrar como a obra de arte é a expressão de um dado contexto histórico
Þ Sensibilizar para a fruição dos valores estéticos

Como analisar uma pintura

Deve ter-se sempre em conta certos dados técnicos que diferem de época para época, ou de autor para autor

1. Observar atentamente as informações dadas na legenda da obra : autor ; título ; data da execução; suporte ; dimensões; lugar de conservação

2. Obter dados sobre o autor : data e lugar de nascimento e morte ; origem social ; anos e lugares de formação; idade aquando da realização da obra; outras obras suas

3. Reconhecer o tipo de assunto representado : cena religiosa ; histórica ; mitológica; alegoria ; retrato ; paisagem ...
(se e quando apareceu ao público ; acolhimento...)

4. Analisar o assunto propriamente dito : descrever o que está representado ; lugares ; enquadramento da cena; personagens; acção das personagens ; objectos..

Deve tentar perceber-se porque é que o autor pintou um quadro com aquelas dimensões e não outras, proceder à análise da cena, do enquadramento desta, dos móveis, dos objectos representados, da paisagem, da posição das personagens, identificando-as, como estão vestidas, em que atitude se encontram , etc.

Análise plástica /A técnica pictural

A composição __ Quais são as linhas que organizam o quadro? Isto é, a organização das figuras segundo esquemas geométricos ou não, com eixos bem marcados ou não, segundo leis de perspectiva ou sem elas (como é criado o sentido de profundidade)
O desenho __ qual é a função da linha, a sua espessura e forma? Tem um papel fundamental ou acessório?
As cores __ Quais são as cores dominantes?, cores quentes ou frias?, fundamentais ou complementares?
A luz __ De onde vem a luz? Está repartida uniformemente? Qual é o seu efeito?
A técnica de pintura __ mancha larga, pontilhada, linear, sfumato, modelado
A matéria __ óleo, têmpera, etc


Deverá analisar se o olhar do espectador é atraído para algum ponto em especial e porquê ; o que se pretende traduzir com determinadas cores ; se o emprego de determinada técnica marca decididamente o estilo do autor; se o emprego de determinadas matérias representa um avanço em relação a outros, inserção ou não nas técnicas comuns, etc

Análise histórica

Porquê este tema ? Porquê esta técnica ? Porquê este estilo? Que efeito pretendeu produzir no público? Insere-se numa corrente artística ou rompe com as correntes dominantes?

A resposta a estas questões levará à descoberta de problemas relacionados com: tipos de encomendas , ideias perfilhadas pelo autor, mentalidade dominante ; tipo de materiais colocados à sua disposição, influências de outros artistas, etc

Fazer um comentário pessoal sobre a obra de arte

Comentar do ponto de vista pessoal uma obra de arte, é exprimir a sua adesão ou não, à obra, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista afectivo, justificando a sua posição

Conclusão

Com as informações fornecidas pela análise do quadro poderá concluir do valor histórico do documento que analisou, isto é, de que modo é que ele serve ou não de testemunho da sua época, fornecendo elementos de índole económica, social, política, religiosa e artística.

10 de maio de 2009

FEIRAS MEDIEVAIS



As feiras são uma das instituições mais curiosas do período medieval. A sua função consistia nas trocas comerciais realizadas entre produtores, consumidores e distribuidores, em locais e prazos determinados, corrigindo assim a falta de comunicações fáceis e rápidas da época. No local onde se faziam existia uma paz especial, a paz de feira, que proibia toda a disputa ou vingança, ou todo o acto de hostilidade, sob penas severas em caso de transgressão.Em Portugal, as feiras nunca chegaram a ter a importância que tiveram noutras regiões da Europa, nomeada-mente na Flandres e, sobretudo, em França. Este facto deve-se, sem dúvida, à situação geográfica do nosso país. Daí que o comércio português fosse essencial-mente marítimo e não terrestre.
No entanto, o número de feiras em Portugal não foi reduzido. Segundo Virgínia
Rau, até ao final do século XIII, estiveram em funcionamento cerca de quarenta e cinco feiras.

A mais antiga de que há conhecimento é a de Ponte de Lima (1125), que aparece mencionada no foral outorgado por D. Teresa a esta povoação, sendo por isso anterior à fundação da nossa nacionalidade. Todos os que a ela ocorressem, tanto nacionais, como estrangeiros, teriam segurança desde oito dias antes até oito dias depois da feira, na ida e na volta, contra qualquer responsabilidade civil ou criminal que pesasse sobre ele.

A partir do século XIII, os reis portugueses deram uma maior importância às feiras, o que se comprova pela concessão de um maior número de Cartas de Feira. Estes documentos criavam as feiras e estabeleciam os direitos e as obrigações dos mercadores e procuravam garantir a segurança de pessoas e bens. Por vezes, para incentivar o comércio de uma região, criavam-se as Feiras Francas, assim designadas por isentarem os feirantes de alguns impostos.

Os reis Afonso III e D. Dinis foram aqueles que se destacaram neste campo por criarem mais feiras. Este interesse dos reis no desenvolvimento do comércio justificava-se também pelos rendimentos que as feiras lhes proporcionavam, através dos impostos cobrados sobre as mercadorias negociadas.
As feiras realizavam-se, normalmente, em cidades e vilas, com uma periodicidade de quinze dias a um ano e, em geral, duravam vários dias. Às feiras deslocavam-se mercadores de todo o país e até mesmo do estrangeiro, o que fazia com que a variedade de produtos fosse muito grande. Elas foram um poderoso factor de crescimento económico para as populações das regiões onde se realizavam, porque contribuíam para o desenvolvimento do artesanato e do comércio local.
Além de local de comércio a feira tinha, quase sempre, uma dimensão religiosa, de convívio e de diversão, coincidindo muitas vezes com uma peregrinação, uma romaria ou outra festa de carácter religioso.n

FEIRA MEDIEVAL: CAMBISTA

A palavra cambista deriva do termo câmbio, que vem do verbo cambiar. Este, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, se originou do latim medieval cambiar. Até meados do século XVI, era utilizada a forma cambar, com o significado de trocar, mudar, substituir. Do século XVII em diante, por influência do italiano, o nosso cambiar passou também a designar trocar moedas ou dinheiro. Seu radical camb(i) é o mesmo de escambo, cambial, intercâmbio e cambalacho.
Começa a partir do século XIII o surgimento de novas relações econômicas. Com o abandono dos campos e feudos, o fluxo populacional se dirige às cidades, onde ocorre intensificação do intercâmbio comercial e da produção urbana, centrada na indústria caseira e manufaturas.
Ganham corpo a economia monetária, a sociedade de mercado, novas relações de trabalho e o mercantilismo colonial. O centro da vida econômica, social e política transfere-se dos feudos para as cidades.
As cidades proporcionam uma sociedade de homens livres e mão-de-obra assalariada. As classes sociais começam a ser determinadas por sua posição económica. O aumento da riqueza, a fundação de universidades e bibliotecas, os novos descobrimentos e a invenção da imprensa possibilitam um renascimento cultural.
A moeda torna-se fator primordial da riqueza e as transações comerciais são monetarizadas. A produção e a troca deixam de ter caráter de subsistência e visam atender aos mercados das cidades. As companhias mercantis contam com técnicas contábeis e adotam novas formas de comercializar, como as cartas de crédito e de pagamento. As minerações de ouro e prata conhecem o auge. A navegação e o comércio de alto-mar ganham impulso.
A acumulação de capital conduz à criação dos bancos (ou casas de crédito) e empréstimos a juros. De fato, a evolução da economia feudal para a mercantilista e, posteriormente, para a capitalista tornou-se possível com a transformação dos antigos cambistas medievais em casas bancárias.

As 100 Descobertas e Invenções

Da primeira universidade à Internet, da caravela ao vaivem espacial, do microscópio à clonagem, a humanidade escreveu capítulos maravilhosos da história da ciência e do conhecimento do ano de 1054 ao 1997.

Veja abaixo, as 100 grandes conquistas do conhecimento dos últimos mil anos:

Nebulosa do Caranguejo - Descobertas.1 - Explosão Estelar (1054)
Povos antigos já notavam, no céu, o surgimento de estrelas muito brilhantes. Mas a ciência considera que é de astrônomos chineses o primeiro registro sério de uma supernova - explosão de uma estrela -, em 1054. Tudo o que resta no local do desastre é a Nebulosa do Caranguejo.
2 - Universidade (1150)
É fundada a primeira universidade do mundo, em Bolonha, na Itália. A criação da instituição dá à Europa o impulso intelectual que desembocaria no Renascimento no século XIV, e na Revolução Científica, entre os séculos VXI e XVII.
3 - Algarismos Arábicos (1202)
O matemático italiano Leonardo Fibonacci (c.1170-1240) troca os incômodos algarismos romanos pelos arábicos. A facilidade que isso trouxe para os cálculos resultaria no avanço da álgebra e, por conseqüência, da tecnologia.
Roger Bacon, inventor do óculos - Invenções.4 - Óculos (1268)
O inglês Roger Bacon (c. 1220-c. 1292) constrói as primeiras lentes de cristal para corrigir distorções da visão. A invenção de Bacon demoraria mais 100 anos para se tornar prática. Em 1784, o americano Benjamin Franklin inventaria os óculos bifocais.
5 - Bússola Magnética (1269)
O engenheiro francês Petrus Peregrinus de Maricourt descreve pela primeira vez uma bússola em que uma agulha imantada bóia sobre um líquido. Apesar de já ser conhecida dos chineses há séculos, a bússola só passa a ser construída a partir dessa descrição.
6 - Relógio (1288)
Desde o início da civilização, o homem usou a água, a areia ou o Sol para marcar as horas. Até a criação do relógio mecânico, que marca as horas mesmo à noite. A instalação do relógio mecânico na Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra, marca uma nova era na contagem do tempo.
7 - Leis da perspectiva (1440)
O arquiteto italiano Leon Battista Alberti (1404 - 1472) cria a teoria que dá profundidade e proporções reais a desenhos e pinturas. Sua obra "Dez Livros sobre Arquitetura" tem profundo impacto no traçado das cidades a partir do século XVI.
Caravelas - Descobertas.8 - Caravela (1450)
A exploração do mundo deve muito a essa invenção portuguesa. Comparadas com as demais embarcações da época, as caravelas são rápidas, seguras e resistentes. Elas abrem os caminhos para as Índias e trazem os europeus à América.
9 - Imprensa (1454)
A impressão com tipos móveis se originou na China, entre 1041 e 1048. Mas foi o alemão Johannes Gutenberg (1400 - 1468) quem criou os tipos fundidos em metal e a tinta que aderia ao papel. Naquele ano, ele imprimiu a "Bíblia", em latim, em Mainz, na Alemanha.
10 - Globo terrestre (1492)
O alemão Martim Behaim (1459 - 1507) cria a primeira representação do planeta respeitando sua forma real. Como a América só seria descoberta naquele ano, faltou ali o novo continente.
11 - Atlas de anatomia (1543)
O médico italiano Andreas Vesalius (1514 - 1564) publica seus "Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano". Até então, a anatomia - fundamental para a medicina - dependia de amadores.
Nicolau Copérnico - Descobertas.12 - A Terra ao redor do Sol (1543)
O teólogo polonês Nicolau Copérnico (1473 - 1543) publica "Sobre as Revoluções dos Orbes Celestes", explicando que a Terra gira em torno do Sol. A idéia dá novo rumo às ciências naturais.
13 - 1556 (Mineralogia)
Os metais são usados desde a pré-história. Mas é a publicação póstuma do tratado "Sobre os Metais" que marca o surgimento da mineralogia. Nele, o alemão Georgius Agricola (1494 - 1555), discorre sobre os diferentes metais e suas propriedades.
14 - Medidas do céu (1572)
O astrônomo dinamarquês Ticho Brahe (1546 - 1601) observa uma supernova. Também mostra que os cometas não são fenômenos atmosféricos, como se pensava. Suas observações serviriam para que Kepler descobrisse as leis do movimento dos corpos celestes.
15 - Ciência no Novo Mundo (1580)
O matemático inglês Thomas Harriot (1560 - 1621) e o metalurgista Joachim Ganz montam o primeiro laboratório científico na América. Eles queriam detectar a presença de prata e ouro nos minérios.
16 - Revisão do calendário (1582)
O papa Gregório XIII (1502 - 1585) e um conselho presidido pelo matemático alemão Christovam Clavius (1538 - 1612) criam um novo calendário para corrigir uma distorção na contagem do tempo. Naquele ano, do dia 4 de outubro pulou-se para 15 de outubro.
17 - Moinho de Vento (1589)
O moinho já é usado pelos agricultores quando o italiano Agostino Ramelli (1531-c. 1600) faz o primeiro projeto completo do artefato na obra "Livro de Diversas e Artificiosas Máquinas". A obra levou mais gente a construir moinhos.
18 - Símbolos em Matemática (1591)
Até que o francês François Viète (1540 - 1603) começasse a representar quantidades por letras nas equações, como a + b = c, a matemática européia era escrita com palavras. Imagine a confusão que seria fazer cálculos complicados se não fosse essa substituição.
Galileu Galilei - Invenção.19 - Telescópio (1610)
O italiano Galileu Galilei (1564 - 1642) aponta para o céu sua recém-inventada luneta e descobre os quatro maiores satélites de Júpiter, marcando o início das pesquisas sobre o Universo.
Johannes Kepler - Descoberta.20 - Órbitas dos planetas (1610)
O alemão Johannes Kepler (1571 - 1630) prova que as órbitas dos planetas em torno do Sol não são circulares, mas elípticas, e que têm velocidade variável. Meio século depois, Isaac Newton mostraria que tais órbitas são conseqüências das leis fundamentais da Física.
21 - Máquina de calcular (1623)
O alemão Wilhelm Schickard (1592 - 1635) constrói uma calculadora mecânica capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Só em 1820 o francês Charles Xavier Thomas de Colmar criaria a primeira máquina de calcular comercial.
22 - Funcionamento do coração (1628)
Para Aristóteles, o coração abrigava os pensamentos. Para Descartes, o coração esquentava o sangue. É o médico inglês William Harvey (1578 - 1657) quem descobre que o órgão é um músculo que bombeia o sangue para o restante do corpo.
23 - Geometria analítica (1637)
O francês René Descartes (1596 - 1650), mais conhecido como fundador da filosofia moderna, faz o casamento entre a geometria e a álgebra, descobrindo como construir gráficos a partir de equações matemáticas.
24 - Cálculo de probabilidade (1652)
Muito interessado em jogos de azar, o filósofo e matemático francês Blaise Pascal (1623 - 1662) cria fórmulas para avaliar as chances de um evento ocorrer. O cálculo das probabilidades é usado em vários ramos do conhecimento hoje.
25 - Química moderna (1661)
O livro "O Químico Cético", do físico e químico irlandês Robert Boyle (1627 - 1691), lança as bases da química moderna. Nele, Boyle prega que as teorias têm de ser comprovadas por experiências práticas.
26 - Células (1665)
O físico inglês Robert Hooke (1635 - 1702) publica os primeiros desenhos de células observadas ao microscópio, disparando as pesquisa sobre as unidades fundamentais da vida.

27 - Microscópio (1683)
O holandês Antoine van Leeuwenhoek (1632 - 1723) aperfeiçoa o instrumento e passa a empregá-lo sistematicamente no estudo da biologia. Naquele ano, ele publica a primeira descrição de uma bactéria.
Isaac Newton - Invenção da Lei da Gravidade.28 - Lei da gravidade (1687)
O físico inglês Isaac Newton (1642 - 1727) publica sua grande obra, "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", reunindo conhecimento físico e rigor matemático. Ali, Newton descreve a lei da gravidade.
Edmund Halley - Descoberta29 - Órbita dos cometas (1705)
O inglês Edmund Halley (1656 - 1742) compara a trajetória de 24 bólidos que surgiram no céu entre 1337 e 1698 e demonstra que algumas aparições eram de um único corpo que voltava periodicamente. O cometa Halley, descoberto por ele, passou por aqui, da última vez, em 1986.
30 - Máquina a vapor (1712)
O inventor da máquina a vapor não é o escocês James Watt (1736 - 1819). Mas é ele que aperfeiçoa a engenhoca criada por Thomas Newcomen. Seja como for, a máquina traz a Revolução Industrial.
31 - Cálculo da longitude (1714)
Os navegadores guiavam-se pelas estrelas para saber se estavam rumando para o norte ou para o sul. Mas não tinham como conhecer sua posição em relação ao leste ou oeste. O inglês John Harrison (1693 - 1776) cria um relógio preciso que resiste ao balanço dos navios. Assim, os navegantes determinam seu fuso horário e
sua posição.
32 - Classificação dos seres vivos (1735)
O botânico sueco Carl von Linneé, ou Lineu (1707 - 1778), publica sua obra "Sistema da Natureza", com a classificação dos vegetais. Mais tarde, Lineu classifica também os reinos animal e vegetal.
33 - Eletricidade (1751)
Ao estudar os raios, o político e cientista americano Benjamim Frankin (1706 - 1790) propõe a existência de dois tipos de eletricidade, a positiva e a negativa - o que hoje se chama carga. A descoberta resulta no pára-raio.
34 - Enciclopédia (1751)
O primeiro volume da "Enciclopédia ou Dicionário Racional da Ciência", publicado em 28 de junho pelos franceses Denis Diderot (1713 - 1784) e Jean d'Alembert (1717 - 1783), é a primeira tentativa de se reunir todo o conhecimento num só lugar.
35 - Oferta e procura (1776)
Surge a teoria de que o mercado se regula por duas forças antagônicas - a de quem oferece e a de quem busca, apresentada pelo economista escocês Adam Smith (1723 - 1790) no livro "A riqueza das Nações".
36 - Oxigênio (1777)
O francês Antoine-Laurent Lavoisier (1743 - 1794) lança os fundamentos da química orgânica ao estudar como os átomos de oxigênio se combinam com outros para formar moléculas importantes para a vida terrestre. É dele a frase "Na natureza, nada se cria, nada se destrói; tudo se transforma".
37 - Leis do pensamento (1781)
O filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) publica o livro "Crítica da Razão Pura", propondo que existe uma classe de conhecimentos que constituem verdades que não dependem de comprovação e que são necessárias para a compreensão do mundo.
38 - Torno (1797)
O engenheiro Henry Maudslay (1771 - 1831) aperfeiçoa o torno mecânico, utilizado na Europa desde o século XVI. Ele cria um mecanismo que mantém a ferramenta firme durante o trabalho, aumentando muito a sua precisão.
39 - Bateria elétrica (1800)
O físico italiano Alessandro Volta (1745 - 1827) faz uma corrente elétrica passar por um fio entre uma barra de zinco e outra de cobre, mergulhadas em dois recipientes com água salgada. Está criada a bateria elétrica.
40 - Hereditariedade (1809)
O naturalista francês Jean-Baptiste de Monet (1744 - 1829), Cavaleiro de Lamark, sugere que os animais transmitem a seus descendentes características adquiridas pelo uso. Darwin derrubou essa idéia, mas ela é usada ainda hoje para explicar a transmissão de cultura.
41 - Informática (1821)
O primeiro a sonhar com o computador foi o matemático inglês Charles Babbage (1791 - 1871). Ele projeta um equipamento que receberia instruções por meio de cartões perfurados e guardaria os resultados das operações numa memória. A máquina jamais foi construída.
42 - Sociologia (1826)
O francês Auguste Comte (1798 - 1857) se convence de que era possível estudar as sociedades como se estudam Física e Biologia. Cria a Sociologia a partir de seu sistema de filosofia positiva.
43 - Geometria não-euclidiana (1829)
O matemático russo Nikolai Lobachevsky (1792 - 1856) desafia a geometria do grego Euclides, em 300 a.C., e funda uma nova disciplina em que é possível fazer passar infinitas retas paralelas por um único ponto. Essa geometria estranha está por trás de teorias físicas modernas, como a da relatividade.
44 - Telégrafo (1835)
Os americanos Joseph Henry (1797 - 1878) e Samuel Morse (1791 - 1872) desenvolvem o primeiro telégrafo.
45 - Fotografia (1839)
O francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787 - 1851) é o pai dessa invenção, que modificou a compreensão da História, a ciência e os costumes de toda a humanidade. Em 1888, o americano George Eastman criaria a câmera de filme em rolo, a primeira Kodak.
46 - Leis do eletromagnetismo (1839)
O inglês Michael Faraday (1791 - 1867) elabora a teoria de que a eletricidade e o magnetismo criam os chamados campos magnéticos em torno de ímãs e correntes elétricas.
47 - Anestesia (1842)
Nesse ano, o médico americano Crawford Long (1815 - 1878) usa pela primeira vez o éter como anestésico geral durante uma cirurgia.
48 - Termodinâmica (1843)
O alemão Hermann von Helmholtz (1821 - 1894) unifica os estudos anteriores sobre o calor e elabora a primeira lei da termodinâmica, segundo a qual a energia não pode ser criada nem destruída.
49 - Zero absoluto (1848)
O irlandês William Thomson, Lorde Kelvin (1824 - 1907), determina até que ponto um corpo pode se resfriar. O zero absoluto - a temperatura na qual todas as partículas param de vibrar - é de 273,15 graus Celsius negativos.
50 - Sistema binário (1854)
Ao criar um sistema de numeração usando apenas os algarismo zero e um, o inglês George Boole (1815 - 1864) não imaginou que isso seria a chave da computação. Para os computadores atuais, números e caracteres são escritos assim: o dois é 10, o três, 11 e o quatro, 100.
Charles Darwin51 - Evolução das espécies (1859)
Os ingleses Charles Darwin (1809 - 1882) e Alfred Wallace (1823 - 1905) concluem que as espécies evoluem não pela herança de caracteres de seus antecedentes, mas pela seleção natural e pelas mutações ao acaso. Nesse ano, Darwin publica sua obra "Sobre a Origem das Espécies".
52 - Forças da natureza (1865)
Até o escocês James Maxwell (1831 - 1879), o Universo exibia três forças: gravidade, magnetismo e eletricidade. O físico inglês demonstra que as duas últimas constituem uma única força.
Gregor Mendel53 - Genética (1865)
O monge austríaco Gregor Johann Mendel (1822 - 1884) cria a idéia de gene, ao estudar os diferentes tipos de ervilhas que nasciam de sucessivos cruzamentos.
54 - Luta de classes (1867)
O filósofo alemão Karl Marx (1818 - 1883) publica "O Capital", afirmando que o que move as sociedades é a luta de classes. A teoria fundamentou os governos comunistas do século XX e até hoje é usada para explicar a história da humanidade.

55 - Elementos químicos (1869)
O russo Dmitri Mendeleyev (1834 - 1907) monta a tabela periódica, organizando os elementos químicos de acordo com suas propriedades, peso, densidade e capacidade de se interligar.
56 - Telefone (1876)
Usando a tecnologia do telégrafo, o escocês Alexander Graham Bell (1847 - 1922) inventa um jeito de transmitir a voz a distância transformando-a em sinais elétricos.
57 - Lógica de teoremas matemáticos (1879)
Nesse ano, o matemático Friedrich Frege (1848 - 1925) publica "Conceitografia", em que estabelece as regras pelas quais se pode fazer demonstrações matemáticas do tipo "se a = b e b = c, então a = c".
58 - Lâmpada elétrica (1879)
O americano Thomas Alva Edson (1847 - 1931) inventa a lâmpada com filamento de carbono incandescente.
59 - Micróbios causadores de doenças (1881)
O químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822 - 1895) produz uma vacina contra o antraz. Quatro anos depois, ele desenvolveria a vacina contra a raiva e, em 1863, inventaria o método de esterilizar alimentos conhecido hoje como pasteurização.
60 - Plástico (1888)
O químico alemão George Kahlbaum (1853 - 1905) começa a fabricar garrafas de metacrilato, na primeira utilização do plástico. Mas o material sintético só iria se tornar popular com a invenção da baquelita, no século XX.
61 - Ondas de rádio (1888)
O alemão Heinrich Hertz (1857 - 1894) usa descargas elétricas para produzir as primeiras ondas de rádio, tornando possível a invenção de novos meios de comunicação, como o telégrafo sem fio, o rádio e a televisão.
Sigmund Freud62 - Inconsciente (1895)
O neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 - 1939) publica nesse ano seu "Estudo sobre a Histeria", demonstrando que o homem não domina completamente a mente e propondo a idéia de que o inconsciente é o responsável pelos desejos e sonhos.
63 - Números além do infinito (1895)
Quantos elementos tem um conjunto infinito? Infinitos, ora. Mas, pasme, nem todos os infinitos são iguais. O matemático alemão Georg Cantor (1845 - 1918) demonstrou que eles variam de tamanho e estabeleceu quanto um pode ser maior ou menor que outro.
64 - Cinema (1895)
É exibido, em Paris, o filme "A saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière". A projeção de imagens em movimento foi idéia dos franceses Auguste e Louis Lumière (1862 - 1954 e 1864 - 1948).
65 - Raios X (1895)
Quando descobriu os raios que atravessavam objetos e deixavam impressões em chapas fotográficas, o alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845 - 1923), pensou erradamente que eles não tinham nada a ver com a luz. Por isso foram chamados de um tipo "x" de raios.
66 - Sociologia científica (1897)
O francês Emile Durkheim (1858 - 1917) mostra em seu livro "O Suicídio" que mesmo decisões muito pessoais são determinadas por fatores sociais e, mais, que podem ser quantitativamente relacionadas com esses fatores. As pesquisas eleitorais e testes sobre preferências usam, ainda hoje, os conceitos de Durkheim.
67 - Dirigível (1900)
O conde alemão Ferdinand von Zeppelin (1838 - 1917) lança o primeiro dirigível de estrutura de metal e cheio de hidrogênio. Os zepelins, muito populares até fins da década de 30, inauguram a era dos transportes aéreos.
68 - Mecânica quântica (1900)
O físico alemão Max Planck (1858 - 1947) observa que a radiação emitida por um corpo não sai de forma contínua, mas em pacotes, que ele chamou de quanta. Está fundada a teoria quântica, que tenta explicar toda integração entre energia e massa na natureza.
69 - Avião (1903)
No dia 17 de dezembro, os irmãos americanos Orville e Wilbur Wright (1871- 1948 e 1867 - 1912) lançam seu avião primitivo de uma rampa e conseguem mantê-lo no ar por 59 segundos. Em outubro de 1906, o brasileiro Santos-Dumont (1873 - 1932) faz o primeiro vôo num artefato motorizado sem a ajuda de rampas. Três anos depois, o brasileiro construiria o Demoiselle, protótipo dos aviões modernos.
Albert Einstein70 - Teoria da relatividade (1905)
As leis da Física estabelecidas por Isaac Newton sofrem um sério golpe na virada do século, quando o alemão Albert Einstein (1879 - 1955) publica sua teoria da relatividade, afirmando que o tempo não é uma grandeza absoluta. Ela é relativa, ou seja, varia conforme o ponto de vista do observador.
71 - Cromossomos (1907)
Ao estudar como as características das moscas-das-frutas (drosófilas) são passadas a seus descendentes, o geneticista americano Thomas Hunt Morgan (1866 - 1945) percebe que os caracteres são gravados em pedaços de cromossomos. Alguns anos depois, esses pedaços seriam batizados de genes.
72 - Automóvel (1908)
O industrial americano Henry Ford (1863 - 1947) inicia a construção do Modelo T, movido por um motor de quatro cilindros, pondo em prática as técnicas de produção em grandes linhas de montagem. Além de tornar o carro um bem acessível à classe média, Ford molda todo o processo industrial no século XX.
Carlos Chagas73 - Doença de Chagas (1909)
Em um dos trabalhos mais completos da história da medicina, o brasileiro Carlos Chagas (1879 - 1934) descreve a doença trazida pelo inseto chamado barbeiro, seu agente causador e como ele invade o organismo da vítima.
74 - Núcleo atômico (1911)
O físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) provoca uma reviravolta na física atômica ao mostrar que os átomos podem ser quebrados em partes menores e que a maior parte de seu peso está no núcleo.
75 - Estrutura do átomo (1913)
O dinamarquês Niels Bohr (1885 - 1962) reúne os conhecimentos herdados de Rutherford e de Planck e cria um modelo que explica o comportamento dos átomos por meio da mecânica quântica. As idéias de Bohr não são mais aceitas, mas, na época, deram um grande impulso à Física.
76 - Lingüística (1916)
É publicado, três anos depois da morte de seu autor, o livro "Curso de Lingüística Geral", do suíço Ferdinand de Saussure (1857 - 1913). Ali, o lingüista define a linguagem como um fenômeno social e, portanto, mutante. Assim, é possível estudar sua evolução.
77 - Inteligência da criança (1923)
A criança atravessa vários estágios de aprendizagem, criando estruturas cada vez mais complexas, até compreender seu mundo e atuar nele. Essa idéia faz do psicólogo suíço Jean Piaget (1896 - 1980) referência obrigatória em Psicologia e Pedagogia até hoje.
78 - Ondas de matéria (1926)
O físico austríaco Erwin Schöedinger (1887 - 1961) cria uma equação mostrando que as partículas atômicas não se comportam apenas como matéria, mas também como ondas.
79 - Princípio da incerteza (1927)
É impossível medir, ao mesmo tempo, a posição e a velocidade exatas de uma partícula atômica. É que quem vai fazer essas medições acaba perturbando as partículas. A idéia de que o observador interfere com o objeto observado é de autoria do alemão Werner Karl Heisenberg (1901 - 1976).
80 - Antibióticos (1928)
Até que o bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881 - 1955) descobrisse a penicilina, a humanidade era vítima fácil dos micróbios. Hoje, conhecemos um monte de antibióticos e outro tanto de bactérias resistentes a eles.
Edwin Hubble81 - Teoria do Big Bang (1929)
O americano Edwin Hubble (1889 - 1953) descobre que as galáxias se afastam uma das outras. Isso sugere que, um dia, elas estiveram todas agrupadas. É a chave para a chamada teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo teve origem na explosão de um ponto ínfimo, que condensava toda a matéria existente.
82 - Limites da Matemática (1931)
O matemático austro-húngaro Kurt Gödel (1906 - 1978) demonstra que algumas verdades matemáticas não podem ser comprovadas por meio de axiomas nem de regras estritas de demonstração.

No fim do milênio, a humanidade assiste a uma disparada na área da eletrônica, da computação e da genética. A realidade pode ser virtual. A era da tecnologia...

83 - Radar (1935)
A equipe de pesquisadores liderada pelo físico escocês Robert Watson-Watt (1892 - 1973) cria o primeiro radar. Embora seja um instrumento de guerra, o radar é fundamental para a navegação, seja por terra, por mar ou por ar.
84 - Energia nuclear (1942)
O físico italiano Enrico Fermi (1901 - 1958) comanda a primeira reação nuclear controlada, nos Estados Unidos.
85 - Estatística (1943)
O inglês Ronald Aylmer Fisher (1890 - 1962) cria a chamada análise multivariada, em que muitas condições variáveis de um experimento podem ser alteradas, sem que se perca o controle sobre os resultados.
86 - Computador (1946)
É construído o Eniac, o primeiro computador (sigla em inglês para integrador e computador numérico eletrônico), com 18 000 válvulas, 1,5 metro de altura e 24 metros de comprimento. Seus criadores são John Mauchly (1907 - 1980) e John Eckart Jr. (1919 - ).
87 - Televisão (1947)
Inventada vinte anos antes por Philo Taylor Farnsworth (1906 - 1971), a televisão deixa finalmente os laboratórios e invade os lares americanos pela, rede RCA.
88 - Transistor (1947)
Os americanos John Bardeen (1908 - 1991) e Walter Houser Brattain (1902 - 1987) criam o transistor. Imagine o mundo sem transistores: não haveria computadores pessoais, telefones celulares, ignição eletrônica nos carros nem relógios de pulso elétricos.
DNA89 - Estrutura do DNA (1953)
O americano James Watson (1928 - ) e o inglês Francis Crick (1916 - ) descobrem a estrutura do DNA - a moléculas que reúne os código genéticos dos seres vivos.
90 - Satélite artificial (1957)
A extinta União Soviética lança o Sputnik 1 - uma esfera de 58 centímetros de diâmetro e 84 quilos de peso. Um mês depois, o Sputnik 2 leva ao espaço a cadela Laika. Os dois eventos disparam a corrida espacial com os Estados Unidos.
91 - Estrutura básica da linguagem (1957)
O americano Noham Chomsky (1928 - ) suspeita que o cérebro humano é dotado de um "órgão da linguagem" e começa a estudar seu funcionamento. Nesse ano, publica "Estruturas Sintáticas".
92 - Laser (1960)
Einstein já desconfiava de que a luz poderia ser concentrada num único raio. Mas só nesse ano o americano Theodore Maiman (1927 - ) constrói o primeiro laser. Entre outros usos, esses raios servem hoje como bisturis na medicina, réguas na ciência e arma militar.
93 - Quark (1961)
O físico americano Murray Gell-Mann (1929 - ) propõe que as partículas nucleares são compostas de unidades ainda menores, a que chamou quarks.
94 - Transplante do coração (1967)
O cirurgião sul-africano Christiaan Barnard (1922 - ) realiza o primeiro transplante de coração com sucesso. Ele impede que o organismo do paciente rejeito o novo órgão driblando o sistema imunológico por meio de drogas que reprimem a defesa do corpo contra invasores.
95 - Viagem à Lua (1969)
Em 20 de julho, o astronauta americano Neil Armstrong (1930 - ) deixava uma pegada humana no satélite da Terra.
96 - Internet (1969)
Militares americanos criam um sistema de comunicação por computador com o objetivo de descentralizar a rede de defesa dos Estados Unidos, o Arpanet. Hoje, a internet pluga milhões de cidadãos do mundo inteiro.
97 - Realidade Virtual (1972)
Chega ao mercado o primeiro videogame, o Odissey, desenvolvido pela empresa Magnavox. A disseminação da multimídia para computadores domésticos vai tornando os ambientes virtuais cada vez mais sofisticados. Hoje, a realidade virtual é usada nas indústrias e na robótica.
98 - Microcomputador (1977)
Steven Jobs e Stephen Wozniak apresentam o primeiro computador pessoal, chamado Apple II. Ele já vem todo montado. O fato inaugura a era dos computadores domésticos, que dispensam habilidades técnicas especiais por parte do usuário.
99 - Vaivem espacial (1981)
Os americanos lançam a primeira nave espacial parcialmente reutilizável. No dia 12 de abril, o ônibus espacial Columbia sobe para uma missão de 2 dias e 8 horas. Hoje, os astronautas dos ônibus espaciais passam mais de quinze dias no espaço, consertando aparelhos como o telescópio espacial Hubble, realizando experiências científicas e observando a Terra.
100 - Clonagem (1997)
O embriologista escocês Ian Wilmut pega uma célula de ovelha e, a partir dela, constrói um animal idêntico ao original. É a primeira vez que se faz a clonagem de um mamífero adulto. O feito suscitou grande debate ético, mas, também, grande esperança na produção de novos medicamentos.

Fonte: Web Ciência